sexta-feira, 30 de março de 2012

SE CRÊS EM DEUS

 Se crês em Deus, por mais te ameacem os anúncios do pessimismo, com relação a prováveis calamidades futuras, conservarás o coração tranqüilo, na convicção de que a Sabedoria Divina sustenta e sustentará o equilíbrio da vida, acima de toda perturbação.

Se crês em Deus, em lugar nenhum experimentarás solidão ou tristeza, porque te observarás em ligação constante com todo o Universo, reconhecendo que laços de amor e de esperança te identificam com todas as criaturas.

Se crês em Deus, nunca te perderás no labirinto da revolta ou da desesperação, ante os golpes e injurias que se te projetem na estrada, porquanto interpretarás ofensores e delinqüentes, na condição de infelizes,muito mais necessitados de bondade e proteção que de fel e censura.

Se crês em Deus, jornadearás na Terra sem adversários,de vez que,por mais se multipliquem na senda aqueles que te agridam ou menosprezem, aceitarás inimigos e opositores, à conta de irmãos nossos, situados em diferentes pontos de vista.

Se crês em Deus, jamais te faltarão confiança e trabalho, porque te erguerás, cada dia, na certeza de que dispões da bendita oportunidade de comunicação com os outros, desfrutando o privilégio incessante de auxiliar e abençoar, entender e servir.

Se crês em Deus, caminharás sem aflição e sem medo, nas trilhas do mundo, por maiores surjam perigos e riscos a te obscurecerem a estrada, porquanto, ainda mesmo à frente da morte, reconhecerás que permaneces com Deus, tanto quanto Deus está sempre contigo, além de provações e sombras, limitações e mudanças, em plenitude de vida eterna.


(Obra: Coragem - Chico Xavier/Emmanuel)

quarta-feira, 28 de março de 2012

CANSAÇO

Se te sentes cansado, procura refazer-te em contato com a Natureza.
Haure em seus inesgotáveis mananciais as energias de que necessitas.
Não estabeleças, em teu corpo e em tua mente, um circuito fechado de forças que não se renovam.
Descerra-te em espírito, à semelhança da flor, que se abre aos vivificantes raios do sol.
Respira a longos haustos e absorve, por teus poros e narinas, os princípios vitais de que o próprio ar se balsamiza.
Contempla, com o enternecimento que te é possível, o ninho de um pássaro sobre a folhagem.
Faze deslizar a mão sobre a cantante queda d'água que se te derrama aos pés.
Repara nas luzes do entardecer e no cintilar das primeiras estrelas que surgem no firmamento.
Descalça-te e mantém contato direto com o magnetismo da terra.
Acaricia o tronco robusto de uma árvore e procura sentir-lhe o pulsar da Vida.
Deleita-te com o majestoso espetáculo da chuva que cai na floresta.
E, assim, após te refazeres, continua a servir.
(Obra: Dias Melhores - Carlos.A.Baccelli/Irmão José)

terça-feira, 27 de março de 2012

Vantagens....


DEFINIÇÕES

Indagas a uns e a outros qual será a tua tarefa espiritual na Terra. Informas que os anos se sucedem e ainda não conseguistes detectar qual o ministério fraternal que deverás exercer, e por isso, te preocupas. Anelas que alguém espiritualizado ou portador de mediunidade te esclareça qual o melhor caminho a seguir, como te deverás comportar para sintonizares com precisão e pensamento dos Espíritos nobres, o que eles poderão dizer-te a respeito dos teus compromissos. Ínsitos no ser profundo, somente tu podes adentrar-te e auscultar a memória do passado, a fim de identificares os compromissos assumidos em relação ao futuro. Alguém poderá deduzir psicologicamente o que poderás realizar. No entanto, nos arcanos do teu inconsciente estão inscritas as necessidades de evolução e, por consequência, os impositivos de concretização dos deveres liberativos e auto-iluminativos. Não te detenhas aguardando revelações que certamente não te chegarão conforme anelas. Faze algo. Descobre o que melhor se te apresenta no campo do serviço ao próximo em nome do Bem Supremo, e da ínicio a um compromisso de amor. Todos anelam por grandes missões, por sacerdócios nos diferentes campos da ciência, do pensamento, da arte, da fé, esquecidos que aqueles que vieram investidos desse dever experimentaram dificuldades, sofreram incompreensões, para abrirem espaços nas mentes fechadas e alargarem fronteiras para as realizações que hoje dignificam o mundo. Ademais, os grandes e nobres programas começam discretamente, a pouco e pouco, tornando-se admiráveis pelo seu significado depois de implantados, conhecidos e então indispensáveis. Igualmente, não te deixes fascinar pela fama, pelo prestígio social, pela importância no mundo, porque todos esses prêmios que muitos indivíduos perseguem são fogo fátuo que não tem legitimidade. Por isso mesmo, transitam de pessoas, passam de períodos, perdem o contéudo,e exigem grande preço de inquietação, de solidão, de sofrimento interno. O Apóstolo Paulo, quando foi confundido com um deus e logo se preparou uma procissão para homenagéa-lo, rasgou no peito as vestes e gritou que era um homem putrescível e transitório. Não te iludas, e não enganes a ninguém. Serve e passa, experimentando o prazer do que possas realizar em clima de felicidade.
(Obra: Nascente de Bênçãos - Divaldo Franco/Joanna de Ângelis)

segunda-feira, 26 de março de 2012

UM MOMENTO

 Antes de negar-se aos apelos da caridade, medite um momento nas aflições dos outros.

Imagine você no lugar de quem sofre. Observe os irmãos relegados aos padecimentos da rua e suponha-se constrangido a semelhante situação. 

Repare o doente desamparado e considere que amanhã provavelmente seremos nós candidatos ao socorro na via pública. Examine o ancião fatigado e reflita que, se a desencarnação não chegar em breve, não escapará você da velhice.

Contemple as crianças necessitadas, lembrando os próprios filhos.

Quando a ambulância deslize rente ao seu passo, conduzindo o enfermo anônimo, pondere que, talvez um parente nosso extremamente querido, se encontre a gemer dentro dela.

Escute pacientemente os companheiros entregues à sombra do grande infortúnio e recorde que em futuro próximo, é possível estejamos na travessia das mesmas dificuldades.

Fite a multidão dos ignorantes e fracos, cansados e infelizes, julgando-se entre eles e mentalize a gratidão que você sentiria perante a migalha de amor que alguém lhe ofertasse. Pense um momento em tudo isso e você reconhecerá que a caridade para nós todos é simples obrigação.

(Obra: Mãos Marcadas - Chico Xavier/André Luiz)

sexta-feira, 23 de março de 2012

VENCERÁS AS LÁGRIMAS




"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei." (Mt: 11, 28)


Ninguém como Cristo espalhou na Terra tanta alegria e fortaleza de ânimo. Reconhecendo isso, muitos discípulos amontoam argumentos contra a lágrima e abominam as expressões de sofrimento.
O Paraíso já estaria na Terra se ninguém tivesse razões para chorar. Considerando assim, Jesus, que era o Mestre da confiança e do otimismo, chamava ao seu coração todos os que estivessem cansados e oprimidos sob o peso dos desenganos terrestres.
Não amaldiçoou os tristes: convocou-os à consolação.
Muita gente acredita na lágrima sintoma de fraqueza espiritual. No entanto, Maria soluçou no Calvário; Pedro lastimou-se, depois da negação; Paulo mergulhou-se em pranto às Portas de Damasco; os primeiros cristãos choraram nos circos de martírio... mas, nenhum deles derramou lágrimas sem esperança. Prantearam e seguiram o caminho do Senhor, sofreram e anunciaram a Boa Nova da Redenção; padeceram e morreram leais na confiança suprema.
O cansaço experimentado por amor ao Cristo converte-se em fortaleza, as cadeias levadas ao seu olhar magnânimo transformam-se em laços divinos de salvação.
Caracterizam-se as lágrimas através de origens específicas. Quando nascem da dor sincera e construtiva, são filtros de redenção e vida; no entanto, se procedem do desespero, são venenos mortais.



(Obra: Caminho, Verdade e Vida - Chico Xavier/Emmanuel)

terça-feira, 20 de março de 2012

Não Se Engane!

E não se engane. Aqui também temos de escolher nosso caminho. Ninguém trabalha por ser obrigado, mas por desejo de servir, para poder conversar com Deus e dizer:

"Pai, eu estou servindo ao meu irmão, porque aprendi com Jesus que a caridade é bálsamo que alivia as dores de quem a pratica. Pai, dê-me forças para esquecer meu sofrimento, minorando as dores alheias. Ajude-me, meu criador, a ter compreensão para entender meu semelhante. Aumente o amor em meu coração. Aceite, Pai, a pequena oferta que lhe faço hoje do meu ínfimo trabalho na Seara de Jesus".Que Deus ajude a todos vocês a se manterem equilibrados no propósito que lhes tem norteado a existência terrena."

(Alaíde de Assunção e Silva / Luiz Sergio: O Mundo Que Eu Encontrei - 7/3/1975)

sexta-feira, 16 de março de 2012

Solicita

"...esse jugo é leve e a lei é suave, pois que apenas impõe, como dever, o amor e a caridade".



Vejamos, queridos irmãos e irmãs, o que a Lei Divina nos solicita: unicamente que cumpramos com o dever de amarmo-nos uns aos outros, conforme Jesus nos amou e amará sempre!

Por que será que sentimos tanta dificuldade em sermos bons? Por que achamos difícil viver dentro do que o Evangelho nos preceitua? Não existe segredo, para que o espírito se redima! Vejamos, não há mistério algum! Tudo se resume na vivência do amor ! A opção que o espírito faz pelo egoísmo lhe custa muito mais, porque, como filhos de Deus, todos trazemos o germe da bondade no coração. Não sermos bons significa contrariar a nossa própria natureza ! Um dia, o pior malfeitor haverá de ser espírito redimido. O caminho do mal é simples perda de tempo... Peçamos a Jesus que nos auxilie a ser o que precisamos!

Ainda não estamos em condições de fazer apenas e tão-somente o que queremos... Precisamos nos fortalecer espiritualmente. Para tanto, todos somos convidados à prática incessante do bem. A caridade, se não está ao alcance de todo bolso, está ao alcance de todo coração. A única coisa que a Lei nos pede é que sejamos bons! Será isto pedir algo absurdo de nós outros? Algo que esteja fora de nossas possibilidades naturais?...

(Preleção na Obra: Estudando Nosso Lar - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

quinta-feira, 15 de março de 2012

Filosofia viva e racional, sem o espírito de sistema

A posição filosófica de Kardec – Uma lição de Casirer – A moral espírita decorre dos ensinos do Cristo.

Kardec foi ou não foi um filósofo? O Espiritismo é ou não é uma filosofia, um sistema filosófico? Essas indagações vêm sendo formuladas ultimamente, em alguns meios espíritas, diante da alegação de alguns adversários da doutrina, em sentido contrário. Justo, pois, que alguns leitores nos interpelem a respeito, tanto mais quando ainda há pouco houve uma referência ao assunto, neste mesmo jornal. Por outro lado, o problema é realmente de interesse doutrinário.

A propósito de Kardec, a primeira coisa a considerar é que ele jamais se disse filósofo ou pretendeu entrar para a galeria dos filósofos. Sua especialidade era a pedagogia. Foi discípulo emérito de Pestalozzi e interessou-se a fundo pelos problemas pedagógicos, deixando, na França, numerosos livros didáticos. Apesar de sua vasta cultura, e de ser constantemente solicitado pelos meios culturais da época, o interesse de Kardec não se voltava para as glórias humanas. Preferiu colocar o seu saber e a sua inteligência a serviço da espiritualidade.

Quanto ao Espiritismo, é indiscutível a existência de uma filosofia espírita, cujo tratado fundamental é O Livro dos Espíritos. Nesse ponto, poderíamos ver uma contradição com o que dissemos acima. Basta lembrarmos, porém, que O Livro dos Espíritos não é de Kardec, mas dos Espíritos, para vermos que não há contradição. O próprio mestre fez sempre questão de esclarecer que a filosofia espírita não fora elaborada por ele, mas pelas entidades espirituais que, sob a égide do Espírito da Verdade, transmitiram-lhe a nova revelação.

Há pouco, alguém declarou, em entrevista a um jornal do norte do país, que O Livro dos Espíritos não pode ser considerado um livro filosófico, porque não está vazado na linguagem técnica. Seria o caso de perguntarmos se filosofia é uma técnica de linguagem ou um processo de indagação da verdade através do pensamento. Parafraseando conhecida passagem evangélica, podemos dizer que a filosofia é senhora da linguagem técnica e não o contrário. O que importa em O Livro dos Espíritos é a filosofia contida nas suas páginas, e não qualquer espécie de vocabulário técnico, da mesma maneira que o que importa no Evangelho é a sua filosofia de vida, não as suas formas de expressão.

Outra coisa de que devemos nos lembrar é que O Livro dos Espíritos não se destinava a criar uma nova escola filosófica, mas a fazer uma nova revelação. Assim como, sobre a revelação do Cristo, os homens trabalharam para construir sistemas filosóficos, assim também, sobre a revelação do Espírito da Verdade, os filósofos poderão construir os seus sistemas. Mas, da mesma maneira por que existe uma filosofia cristã, representada pelos princípios evangélicos, que transformaram o mundo, também existe uma filosofia espírita, orientando as novas transformações por que o mundo tem de passar, para que o Reino de Deus nele se estabeleça.

Ainda hoje se discute se existe ou não uma filosofia cristã. Não é, pois de estranhar que se pergunte pela filosofia espírita. Entretanto, no próprio O Livro dos Espíritos encontramos uma explicação de Kardec a respeito deste assunto. Diz o mestre: “Ele foi escrito por ordem de (e ditado pelos) Espíritos Superiores, para estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional, livre dos prejuízos do espírito de sistema”. Como se vê, não interessava a Kardec formular um sistema filosófico no estilo clássico, aliás, já superado inteiramente hoje em dia, quando se compreende que a verdade não pode ser encerrada na melhor das sistematizações humanas.

Os que não vêem filosofia no Espiritismo e não reconhecem a Kardec uma posição filosófica, em virtude de questões puramente formais e, portanto, convencionais, deviam lembrar-se de que Jesus também não formulou um sistema filosófico, ao gosto da época, e que o verdadeiro pai da filosofia grega, Sócrates, também não se interessou por isso. Ernst Casirer, em sua Antropologia Filosófica, acentuando a inconveniência dos sistemas clássicos, declara: “Cada teoria se converte num leito de Procusto, em que os fatos empíricos são obrigados a se acomodar a um padrão preconcebido”. Como se vê, a opinião de Kardec, sobre os inconvenientes do “espírito de sistema”, é referendada por um dos maiores pensadores atuais.

Uma das coisas que se aponta, em O Livro dos Espíritos, como antifilosófico, é a forma didática e, particularmente, a forma dialogada. Devemos lembrar, porém, que o diálogo é uma forma tradicional de exposição filosófica, em que os grandes filósofos sempre foram mestres. A pedagogia é uma parte da filosofia, e a própria filosofia é também pedagógica, segundo assinala René Hubert, acentuando: “Toda filosofia aspira a difundir-se, a ser uma propaganda. Ter a mão cheia de verdades e conservá-la fechada é de espíritos tacanhos. O que seria, pois, uma verdade que não quisesse comunicar-se?”

De tudo o que ficou dito, conclui-se que a posição filosófica de Kardec é inegável, embora ele nunca se dissesse filósofo; que o Espiritismo possui uma filosofia, racional e livre do espírito de sistema; e, por fim, que o problema filosófico do Espiritismo é o mesmo do Cristianismo. Quando à existência de uma ética espírita, negada por ilustre opositor da doutrina, repetimos que a moral espírita é a do Cristo, como se vê em O Evangelho segundo o Espiritismo, e que a terceira parte de O Livro dos Espíritos é inteiramente dedicada ao estudo das leis morais.

quarta-feira, 14 de março de 2012

A CHAGA DA VAIDADE

"Mas Jesus lhes advertia severamente que o não expusessem à publicidade." (Mc: 3, 12)



Este versículo do Evangelho de Marcos é extremamente curioso. Jesus adverte os espíritos que nele reconheciam o Filho de Deus que não o expusessem à publicidade.

Enquanto os homens discutiam em torno de sua procedência, questionando-lhe a autenticidade dos méritos, segundo a terminologia evangélica, os próprios espíritos imundos sabiam quem ele era.

A vinda do Cristo à Terra não foi ignorada pelos habitantes das esferas invisíveis, situadas nas proximidades da Crosta! Contudo, por que Jesus os repreende, ordenando que não o exponham à publicidade?

Se tal ocorreu, é porque, de fato, eles poderiam fazê-lo, através dos canais da mediunidade. Àquela época, de acordo com a cronologia das narrativas evangélicas, o Senhor já se fazia acompanhar pela multidão, conforme se pode ler em Marcos, no capítulo acima citado, versículo 9:

"Então recomendou a seus discípulos que sempre lhe tivessem pronto um
barquinho, por causa da multidão, a fim de não o comprimirem".
(Mc: 3, 9).

A questão talvez seja que a publicidade é sempre perigosa, mormente para aqueles que estejam no início de apostolado entre os homens.

Evidentemente, o Senhor se conservava imune ao incenso da bajulação, mas será que o mesmo ocorre conosco, tão suscetíveis a quaisquer palavras de endeusamento?

Valorosos obreiros do Evangelho têm-se perdido pela idolatria de que são objetos, porque quem aceita um elogio sem protestar, com sinceridade, contra ele, confessando a sua desvalia pessoal, demonstra trazer, à flor da pele, a purulenta chaga da vaidade.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

terça-feira, 13 de março de 2012

Trabalhador Voluntário

Se já podes sentir o hálito do amor do Cristo nos teus sentimentos, transforma-o em
serviço ao teu próximo de maneira voluntária.

Não esperes recompensa de qualquer natureza, porque és tu aquele que pretende
ajudar, e não receber socorro.

É natural que o bem, quando é executado, permeia de felicidade aquele que o pratica.
No entanto, o objetivo não é negociar com a ação fraternal, esperando benefícios e
resultados maiores do que os esforços empregados.

A tua é uma doação valiosa, quando direcionada à vinha do Pai.

Servir é honra que te enriquece de vida e de responsabilidade, amadurecendo os teus
sentimentos e enobrecendo-te interiormente.

Existem aqueles que desejam trabalhar voluntariamente, porém, impondo condições,
paixões, comportamentos. Não são doadores, mas aproveitadores de ocasiões
para autobeneficiar-se.

O maior exemplo de trabalhador voluntário temos em Jesus que somente se dedicou
a todos, sem qualquer pedido de retribuição.

Prometendo o reino dos Céus, modificou as paisagens da Terra.

Trabalhador sem cessar, confirmou que também o Pai até hoje trabalha.

Medita e considera a oportunidade que o Pai te concede desde há muito, e ainda não
te decidiste por ir trabalhar na Sua vinha.

Assim, reflexionando, vai hoje...

(Obra: Libertação Pelo Amor - Divaldo Franco/Joanna de Ângelis)

sexta-feira, 9 de março de 2012

Necessidade do estudo de Kardec para discernimento doutrinário

Confusões intencionais e não-intencionais, lançadas nos meios espíritas – O problema umbandista – Mensagens de Ramatis. Há muitas confusões, feitas intencionalmente ou não, entre o Espiritismo e numerosas formas de crendice popular, inclusive as formas de sincretismo religioso afro-brasileiro, hoje largamente difundidas. Adversários da doutrina espírita costumam fazer intencionalmente essas confusões, com o fim de afastar do Espiritismo as pessoas cultas. Por outro lado, alguns espíritas malorientados, que não conhecem a própria doutrina, colaboram nesse trabalho de confusão, admitindo como doutrinárias as mais estranhas manifestações mediúnicas e as mais evidentes mistificações.

Alguns leitores se mostram justamente alarmados com a larga aceitação que vêm tendo, em certos meios doutrinários, práticas de Umbanda e comunicações de Ramatis. E nos escrevem a respeito, pedindo uma palavra nossa sobre esses assuntos. Na verdade, já escrevemos numerosas crônicas tratando da necessidade de vigilância nos meios espíritas, de maior e mais seguro conhecimento dos nossos princípios, e apontando os perigos decorrentes
do entusiasmo fácil, da aceitação apressada de certas inovações. Mas, para atender às solicitações, voltaremos hoje ao assunto.

Kardec dizia, como muita razão, que os adeptos demasiado entusiastas são mais perigosos para a doutrina do que os próprios adversários. Porque estes, combatendo o que não conhecem, evidenciam a própria fraqueza e contribuem para o esclarecimento J. Herculano Pires – O Mistério do Bem e do Mal do povo, enquanto os adeptos de entusiasmo fácil comprometem a causa. O que estamos vendo hoje, no meio espírita brasileiro, não
é mais do que a confirmação dessa assertiva do codificador. Espíritas demasiado entusiastas estão sempre prontos a receber qualquer “nova revelação” que lhes seja oferecida e a divulgá-la sofregamente, como verdades incontestáveis. Que diferença entre o equilíbrio e a ponderação de Kardec e essa afoiteza inútil e prejudicial!

No tocante à Umbanda, já dissemos aqui, numerosas vezes, que se trata de uma forma de sincretismo religioso, ou seja, de mistura de religiões e cultos, com a qual o Espiritismo nada tem a ver. As formas de sincretismo religioso são, praticamente, as nebulosas sociais de que nascem as novas religiões. A Umbanda já superou a fase inicial de nebulosa, estando agora em plena fase de condensação. É por isso que ela de difunde com mais intensidade. Já se pode dizer que é uma nova religião, formada com elementos das crenças africanas e indígenas, misturados a crenças e formas de culto do catolicismo e do islamismo em franco desenvolvimento entre nós. O Espiritismo não participou da sua formação, embora os nossos sociólogos, em geral, exatamente por desconhecerem o Espiritismo, digam o contrário, pois confundem o mediunismo primitivo, de origem africana e indígena, com os princípios de uma doutrina moderna. Nós, espíritas, devemos
respeitar na Umbanda uma religião nascente, mas não podemos admitir confusões entre as suas práticas sincréticas e as práticas espíritas.

Quando às mensagens de Ramatis, também já tivemos ocasião de declarar que se trata de mensagens mediúnicas a serem examinadas. De nossa parte, consideramo-las como mensagens
confusas, dogmáticas, vazadas na linguagem típica dos espíritos pseudo-sábios, a que Kardec se refere na escala espírita de O Livro dos Espíritos. Cheias de afirmações absurdas e até mesmo contraditórias, essas mensagens revelam uma fonte que devia ser
encarada com menos entusiasmo e com mais cautela pelos espíritas. Em geral, nossos confrades se entusiasmam com “as novas revelações” aparentemente contidas nas mesmas, esquecendo-se de passá-las, como aconselhava Kardec, pelo crivo da razão.

O que temos de aconselhar a todos, pelo menos a todos os que nos consultam a respeito, é mais leitura e mais estudo de Kardec, e menos atenção a espíritos que tudo sabem e a tudo
respondem com tanta facilidade, usando sempre uma linguagem envolvente, em que nem todos sabem dividir a verdade do erro. “O Espiritismo”, dizia Cairbar Schutel, “é uma questão de bomsenso”. Procuremos andar de maneira sensata, na aceitação de mensagens mediúnicas.


(PIRES, Herculano: O Mistério do Bem e do Mal, 3ª Edição, São Bernardo do Campo - SP, 2008, pp. 9-11.)

Quando Se Sabe Sofrer Com Deus

Busca em Jesus Cristo - o nosso Mestre, Psicólogo e Médico - o apoio que te sintas necessitado.

Toda dor que te visite durante os dias de estágio na Terra, com certeza, virá te conferir oportunidades para a indispensável renovação; por meio dela te aprimorarás, crescerás, lavar-te-ás, intimamente, e apenderás a servir e a perdoar.

Avalia que não podes ser uma vítima da Divindade, num universo onde prima o amor do nosso Pai.

Deus deixa-os em teus roteiros, a fim de que ensaies os recursos da paciência, da indulgência, da compreensão e do perdão, propiciando-te a quebra de perturbadoras cristalizações. É assim que alçarás vôos aos campos sublimados da mente divina.

Com Deus, o teu padecimento tem sentido educativo.

Com Deus, toda lágrima atende as áreas ressecadas da tua intimidade.

Com Deus, os desastres são os testemunhos que ficaste devendo à existência.

Com Deus, a própria morte se converte em libertação, na procura de novos horizontes ou de novos céus.

Se conseguires sofrer sem acidez, se puderes chorar sem revolta, se chegares a cair, sem acomodação rebelde, proposital, saibas que, em realidade, rumas para a liberdade verdadeira, a partir do entendimento
de que no mundo terreno as aflições são o fundo ou o cenário mais comum das existências, até que todos aprendamos a batalhar pela nossa própria iluminação, sem mais sofrer.

(Obra: Em Nome De Deus - Raul Teixeira/José Lopes Neto)

Sem Tais Armas

Sem boas maneiras, você viverá desamparado da confiança dos outros.

Sem fortaleza, sucumbirá aos primeiros obstáculos do caminho.

Sem fé positiva, vagueará sem rumo.

Sem devotar-se ao bem, experimentará terrível endurecimento.

Sem exemplos nobres, passará inutilmente pelo mundo.

Sem trabalho digno, o tédio apodrecerá suas energias.

Sem esforço próprio, jamais alcançará as portas do Alto.

Sem esperança, suas noites terrestres serão mais escuras.

Sem compreensão, dolorosa lhe será a jornada, através das sombras.

Sem espírito de renúncia, você não educará ninguém.

(André Luiz / Chico Xavier: Agenda Cristã - FEB.)

terça-feira, 6 de março de 2012

PROVAÇÕES E ORAÇÕES

Referimo-nos, muitas vezes, às circunstâncias dificeis, como sendo óbices insuperáveis, trazidos orças cegas do destino, arrasando-nos a coragem e a alegria de viver, simplesmente porque, em certas ocasiões, as nossas súplicas ao Céu não adquiriram respostas favoráveis e prontas.

Outro, porém, ser-nos-á o ponto de vista, se considerarmos que os acontecimentos criticos são carreados até nós pelos recursos inteligentes da vida, certificando-nos a capacidade de auto-superação.

Imaginemos o desmantelo e a desordem que levariam no mundo se todos os nossos desejos fossem imediatamente atendidos. Por outro lado, analisemos a mutabilidade de nossas situações e disposições, e verificaremos que muitas das providências solicitadas por nós ao Suprimento Divino, quando concedidas, em muitos casos, já nos encontram em outras faixas de petição.

Daí, o carater ilícito de nossas queixas, quando alegamos que o Senhor nem sempre nos ouve nos dias de angústia. Hoje, queremos isso ou aquilo; amanhã, já não queremos aquilo ou isso. Disputamos a posse de objeto determinado e passamos a desinteressar-nos da
concessão, depois de obtida.

Como esperar que a Divina Misericordia nos suprima o amparo ou o remédio, o socorro ou a lição, se as horas difíceis são os instrumentos de que carecemos para que se nos sulque convenientemente o espírito para as tarefas do necessario burilamento?

Se provações constrangedoras te alcançam a estrada, não te permitas a omissão da luta, através de fuga ou desânimo. Persevera trabalhando na área em que te afligem, na certeza de que são fatores de promoção a te elevarem de nível.

Tolera as condições desfavoráveis que te respondem na senda de cada dia, pois, se as aceitas, servindo e construindo, para logo observares que o amparo do Alto te sustenta na travessia de todas elas, porque em nenhum lugar e em tempo algum estaremos separados de Deus.

(Obra: Alma e Coração - Chico Xavier / Emmanuel - FEB.)

Não Ir Aos Gentios


8 – "A estes doze enviou Jesus, dando-lhes estas instruções, dizendo: Não procureis os gentios, nem entreis nas cidades dos samaritanos; mas ide antes às ovelhas que perecem, da casa de Israel. E pondo-vos a caminho, pregai, dizendo que está próximo o Reino dos Céus." (Mt: 10, 5-7)

9 – Jesus demonstra, em muitas circunstâncias, que as suas vistas não estão circunscritas ao povo judeu, mas abrangem a toda a Humanidade. Quando disse, portanto, aos apóstolos, que não se dirigissem aos pagãos, não foi por desprezar a sua conversão, o que nada teria de caridoso, mas porque os Judeus, que aceitavam a unicidade de Deus e esperavam o Messias, estavam preparados, pela lei de Moisés e pelos profetas, para receberem a sua palavra. Entre os pagãos faltava essa base, tudo ainda estava por fazer, e os apóstolos ainda não se achavam suficientemente esclarecidos para uma tarefa assim tão pesada. Eis porque lhes disse: Ide às ovelhas desgarradas de Israel, ou seja, ide semear em terreno já preparado, pois sabia que a conversão dos gentios viria a seu tempo. Mais tarde, com efeito, os apóstolos foram plantar a cruz no próprio centro do paganismo.

10 – Essas mesmas palavras podem ser aplicadas aos adeptos e aos divulgadores do Espiritismo. Os incrédulos sistemáticos, os obstinados zombadores, os adversários interessados, são para eles o que eram os gentios para os apóstolos. A exemplo destes, devem procurar prosélitos, primeiramente, entre as pessoas de boa vontade, que desejam a luz, nos quais se encontra um germe fecundo, e cujo número é grande, sem perderem tempo com os que se recusam a ver e entender, e que mais se aferram ao seu orgulho, quanto mais se der a impressão de se valorizar a sua conversão. Mais vale abrir os olhos a cem cegos que desejam ver claramente, do que a um só que se compraz na obscuridade, porque isso seria aumentar em maior proporção o número dos que sustentam a causa. Deixar os outros em paz não quer dizer indiferença, mas apenas boa política. A vez deles chegará, quando se renderem à opinião geral, de tanto ouvirem a mesma coisa incessantemente repetida ao seu redor, pois então julgarão que aceitam a idéia voluntariamente, por si mesmos, e não sob a pressão de outra pessoa. Porque as idéias são como as sementes: não podem germinar antes da estação própria, e a não ser em terreno preparado. Eis porque é melhor esperar o tempo propício, cultivando primeiro as que estão em condições, e evitando perder as outras por precipitação.

No tempo de Jesus, e em conseqüência das idéias restritas e materiais que o dominavam, tudo era circunscrito e localizado: a casa de Israel era um pequeno povo; os gentios eram pequenos povos circunvizinhos. Hoje, as idéias se universalizam e se espiritualizam. A nova luz não é privilégio de nenhuma nação; para ela, não existem barreiras; o seu foco se distribui por toda parte, e todos os homens são irmãos. Mas os gentios também não são mais um povo determinado: são uma opinião que se encontra por toda parte, e da qual a verdade triunfa pouco a pouco, como o Cristianismo triunfou do paganismo. E não é mais com armas de guerra que se pode combatê-los, mas com o poder da idéia.

(ALLAN KARDEC - O Evangelho Segundo o Espiritismo – FEB.)

segunda-feira, 5 de março de 2012

É Razoável Pensar Nisto


A paciência não é um vitral gracioso
para as suas horas de lazer.
É amparo destinado aos obstáculos.



A serenidade não é jardim para os seus dias dourados. É suprimento de paz para as decepções de seu caminho.



A calma não é harmonioso violino para as suas conversações agradáveis. É valor substancial para os seus entendimentos difíceis.



A tolerância não é saboroso vinho para os seus minutos de camaradagem. É porta valiosa para que você demonstre boa-vontade, ante os companheiros menos evolvidos.


A boa cooperação não é processo fácil de receber concurso alheio. É o meio de você ajudar ao companheiro que necessita.

A confiança não é um néctar para as suas noites de prata. É refúgio certo para as ocasiões de tormenta.

O otimismo não constitui poltrona preguiçosa para os seus crepúsculos de anil. É manancial de forças para os seus dias de luta.

A resistência não é adorno verbalista. É sustento de sua fé.

A esperança não é genuflexório de simples contemplação. É energia para as realizações elevadas que competem ao seu espírito.

Virtude não é flor ornamental. É fruto abençoado do esforço próprio que você deve usar e engrandecer no momento oportuno.

(André Luiz / Chico Xavier: Agenda Cristã - FEB.)

Todos são importantes


Somos iguais perante a seara, porque somos todos iguais perante o Senhor da Seara. Deus não faz acepção de pessoas, nem de posições e muito menos de instituições. O item 5 do capítulo XX de O Evangelho Segundo o Espiritismo estabelece esta condição essencial: “Felizes os que tiverem trabalhado o campo do Senhor com desinteresse e movidos apenas pela caridade”. Emmanuel conclui a sua mensagem lembrando “que toda pessoa é importante na edificação do Reino de Deus”.

Querer que não haja discordâncias entre os que trabalham na divulgação e na sustentação da Doutrina seria acalentar quimeras. Cada consciência humana, como ensina Hubert, é um ponto na correnteza da duração. Cada um de nós está colocado num ângulo determinado do eterno fluir da realidade. Cada qual, portanto, tem a sua maneira própria de ver as coisas.

O Espiritismo nos ensina que nos completamos uns aos outros pelas nossas diferenças. Mas se diferimos nos acessórios, concordamos sempre no essencial. Por isso mesmo a caridade – que é o amor em ação – deve eliminar as arestas do nosso personalismo, ensinando-nos que todos somos importantes na busca e na conquista da verdade.

Claro que não devemos concordar com tudo e tudo aprovar em silêncio, pois a tolerância de acomodação equivale a cumplicidade com o erro. A crítica maldosa e orgulhosa, que condena tudo o que é feito pelos outros, é a negação da caridade. Mas ai de nós se suprimirmos a crítica do meio espírita! Porque é ela, quando sensata e sincera, a prática da vigilância que Jesus ensinou e Paulo exemplificou. Como utilizar o “crivo da razão”, de que nos fala Kardec, se abdicarmos do direito de pensar, que mais do que um direito é um supremo dever do espírito?

Quando Emmanuel diz: “Guiar-se pela misericórdia e não pela crítica” está se referindo à crítica negativa que nasce do orgulho e não à crítica positiva que brota espontânea e necessária do julgamento imparcial e fraterno, objetivando corrigir e portanto ajudar. O lema “valorizar o esforço alheio” não implica a valorização dos erros e dos enganos do próximo, mas o reconhecimento dos esforços feitos por todos a favor da causa comum. Todos precisamos de misericórdia, mas a misericórdia, como Deus nos mostra em sua lei de ação e reação, não é a aprovação de erros e ilusões – e sim a correção e o esclarecimento.

(Chico Xavier / J. Herculano Pires: Astronautas do Além - FEB.)

sexta-feira, 2 de março de 2012

Se Você Deseja...

Se você deseja ser cristão efetivamente:
perdendo, vencerá na batalha humana;
cedendo, obterá os recursos de que precisa;
trabalhando, conseguirá a felicidade própria;
perdoando, edificará em torno de si mesmo;
libertando, conquistará os outros;
suportando, resistirá na tempestade;
renunciando, ganhará tesouros imortais;
abençoando, salvará muitos;
sofrendo, terá mais luz;
sacrificando-se, encontrará a paz;
suando, purificar-se-á;
amando, iluminará sempre.

(André Luiz / Chico Xavier: Agenda Cristã - FEB.)