terça-feira, 30 de novembro de 2010

PASSO ACIMA

Burilamento moral e pratica do bem constituem o clima da caminhada para a
frente, no Reino do Espirito, mas nao podemos esquecer que todo obstaculo e marcador
de oportunidade do passo acima, na senda da elevacao.
Na escola, forma-se o aluno, teste a teste, para que se lhe garanta o
aprendizado cultural.

No educandario da vida, o espirito, de prova em prova, adquire o merito
indispensavel para a escalada evolutiva.
Toda licao guarda objetivo nobilitante, que se deve alcancar, atraves do estudo.
Qualquer dificuldade, por isso, se reveste de valor espiritual, que precisamos
saber extrair para que faca acompanhar do proveito justo.
Em qualquer estabelecimento de ensino, variam as materias professadas.
Em toda a existencia, as instrucoes se revelam com carater diverso.
E assim que a hora do passo acima nos surge a frente, com expressoes sempre
novas, possibilitando-nos a assimilacao de qualidades superiores, em todos os sentidos.

Tentação, ― degrau de acesso a fortaleza espiritual.
Ofensa recebida, ― ocasiao de ganhar altura pela trilha ascendente do perdão.
Violencia que nos fira ― ensejo para a aquisicao de humildade.
Sofrimento ― vereda para a obtenção de paciencia.
Necessidade no proximo significado em nos o impositivo da prestacao de
servico.

Quando a incompreensão ou a intolerancia repontam nos outros, tera chegado
para nos o dia de entendimento e serenidade.
Não te revoltes, nem te abatas, quando atribulações te visitem. Desespero e
rebeldia, alem de gerarem conflito e lagrimas, sao das respostas mais infelizes que
podemos dar aos desafios edificantes da vida.
Deus nao nos confiaria problemas, se os nossos problemas nao nos fossem
necessarios.
Todo tempo de aflição e tempo do passo acima. De nos depende permanecer
acomodados a sombra ou avancar, valorosamente, para a obtencao de mais luz.

(Obra: Alma e Coração - Chico Xavier / Emmanuel)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

VIGIEMOS E OREMOS

"Vigiai e orai, para não cairdes em tentação." - (Mt: 26,41)



As mais terríveis tentações decorrem do fundo sombrio de nossa individualidade, assim como o lodo, mais intenso, capaz de tisnar o lago, procede do seu próprio seio.
Renascemos na Terra com as forças desequilibradas do nosso pretérito para as tarefas do reajuste.
Nas raízes de nossas tendências, encontramos as mais vivas sugestões de inferioridade. Nas íntimas relações com os nossos parentes, somos surpreendidos pelos mais fortes motivos de discórdia e luta.
Em nós mesmos podemos exercitar o bom ânimo e a paciência, a fé e a humildade. Em contacto com os afetos mais próximos, temos copioso material de aprendizado para fixar em nossa vida os valores da boa-vontade e do perdão da fraternidade pura e do bem
incessante.
Não te proponhas. desse modo, atravessar o mundo, sem tentações. Elas nascem contigo. assomam de ti mesmo e alimentam-se de ti, quando não as combates. dedicadamente, qual o lavrador sempre disposto a cooperar com a terra da qual precisa extrair as boas sementes.
Caminhar do berço ao túmulo sob as marteladas da tentação é natural. Afrontar obstáculos, sofrer provações. tolerar antipatias gratuitas e atravessar tormentas de lágrimas são vicissitudes lógicas da experiência humana.
Entretanto, lembremo-nos do ensinamento do Mestre, vigiando e orando. para não sucumbirmos às tentações. de vez que mais vale chorar sob os aguilhões da resistência que sorrir sob os narcóticos da queda.

Obra: (Francisco Cândido Xavier / Emmanuel)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

AGRADECIMENTO

Na vida terrestre, bem podemos entender que toda a relação entre os seres e
o Criador da Vida é demarcada pelo fenômeno do agradecimento.
A natureza sabe ser grata pelas ofertas do Criador, dando aos humanos
sublimados exemplos nesse sentido.
O solo costuma agradecer ao Pai do Céu pela confiança do lavrador, quando
guarda em seu seio as sementes prenhes dos recursos potencializados do
futuro vegetal. O agradecimento do solo, assim, é a promoção da germinação
da semente aninhada sob sua calidez.
O vegetal agradece a DEUS enfeitando-se de flores, muitas vezes detentoras
de raros perfumes e de cores exóticas. As flores, por sua vez, agradecem a
ramagem que as sustenta, homenageando a vida com a oferta de seus frutos.
A brisa rende graças ao Senhor por poder movimentar-se, celeremente, em todo
lugar, e, por isso beija as florações, refrescando-as, carinhosamente. As
florações são agradecidas à brisa refrescante embalsamando-a com seu
perfume.
A corrente fluvial agradece pelo leito em que se estira, no seu rumo para o
mar, fertilizando as suas margens, que se tornam áreas abençoadas pela
fertilidade.
As aves são gratas à vida e, por isso, emitem seu mavioso canto, enchendo de
sonora harmonia seus espaços.
O Sol é reconhecido ao Criador por sua natureza estelar, e, por esse motivo,
além de projetar seu brilho sobre o corpo lunar, opaco, tornando-o
formidável lâmpada que derrama prata sobre a imensidão, esparge sementes de
vida por todos os planetas que se lhe tornaram satélites.
A lua se mostra agradecida ao Supremo Pai e coopera grandemente para os
movimentos das marés, que, agitando a enorme massa líquida, contribui para o
equilíbrio planetário.
Como bem podemos ver, é verdade que tudo se une em agradecimento ao nosso
Pai Maior. Cada coisa ou cada ser, a seu modo, sabe ser penhorado.
Pense, então, a respeito das suas relações com a vida e sobre o modo como
tem se mostrado grato a DEUS. Importante é que, muito embora possamos orar a
DEUS, com entusiasmo ou com tristeza
n'alma, no cerne da nossa oração possamos não apenas pedir, mas, também,
louvar e agradecer ao Dispensador Absoluto, através de uma existência rica
de belezas, plena de construções nobilitantes, para que se estabeleça em
cada um de nós a sonhada ventura, patrimônio inalienável de quem aprende a
agradecer pelas bênçãos que recebe a cada momento, contribuindo com os
projetos do Pai pelos caminhos do mundo.

(Mensagem psicografada em 25.12.2002 - Niterói - RJ - Raul Teixeira/Rosângela)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

ADVERSIDADES E PERCALÇOS

As adversidades são naturais no caminho evolutivo de todos os seres.
Aprende a enfrentá-las com tranqüilidade.
Não compliques o destino com a tua rebeldia e insensatez.
Administra os teus problemas - aqueles que criaste inadvertidamente e os que
te foram criados por outros.
O que te desafia a capacidade de solução e convivência é justamente o que te
faz ser mais do que és.
Ante qualquer impasse, asserena-te primeiro e age depois.
Não te aflijas hoje, pela dificuldade de amanhã.
Se é noite e desaba a tempestade, o dia pode amanhecer ensolarado.
Não tomes nenhuma decisão importante em clima psicológico e emocional
alterado.
Apenas a atitude correta não deve ser deixada para mais tarde.
A idéia do bem, quando surge, surge no tempo de sua imediata aplicação.
Adversidades e percalços são degraus de uma escada, cuja função precípua é a
de conduzir para o alto.

(Obra: Dias Melhores - Carlos A.Baccelli/Irmão José)

Mensagem de Joanna de Ângelis

Dilui a queixa sistemática, que te torna uma pessoa de difícil convivência.

É muito desagradável a companhia de alguém que está sempre a reclamar, vendo defeitos em tudo e desejando que o mundo gire na sua órbita e de conformidade com a sua maneira de ver as coisas.

Não poderás modificar os outros, porém, deves empenhar-te para conseguir a própria transformação para melhor.

Se tudo te desagrada e estás, costumeiramente, reclamando, cuidado, porquanto esta é uma atitude de quem está de mal com a vida e vive mal consigo mesmo.

É necessário que te toleres, aprendendo a ser tolerante com o próximo.

domingo, 21 de novembro de 2010

PERANTE OS CAÍDOS

Tao facil relegar ao infortunio os nossos irmãos caidos!... Muitos passam por
aqueles que foram acidentados em terriveis enganos e nada encontram a fim de
oferecer-lhes, senão frases como estas: "eu bem disse", "avisei muito"...
No entanto, por tras da queda de nosso amigo menos feliz estão as lutas da
resistencia, que so a Justica Divina pode medir.
Este foi impelido a delinquencia e faz-se conhecido agora por uma ficha no
cadastro policial; mas, ate que se lhe consumasse a ruina, quanto abandono e quanta
penuria tera arrastado na existencia, talvez desde os mais recuados dias da infancia!...
Aquele se arrojou aos precipicios da revolta e do desanimo, abraçando o delirio da
embriaguez; contudo, até que tombasse no descredito de si mesmo, quantos dias e
quantas noites de aflição tera atravessado, a estorcegar-se sob o guante da tentação
para nao cair!... Aquela entrou pelas vias da insensatez e acomodou-se no poço da
infelicidade que cavou para si propria; todavia, em quantos espinheiros de necessidade e
perturbação ter-se-a ferido, ate que a loucura se lhe instalasse no cerebro
atormentado!... Aquele outro desertou de tarefas e compromissos em cuja execução
empenhara a vitoria da propria alma e resvalou para experiencias menos dignas,
comprometendo os fundamentos da propria vida; no entanto, quantas lágrimas vertido,
até que a razão se lhe entenebrecesse, abrindo caminho a irresponsabilidade e a
demencia!...
Diante dos companheiros apontados a censura, jamais condenes! Pensa nas
trilhas de provação e tristeza que haverão perlustrado ate que os pés se lhes
esmorecessem, vacilantes, na jornada dificil! Reflete nas correntes de fogo invisivel que
lhes terao requeimado a mente, ate que cedessem as compulsoes terriveis das trevas!...
Então, e so então, sentiras a necessidade de pensar no bem, falar no bem,
procurar o bem e realizar unicamente o bem, compreendendo, por fim, a amorosa
afirmacao de Jesus: "Eu nao vim a Terra para curar os sãos".

(Obra: Alma e Coração - Chico Xavier / Emmanuel)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Em família

Aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus.” – Paulo (I Timóteo, 5:4)



A luta em família é problema fundamental da redenção do homem na Terra. Como seremos benfeitores de cem ou mil pessoas, se ainda não aprendemos a servir cinco ou dez criaturas? Esta é indagação lógica que se estende a todos os discípulos sinceros do Cristianismo.

Bom pregador e mau servidor são dois títulos que se não coadunam.

O apóstolo aconselha o exercício da piedade no centro das atividades domésticas, entretanto, não alude à piedade que chora sem coragem ante os enigmas aflitivos, mas àquela que conhece as zonas nevrálgicas da casa e se esforça por eliminá-las, aguardando a decisão divina a seu tempo.

Conhecemos numerosos irmãos que se sentem sozinhos, espiritualmente, entre os que se lhes agregaram ao círculo pessoal, através dos laços consangüíneos, entregando-se, por isso, a lamentável desânimo.

É imprescindível, contudo, examinar a transitoriedade das ligações corpóreas, ponderando que não existem uniões casuais no lar terreno. Preponderam aí, por enquanto, as provas salvadoras ou regenerativas. Ninguém despreze, portanto, esse campo sagrado de serviço por mais se sinta acabrunhado na incompreensão. Constituiria falta grave esquecer-lhes as infinitas possibilidades de trabalho iluminativo.

É impossível auxiliar o mundo, quando ainda não conseguimos ser úteis nem mesmo a uma casa pequena – aquela em que a Vontade do Pai nos sitiou, a título precário.

Antes da grande projeção pessoal na obra coletiva, aprenda o discípulo a cooperar, em favor dos familiares, no dia de hoje, convicto de que semelhante esforço representa realização essencial.


Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier / Emmanuel – Ed.: FEB.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Aliança da Ciência e da Religião

A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se. Se fossem a negação uma da outra, uma necessariamente estaria em erro e a outra com a verdade, porquanto Deus não pode pretender a destruição de sua própria obra. A incompatibilidade que se julgou existir entre essas duas ordens de idéias provém apenas de uma observação defeituosa e de excesso de exclusivismo, de um lado e de outro. Daí um conflito que deu origem à incredulidade e à intolerância.
São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo têm de ser completados; em que o véu intencionalmente lançado sobre algumas partes desse ensino tem de ser levantado; em que a Ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, tem de levar em conta o elemento espiritual e em que a Religião, deixando de ignorar as leis orgânicas e imutáveis da matéria, como duas forças que são, apoiando-se uma na outra e marchando combinadas, se prestarão mútuo concurso. Então, não mais desmentida pela Ciência, a Religião adquirirá inabalável poder, porque estará de acordo com a razão, já se lhe não podendo mais opor a irresistível lógica dos fatos.
A Ciência e a Religião não puderam, até hoje, entender-se, porque, encarando cada uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, reciprocamente se repeliam. Faltava com que encher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse. Esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o Universo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo, leis tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Uma vez comprovadas pela experiência essas relações, nova luz se fez: a fé dirigiu-se à razão; esta nada encontrou de ilógico na fé: vencido foi o materialismo. Mas, nisso, como em tudo, há pessoas que ficam atrás, até serem arrastadas pelo movimento geral, que as esmaga, se tentam resistir-lhe, em vez de o acompanharem. E toda uma revolução que neste momento se opera e trabalha os espíritos. Após uma elaboração que durou mais de dezoito séculos, chega ela à sua plena realização e vai marcar uma nova era na vida da Humanidade. Fáceis são de prever as conseqüências: acarretará para as relações sociais inevitáveis modificações, às quais ninguém terá força para se opor, porque elas estão nos desígnios de Deus e derivam da lei do progresso, que é lei de Deus.

(O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo I)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

No Teu Interior

A rigor, sombra ou luz são estados de tua própria alma.
Alegria ou tristeza emergem do teu interior.
Toda criatura encerra consigo um poder transformador.
O teu sorriso é luz que acendes na face, iluminando a Vida.
Alivia o teu coração do peso de toda mágoa.
Experimenta sentir contigo a leveza do perdão.
Não vibres negativamente contra os teus semelhantes.
Nem te regozijes com o fracasso de teus desafetos.
O coração mais endurecido não resiste a um gesto de ternura.
Aproxima-te dos que se distanciam de ti, sem colaborares para que a distância se faça ainda maior.
Se da parte dos outros pode haver descaso, da tua pode existir indiferença.
Muitos têm inimigos, porque fazem questão de tê-los.

(Obra: Dias Melhores - Carlos A.Baccelli/Irmão José)

domingo, 14 de novembro de 2010

COMEÇAR DE NOVO

Erros passados, tristezas contraidas, lagrimas choradas, desajustes cronicos!...
Às vezes, acreditas que todas as bencaos jazem extintas, que todas as portas se mostram cerradas a necessaria renovacao!...
Esqueces-te, porem, de que a propria sabedoria da vida determina que o dia se refaça a cada manhã.
Começar de novo é o processo da Natureza, desde a semente singela ao gigante solar.
Se experimentaste o peso do desengano, nada te obriga a permanecer sob a corrente do desencanto. Reinicia a construção de teus ideais, em bases mais sólidas, e torna ao calor da experiencia, a fim de acalentá-los em plenitude de forças novas.
O fracasso visitou-nos em algum tentame de elevação, mas isso nao é motivo para desgosto e autopiedade, porquanto, frequentemente, o malogro de nossos anseios significa ordem do Alto para mudança de rumo, e começar de novo é o caminha para o êxito desejado.
Temos sido desatentos, diante dos outros, cultivando indiferença ou ingratidão; no entanto, é perfeitamente possivel refazer atitudes e começar de novo a plantação da simpatia, oferecendo bondade e compreensão àqueles que nos cercam.
Teremos perdido afeições que supúnhamos inalteráveis; todavia, não será justo, por isso, que venhamos a cair em desânimo.
O tempo nos permite começar de novo, na procura das nossas afinidades autênticas, aquelas afinidades suscetiveis de insuflar-nos coragem para suportar as provações do caminho e assegurar-nos o contentamento de viver.
Desfacamo-nos de pensamentos amargos, das cargas de angustia, dos ressentimentos que nos alcancem e das magoas requentadas no peito! Descerremos as janelas da alma para que o sol do entendimento nos higienize e reaqueca a casa intima.
Tudo na vida pode ser começado de novo para que a lei do progresso e de aperfeicoamento se cumpra em todas as direcções.
Efetivamente, em muitas ocasiões, quando desprezamos as oportunidades e tarefas que nos são concedidas na Obra do Senhor, voltamos tarde a fim de revisá-las e reassumi-las, mas nunca tarde demais.

(Obra: Alma e Coração - Chico Xavier / Emmanuel)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Provações e Orações

Referimo-nos, muitas vezes, as circunstancias dificeis, como sendo obices insuperaveis, trazidos por forcas cegas do destino, arrasando- nos a coragem e a alegria de viver, simplesmente porque, em certas ocasioes, as nossas suplicas ao Ceu não adquiriram respostas favoraveis e prontas. Outro, porem, ser-nos-a o ponto de vista, se considerarmos que os acontecimentos criticos sao carreados ate nos pelos recursos inteligentes da vida, certificando-nos a capacidade de auto-superação.
Imaginemos o desmantelo e a desordem que levariam no mundo se todos os nossos desejos fossem imediatamente atendidos. Por outro lado, analisemos a mutabilidade de nossas situacoes e disposicoes, e verificaremos que muitas das providências solicitadas por nos ao Suprimento Divino, quando concedidas, em muitos casos, ja nos encontram em outras faixa de peticao.
Daí, o carater ilicito de nossas queixas, quando alegamos que o Senhor nem sempre nos ouve nos dias de angustia. Hoje, queremos isso ou aquilo, amanha ja nao queremos aquilo ou isso.
Disputamos a posse de objeto determinado e passamos a desinteressar- nos da concessao, depois de obtida.
Como esperar que a Divina Misericórdia nos suprima o amparo ou o remedio, o socorro ou a lição, se as horas dificeis sao os instrumentos de que carecemos para que se nos sulque convenientemente o espirito para as tarefas do necessario burilamento?
Se provacoes constrangedoras te alcancam a estrada, nao te permitas a omissão da luta, atraves de fuga ou desanimo. Persevera trabalhando na área em que te afligem, na certeza de que sao fatores de promocao a te elevarem de nivel.
Tolera as condicões desfavoráveis que te respondem na senda de cada dia, pois, se as aceitas, servindo e construindo, para logo observares que o amparo do Alto te sustenta na travessia de todas elas, porque em nenhum lugar e em tempo algum estaremos separados de Deus.

(Obra: Alma e Coração - Chico Xavier / Emmanuel)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Felicidade que a Prece Proporciona

23. Vinde, vós que desejais crer. Os Espíritos celestes acorrem a vos anunciar grandes coisas. Deus, meus filhos, abre os seus tesouros, para vos outorgar todos os beneficios. Homens incrédulos! Se soubésseis quão grande bem faz a fé ao coração e como induz a alma ao arrependimento e à prece! A prece! ah! como são tocantes as palavras que saem da boca daquele que ora! A prece é o orvalho divino que aplaca o calor excessivo das paixões. Filha primogênita da fé, ela nos encaminha para a senda que conduz a Deus. No recolhimento e na solidão, estais com Deus. Para vós, já não há mistérios; eles se vos desvendam. Apóstolos do pensamento, é para vós a vida. Vossa alma se desprende da matéria e rola por esses mundos infinitos e etéreos, que os pobres humanos desconhecem.
Avançai, avançai pelas veredas da prece e ouvireis as vozes dos anjos. Que harmonia! Já não são o ruído confuso e os sons estrídulos da Terra; são as liras dos arcanjos; são as vozes brandas e suaves dos serafins, mais delicadas do que as brisas matinais, quando brincam na folhagem dos vossos bosques. Por entre que delícias não caminhareis! A vossa linguagem não poderá exprimir essa ventura, tão rápida entra ela por todos os vossos poros, tão vivo e refrigerante é o manancial em que, orando, se bebe. Dulçurosas vozes, inebriantes perfumes, que a alma ouve e aspira, quando se lança a essas esferas desconhecidas e habitadas pela prece! Sem mescla de desejos carnais, são divinas todas as aspirações. Também vós, orai como o Cristo, levando a sua cruz ao Gólgota, ao Calvário. Carregai a vossa cruz e sentireis as doces emoções que lhe perpassavam nalma, se bem que vergado ao peso de um madeiro infamante. Ele ia morrer, mas para viver a vida celestial na morada de seu Pai.

Santo Agostinho. (Paris, 1861.)

(Obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XXVII)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A MAIOR DAS TENTAÇÕES

A oração do Pai Nosso, a única que Jesus nos ensinou, fala-nos em um trecho, fonte de muitas meditações: "Não nos deixeis cair em tentação".

No Espiritismo sabemos que podemos receber influências de espíritos
ignorantes que tentam desviar-nos do caminho do bem, tentações que quase
sempre nos oferecem facilidades. E na Terra, principalmente nos dias de
hoje, as tentações encontram-se em toda parte: na publicidade, nos meios de
lazer, em companheiros encarnados, etc.

Mas, nossa maior tentação são nossos próprios defeitos e tendências. E são
estas também as mais difíceis de serem vencidas. Vencedores são aqueles que
vencem a si mesmos, conhecem seus defeitos e se esforçam por combatê-los. E
temos armas para os que querem vencer: oração, caridade, estudo do Evangelho e a leitura dos livros espíritas, nos quais achamos a consolação e o entendimento.

Há também a necessidade de vigiarmos nossos pensamentos. Os bons pensamentos nos iluminam, enquanto os maus pensamentos nos deixam à mercê dos maus espíritos.

Oremos o Pai-Nosso, peçamos com firmeza, mas tenhamos sempre o propósito de
melhorar, vencer as tentações, as facilidades do mundo atual, para que
possamos crescer espiritualmente.


Antônio Carlos
(Psicografada por Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Acorda e Ajuda

"Segue-me e deixa aos mortos o cuidado de enterrar os mortos."
(Mt: 8, 22)



Jesus não recomendou ao aprendiz deixasse "aos cadáveres o cuidado de enterrar os cadáveres", e sim conferisse "aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos".

Há, em verdade, grande diferença.

O cadáver é carne sem vida, enquanto um morto é alguém que se ausenta da vida.

Há muita gente que perambula nas sombras da morte sem morrer.

Trânsfugas da evolução, cerram-se entre as paredes da própria mente, cristalizados no egoísmo ou na vaidade, negando-se a partilhar a experiência comum.

Mergulham-se em sepulcros de ouro, de vício de amargura e ilusão.

Se vitimados pela tentação da riqueza, moram em túmulos de cifrões; se derrotados pelos hábitos perniciosos, encarceram-se em grades sombra; se prostrados pelo desalento, dormem no pranto da bancarrota moral, e, se atormentados pelas mentiras com que envolvem a si mesmos, residem sob as lápides, dificilmente permeáveis, dos enganos fatais.

Aprende a participar da luta coletiva.

Sai, cada dia, de ti mesmo, e busca sentir a dor do vizinho, a necessidade do próximo, as angústias de teu irmão e ajuda quanto possas.

Não te galvanizes na esfera do próprio "eu".

Desperta e vive com todos, por todos e para todos, porque ninguém respira tão somente para si.

Em qualquer parte do Universo, somos usufrutuários do esforço e do sacrifício de milhões de existências.

Cedamos algo de nós mesmos, em favor dos outros, pelo muito que os outros fazem por nós.

Recordemos, desse modo, o ensinamento do Cristo.

Se encontrares algum cadáver, dá-lhe a bênção da sepultura, na relação das tuas obras de caridade, mas, em se tratando da jornada espiritual, deixa sempre "aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos


(Obra: Fonte Viva - Chico Xavier / Emmanuel)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Nos Momentos Graves

Use calma. A vida pode ser um bom estado de luta, mas o estado de guerra
nunca será uma vida boa.

Não delibere apressadamente. As circunstâncias, filhas dos Desígnios
Superiores, modificam-nos a experiência, de minuto a minuto.

Evite lágrimas inoportunas. O pranto pode complicar os enigmas ao invés de
resolvê-los.

Se você errou desastradamente, não se precipite no desespero. O reerguimento
é a melhor medida para aquele que cai.

Tenha paciência. Se você não chega a dominar-se, debalde buscará o
entendimento de quem não o compreende ainda.

Se a questão é excessivamente complexa, espere mais um dia ou mais uma
semana, a fim de solucioná-la. O tempo não passa em vão.

A pretexto de defender alguém, não penetre o círculo barulhento. Há Pessoas
que fazem muito ruído por simples questão de gosto.

Seja comedido nas resoluções e atitudes. Nos instantes graves, nossa
realidade espiritual é mais visível.

(Obra:Agenda Cristã - Chico Xavier/André Luiz)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A MORTE

Porque a morte propicia tanto sofrimento e catadupas de pranto, acarretando desespero no mundo, é válido lembremos que:


  • a semente morre para que surja a plântula tenra;

  • transforma-se a ostra, de modo a produzir a pérola preciosa;

  • estiola-se a flor, emurchecida, a fim de que provenha o fruto que guarda, na essência, o sabor;

  • morre o dia nas tintas do poente, de modo que o véu cintilante da noite envolva a Terra;

  • morre a noite, entre as lágrimas do orvalho, para que o manto aurifulgente do dia consiga embelezar a amplidão;

  • o rio morre na exuberância do mar;

  • fana-se o homem para que se liberte o espírito, antes cativo.



* * *

À frente disso, vemos que a morte é sempre a chave que desata o perfume da vida. Não há morte, essencialmente. Tudo é transformação, tudo é recriação...
A lágrima de agora se tornará sorriso.
A dor atual prepara a ventura porvindoura.
A saudade que punge hoje, fomenta o sublime reencontro de logo mais.
Morte é vida, agora o sabemos...

* * *

Habitue-se, caro coração, a refletir a respeito da morte, com serenidade e confiança em Deus, porque você não ignora que, por mais se aturda, desarvore ou se inconforme, essa é a única regra para a qual não se conhece exceção.
Prepare-se, amando e trabalhando no bem grandioso, até que você, um dia, igualmente se transforme em ave libertada da prisão – escola corporal.
A morte tão somente revela a vida mais amplamente. Pense nisso.

(Rosângela - Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira)

Perda de Pessoas Amadas e Mortes Prematuras

Quando a morte vem ceifar em vossas famílias, levando sem consideração os jovens em lugar dos velhos, dizeis freqüentemente: “Deus não é justo, pois sacrifica o que está forte e com o futuro pela frente, para conservar os que já viveram longos anos, carregados de decepções: leva os que são úteis e deixa os que não servem para nada mais; fere um coração de mãe, privando-o da inocente criatura que era toda a sua alegria”.

Criaturas humanas, é nisto que tendes necessidades de vos elevar, para compreender que o bem está muitas vezes onde pensais ver a cega fatalidade. Por que medir a justiça divina pela medida da vossa? Podeis pensar que o Senhor dos Mundos queira, por um simples capricho, infligir-vos penas cruéis? Nada se faz sem uma finalidade inteligente, e tudo o que acontece tem a sua razão de ser. Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos atingem, sempre encontraria nela a razão divina, razão regeneradora, e vossos miseráveis interesses representariam uma consideração secundária, que relegaríeis ao último plano.

Acreditai no que vos digo: a morte é preferível, mesmo numa encarnação de vinte anos, a esses desregramentos vergonhosos que desolam as famílias respeitáveis, ferem um coração de mãe, e fazem branquear antes do tempo os cabelos dos pais. A morte prematura é quase sempre um grande benefício que Deus concede ao que se vai, sendo assim preservado das misérias da vida, ou das seduções que poderiam arrastá-lo à perdição. Aquele que morre na flor da idade não é uma vítima da fatalidade, pois Deus julga que não lhe será útil permanecer maior tempo na Terra.

É uma terrível desgraça, dizeis, que uma vida tão cheia de esperanças seja cortada tão cedo! Mas de que esperanças quereis falar? Das esperanças da Terra onde aquele que se foi poderia brilhar, fazer sua carreira e sua fortuna? Sempre essa visão estreita, que não consegue elevar-se acima da matéria! Sabeis qual teria sido a sorte dessa vida tão cheia de esperanças, segundo entendeis? Quem vos diz que ela não poderia estar carregada de amarguras? Considerais como nada as esperanças da vida futura, preferindo as da vida efêmera que arrastais pela Terra? Pensais, então, que mais vale um lugar entre os homens que entre os Espíritos bem-aventurados?

Regozijai-vos em vez de chorar, quando apraz a Deus retirar um de seus filhos deste vale de misérias. Não é egoísmo desejar que ele fique, para sofrer convosco? Ah! Essa dor se concebe entre os que não têm fé e que vêem na morte a separação eterna. Mas vós, espíritas, sabeis que a alma vive melhor quando livre de seu invólucro corporal. Mães, vós sabeis que vossos filhos bem-aventurados estão perto de vós: sim, eles estão bem perto; seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, vossa lembrança os inebria de contentamento; mas também as vossas dores sem razão os afligem, porque revela uma falta de fé e constituem uma revolta contra a vontade de Deus.

Vós que compreendeis a vida espiritual, escutai as pulsações de vosso coração, chamando esses entes queridos. E se pedirdes a Deus para os abençoar, sentireis em vós mesmas a consolação poderosa que faz secarem as lágrimas, e essas aspirações sedutoras, que vos mostram o futuro prometido pelo soberano Senhor.

Texto retirado d´O Eangelho Segundo o Espiritismo” – Cap. V (Bem Aventurados os Aflitos)