quarta-feira, 30 de maio de 2012

Agradar a Todos...


A Legião dos Servidores de Maria


A suavidade do crepúsculo, as estrelas que principiam a surgir, a natureza  que silencia, tudo convida ao recolhimento...

Maria mantém no plano espiritual inúmeras organizações; uma delas é Legião dos Servos de Maria.

Nessas instituições podemos reconhecer o amor maternal da Mãe de Jesus que é, a medida que mais se observa, mais abrangente; uma imagem dessa abrangência é a dos braços maternais que abraçam o bebê de encontro ao seio, envolvendo-o por completo.

Na Terra quando o Sol se põe, muitos elevam suas preces à Mãe de Jesus.

No plano espiritual também assim acontece.

Acreditamos que isso que acontece na Terra é reflexo de uma atitude muito maior e mais profunda que ocorre no Mundo dos Espíritos.

Eis como a sensibilidade de Camilo registrou a hora da Ave Maria na Cidade Esperança:

As solenidades do Ângelus encontravam-nos, frequentemente, ainda no parque. Acentuava-se a penumbra em nossa cidade e nostalgia dominante envolvia
nossos sentimentos. Do Templo, situado na Mansão da Harmonia, região onde se demoravam com frequência os diretores e educadores da Colônia, partia o
convite às homenagens que, naquele momento, seria de bom aviso prestarmos à Protetora da Legião a que pertencíamos todos - Maria de Nazaré.

Pelos recantos mais sombrios da Colônia ressoavam então doces acordes,  melodias suavíssimas, entoadas pelos vigilantes. Era o momento que a direção
geral rendia graças ao Eterno pelos favores concedidos a quantos viviam sob o abrigo generoso daquele reduto de corrigendas, bendizendo a solicitude
incansável do Bom Pastor em torno das ovelhinhas rebeldes, tuteladas da  Legião de sua Mãe amorável e piedosa. E era ainda quando ordens desciam
de Mais Alto, orientando os intensos serviços que se movimentavam sob a responsabilidade dos dedicados servos da mesma Legião. Todavia, não éramos
obrigados a orar. Fálo-ía-mos se o quiséssemos. Em Cidade Esperança, porém, jamais tivéramos conhecimento de que algum aprendiz ou interno recusasse
agradecer ao Nazareno Mestre ou à sua Mãe boníssima, por entre lágrimas de sincera gratidão, às mercês recebidas do seu inapreciável amparo !

(Obra: Maria Mãe de Jesus - Chico Xavier e Yvone A. Pereira)


terça-feira, 29 de maio de 2012

COMEÇAR DE NOVO


Erros passados, tristezas contraidas, lagrimas choradas, desajustes cronicos!...

As vezes, acreditas que todas as bencaos jazem extintas, que todas as portas se mostram cerradas a necessaria renovação!...

Esqueces-te, porem, de que a propria sabedoria da vida determina que o dia se refaca cada amanha.

Comecar de novo e o processo da Natureza, desde a semente singela ao gigante solar.

Se experimentaste o peso do desengano, nada te obriga a permanecer sob a corrente do desencanto. Reinicia a construção de teus ideais, em bases mais solidas, e
torna ao calor da experiencia, a fim de acalenta-los em plenitude de forcas novas.

O fracasso visitou-nos em algum tenta-me de elevação, mas isso nao e motivo para desgosto e autopiedade, porquanto, frequentemente, o malogro de nossos anseios
significa ordem do Alto para mudanca de rumo, e comecar de novo e o caminha para o exito desejado.

Temos sido desatentos, diante dos outros, cultivando indiferenca ou ingratidão; no entanto, e perfeitamente possivel refazer atitudes e comecar de novo a plantação da
simpatia, oferecendo bondade e compreensão aqueles que nos cercam.

Teremos perdido afeições que supunhamos inalteraveis; todavia, nao sera justo, por isso, que venhamos a cair em desanimo.

O tempo nos permite comecar de novo, na procura das nossas afinidades autenticas, aquelas afinidades suscetiveis de insuflar-nos coragem para suportar as
provacoes do caminho e assegurar-nos o contentamento de viver.

Desfacamo-nos de pensamentos amargos, das cargas de angustia, dos ressentimentos que nos alcancem e das magoas requentadas no peito! Descerremos as
janelas da alma para que o sol do entendimento nos higienize e reaqueca a casa intima.

Tudo na vida pode ser comecado de novo para que a lei do progresso e de aperfeicoamento se cumpra em todas as direções.

Efetivamente, em muitas ocasioes, quando desprezamos as oportunidades e tarefas que nos sao concedidas na Obra do Senhor, voltamos tarde a fim de revisa-las e
reassumi-las, mas nunca tarde demais.

(Obra: Alma e Coração - Chico Xavier / Emmanuel)

segunda-feira, 28 de maio de 2012

A Grande Transição



Opera-se, na Terra, neste largo período, a grande transição anunciada pelas Escrituras e confirmada pelo Espiritismo.

O planeta sofrido experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição
moral.

Isto porque, os espíritos que o habitam, ainda estagiando em faixas de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade.

Os espíritos renitentes na perversidade, nos desmandos, na sensualidade e na vileza, estão sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as conseqüências dos seus atos ignóbeis, assim renovando-se e predispondo-se ao retorno planetário, quando recuperados e decididos ao cumprimento das leis de amor.Por outro lado, aqueles que permanecem nas regiões mais infelizes estão sendo trazidos à reencarnação, de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de aprendizado,
modificando os hábitos desditosos a que se tem submetido, podendo avançar sob a governança de Deus.

Da mesma forma, missionários do amor e da caridade, procedentes de outras Esferas, estarão revestindo-se da indumentária carnal, para tornar esta fase de luta iluminativa mais amena, proporcionando condições dignificantes que estimulem ao avanço e à felicidade.Não serão apenas o cataclismos físicos que sacudirão o planeta, como resultado da lei de destruição, geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores, a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes com a chegada da primavera, mas também os de natureza moral, social e humana que assinalarão os dias tormentosos que já se vivem.
A loucura, decorrente do materialismo dos indivíduos, atira-os nos abismos da violência  e da insensatez, ampliando o campo do desespero que se alarga em todas as direções.

A turbulência vence a paz, o conflito domina o amor, a luta desigual substitui a fraternidade.

... Mas essas ocorrências são apenas o começo da grande transição...

O indivíduo que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta.

Logo passado o período de aflição, chegará o da harmonia.

Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de irrestrita confiança em Deus.


(Obra: Jesus e Vida - Divaldo Franco/Joanna de Ângelis)

sexta-feira, 25 de maio de 2012

INDAGAÇÕES A NOS MESMOS



Que seremos na casa de nossa fé, em companhia daqueles que comungam conosco o mesmo ideal e a mesma esperança?
Uma fonte cristalina ou um charco pestilento?
Um sorriso que ampara ou um soluço que desanima?
Uma abelha laboriosa ou um verme roedor?
Um raio de luz ou uma nuvem de preocupações?
Um ramo de flores ou um galho de espinhos?
Um manancial de bênçãos ou um poço de águas estagnadas?
Um amigo que compreende e perdoa ou um inquisidor que condena e destrói?
Um auxiliar devotado ou um expectador inoperante?
Um companheiro que estimula as particularidades elogiáveis do serviço ou um censor contumaz que somente repara imperfeições e defeitos?
Um pessimista inveterado ou um irmão da alegria?
Um cooperador sincero e abnegado ou um doente espiritual, entrevado no catre dos preconceitos humanos, que deva ser transportado em alheios ombros, à feição de problema insolúvel?
Indaguemos de nós mesmos, quanto à nossa atitude na comunidade a que nos ajustamos, e roguemos ao Senhor para que o vaso de nossa alma possa refletir-lhe a Divina Luz.

(Obra: Correio Fraterno - Chico Xavier/André Luiz)

quarta-feira, 23 de maio de 2012

REFLEXÕES



Dor alguma se eterniza.
Não há problemas sem soluções.
Toda prova é oportunidade de crescimento.
Sem luz própria, ninguém caminha.
Toda ascensão é solitária.
O testemunho é inevitável.
As ilusões passam.
A Verdade se impõe por si mesma.
O fruto amadurece na época propícia.
Tudo está previsto na Lei.
A ordem do Universo não se subverte.
Felicidade é conquista.

(Obra: Dias Melhores - Carlos A.Baccelli/Irmão José)

terça-feira, 22 de maio de 2012

Funções do Sofrimento



Com propriedade afirmou Buda, numa das suas quatro nobres verdades, que tudo no mundo é sofrimento, em face da transitoriedade da organização material ante a
incomparável imortalidade do espírito.

Para compreender-se o sofrimento e as funções  que opera no ser, é necessário remontar-se-lhe às causas, conforme acentua o nobre codificador do Espiritismo,
Allan Kardec, esclarecendo que, não sendo atuais, certamente são anteriores, apoiando-se na reencarnação.

É compreensível, portanto, sua informação, tendo-se em vista que o efeito procede sempre de uma causa; se esta não é próxima encontra-se remota, mas sempre existente.

Cada espírito escreve a trajetória que deverá percorrer mediante os pensamentos, as palavras e as ações que se permite durante cada experiência carnal. Transferindo
de uma para outra as conquistas e os prejuízos, capacita-se para desenvolver a seu deus interno através dos esforços de auto-iluminação e de santificação.

Uma das funções do sofrimento é demonstrar que todos são iguais, por isso mesmo, experimentam idênticos tipos de padecimentos, na pobreza ou no excesso, na penúria ou na abastança, na juventude ou na velhice, na infância  ou na idade adulta, portadores de beleza ou feiúra, famosos ou ignorados...

O conhecimento do Espiritismo e das suas propostas de amor faculta o equilíbrio necessário para os enfrentamentos da evolução, como se apresentem no transcurso da existência.

Oferecendo coragem e bom ânimo, demonstra que tudo obedece à planificação divina e que não cai uma folha da árvore que não seja pela vontade de Deus, conforme asseverou Jesus.

A fim de exemplificar que não existem exceções nas planificações divinas, Jesus, que não tinha quaisquer dívidas perante a Consciência Cósmica, veio amar e experimentar a ingratidão humana, submetendo-se ao holocausto com paciência, misericórdia e amor inexcedíveis.


(Obra: Jesus e Vida - Divaldo Franco/Joanna de Ângelis)

O MISTÉRIO DO BEM E DO MAL


“Por que razão devemos pagar o mal com o bem e amar os nossos inimigos? O certo não é o contrário, pagar o mal com o mal e odiar os inimigos? O sujeito que me der uma bofetada leva um tiro que o manda para o inferno. Foi sempre assim que se fez. O mundo é isso. E é por isso que não entendo as religiões, não
entendo o Espiritismo. Se eu ficar espírita tenho de deixar de ser homem. Vou ser maricas, bonzinho ou idiota!”

Depois disso, o leitor acrescenta: “Quer me dizer o que é o bem e o que é o mal? Que mistério é esse? Levar uma bofetada é um bem? Matar um bandido é um mal? Quero ver como vocês, espíritas, se saem dessa”.

Nosso espaço é pouco para responder a tudo. Mas vamos fazer o possível. Mesmo porque não adianta escrever muito. O próprio leitor informa: “Não sou de muito ler e de muito pensar. Sou homem de atividade”.

Vamos por ordem:

1 – Os bichos se mordem e se estraçalham. O fraco foge do forte. Mas o homem não é bicho, é homem. Tem inteligência, consciência, linguagem, sabe falar. Os homens se entendem. Devemos pagar o mal com o bem porque precisamos do bem para viver. O mal aumenta o mal e transforma os homens em bichos. A lei do “olho por olho e dente por dente” pertence às épocas de barbárie. Só o amor produz a civilização, humanizando os costumes e desenvolvendo a solidariedade.

2 – Se o leitor se tornar espírita, deixará no passado o bicho que existe em cada um de nós, para se tornar uma criatura humana. Aliás, toda religião e toda doutrina espiritualista, sejam quaisforem, têm por finalidade afastar o homem da condição animal, para humanizá-lo. Ser bom, não é ser idiota. Pelo contrário, a idiotice está precisamente em ser mau. Os maus se condenam a si mesmos e acendem um braseiro na consciência.

3 – Levar uma bofetada pode ser um bem, quando serve para ensinar o bem, como no caso de Jesus. Matar um bandido é sempre um mal, pois ninguém precisa mais de viver do que um bandido. A vida é a grande educadora das almas. Matar um bandido é retirar a sua possibilidade de regenerar-se, de aprender a ser bom. Em todos os países civilizados o direito penal moderno é contrário à pena de morte. O bandido é um homem em que o animal predomina. Mas, é um homem, um filho de Deus, uma alma pela qual o Cristo se entregou ao suplício da cruz. O bandido é um nosso irmão em erro, que deve ser corrigido e não aniquilado.

4 – Um homem de atividade, ou de ação, precisa ler e pensar. A atividade sem pensamento é impossível. Primeiro pensamos, depois agimos. Os que dizem que preferem agir estão errados, pois na verdade estão agindo sem o necessário critério, que vem da reflexão. Por outro lado, a reflexão se apóia no conhecimento e, quem não lê, conhece muito pouco. A boa leitura e o bom pensamento conduzem à ação reta, à atividade certa. Leia mais e pense, sempre, antes de agir.


Obra: PIRES, J. Herculano: O Mistério do Bem e do Mal - ed. 2. Editora Espírita Correio Fraterno do ABC, São Paulo, 1992

domingo, 20 de maio de 2012

MISERICÓRDIA E JUSTIÇA


Uma senhora, com grandes dificuldades, explica sua situação ao médium:

- Chico, meus sofrimentos são demais !... Sofro muito! Eu não estou agüentando mais! Por que tanto sofrimento em minha vida?Será que mereço tudo isso?!...

Após ouvi-la, o médium interrompe sua caminhada, volta-se e lhe responde:

- Mas existe muita gente sofrendo mais do que nós!

"Nossas dores não são as maiores, não! Está funcionando, em nosso favor, a misericórdia e não a justiça. Porque, se fosse só a justiça, nós não agüentaríamos. Deus permite que paguemos nossas dívidas parceladamente..."

Dando seqüência à sua retirada, Chico enlaçou-nos com seu olhar e prosseguiu:

"Temos sido filhos ingratos! Deus nos permite o progresso e nós abusamos.
Hoje, não mais ajuntamos cascas de laranja para acender o fogo...Não mais carregamos latas d'água na cabeça...

Possuímos muitas facilidades e complicamos tudo. É por isso que teremos muitos sofrimentos na Terra !"

Mal terminava aquela explicação e já uma multidão o cercava para novas indagações.


(Obra: Encontros com Chico Xavier - De Cezar Carneiro de Souza)


sexta-feira, 18 de maio de 2012

TEMOS O QUE DAMOS


Podes guardar o pão para muitos dias, ainda que o excesso de tua casa signifique ausência de essencial entre os próprios vizinhos; todavia, quando puderes, alonga a migalha de alimento aos que fitam debalde o fogão sem lume.

Podes conservar armários repletos de veste inútil, ainda que a traça concorra contigo à posse do pano devido aos que se cobrem de andrajos; no entanto, sempre que possas, cede a migalha de roupa ao companheiro que sente frio.

Podes trazer bolsa farta, ainda que o dinheiro supérfluo te imponha problemas e inquietações; contudo quanto puderes, oferece a migalha de recurso aos irmãos em necessidade.

Podes alinhar perfumes e adornos para o uso à vontade, ainda que pagues caro a hora do abuso, mas, sempre que possas, estende a migalha de remédio aos doentes em abandono.

Um dia, que será noite em teus olhos, deixarás pratos cheios e móveis abarrotados, cofres e enfeites, para a travessia da grande sombra; entretanto, não viajarás de todo nas trevas, porque as migalhas de amor que tiveres distribuído estarão multiplicadas em tuas mãos como benção de luz.


(Obra: O Espírito da Verdade - Chico Xavier / Meimei)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Relacionamentos



Os relacionamentos nem sempre se desenvolvem no clima que deveria ser ideal, isto é, de reciprocidade, de respeito e amizade.

Assim sucede, porque o egoísmo e as paixões primitivas dificultam-lhe as manifestações de equilíbrio e de discernimento na pauta da convivência com outrem em particular, e com as demais pessoas em geral.

Somente a verdade, mesmo que amarga e muitas vezes afligente, preserva saudáveis os relacionamentos.

Considerando a necessidade dos relacionamentos saudáveis, Jesus, o Psicoterapeuta por Excelência, propôs o amor entre as criaturas humanas em todas e quaisquer circunstâncias, porquanto o amor é essencial para a construção da sociedade terrestre.

O amor é a expressão divina que verte do Alto em favor de tudo quanto existe, trabalhando
pela felicidade espiritual da Terra, através das criaturas que hospeda na forma física.
Ama, portanto, e relaciona-te com tudo e com todos, sem receio, oferecendo o que possuas
de melhor, dessa maneira fruindo de paz e nunca te sentindo a sós...

(Obra: Jesus e Vida - Divaldo Franco/Joanna de Ângelis)

terça-feira, 15 de maio de 2012

NASCER DE NOVO



"Em verdade, em verdade, te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." (Jo: 3, 3)


"Nascer de novo" é tarefa para todos os dias. Renascer dentro da própria existência física é mais importante do que ganhar corpo novo e simplesmente reencarnar. A Criação Divina, a cada dia, expande-se e aperfeiçoa-se. Renascer do erro é admiti-lo e começar a repará-lo. O homem que, por orgulho ou comodismo, se cristaliza em suas opiniões, vai ficando à margem do dinamismo da Vida. Disponhamo-nos a recomeçar sempre. Voltar atrás em decisões equivocadas é prova de grandeza espiritual. Sejamos como a gleba fértil e generosa que agasalha em seu seio toda boa semente e permite que ela germine... Ninguém desfruta da saúde espiritual, se não tiver a humildade de reconhecer os seus limites e trabalhar para ampliar os horizontes pessoais. Crescer não é superar os outros , mas tornar-se maior do que se é, conservando-se pequenino. Quantos preferem sofrer no erro a serem felizes ao reconhecê-lo ? O homem que perde a simplicidade é candidato ao desequilíbrio emocional. Sejamos comedidos em tudo quanto fizermos. E não ignoremos os companheiros de jornada que gemem, renteando conosco na difícil caminhada. Quem ama, por mais complexa a decisão, acerta sempre.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

sexta-feira, 11 de maio de 2012

MÃES DAS MÃES


Maria
É a Mãe piedosa
De todas as mães resignadas e sofredoras.
É a consolação
Que se derrama puríssima
Sobre os prantos maternos,
Vertidos na corola imensa das dores;
É o manto resplandecente
Que agasalha os corações das mães piedosas,
Amarguradas e infelizes,
Que orvalham com lágrimas benditas
As flores do seu amor desvelado,
Espezinhadas pelo sofrimento,
Fustigadas pelo furacão da desgraça, atropeladas pelo mal,
Perseguidas pelo infortúnio
No sombrio orbe das lágrimas e das provações.
Todas as preces maternas
Ascendem aos espaços
Como um doloroso brado de angústia a Maria,
E a rosa sublime de Nazaré
Escuta-as piedosamente,
Estendendo os seus braços tutelares
Às Mães carinhosas e desprotegidas;
E bastam os eflúvios do seu amor sacrossanto
Para que as consolações se derramem
Cicatrizando as feridas,
Balsamizando os pesares,
Lenindo os padeceres
Das Mães desoladas, que encontram nela
O símbolo maravilhoso de todas as virtudes!...
Ao seu olhara compassivo,
Pulverizam-se os rochedos do mal
Do oceano da vida de desterro e de exílio,
Para que o Brigue da Esperança,
Com as suas velas alvas e pandas,
Veleje tranquilamente,
Buscando o porto esperado com ânsia,
Da salvação das almas que sofreram
Nos torvelinhos do mundo,
Como náufragos de uma tormenta gigantesca,
Que não se perderam no abismo das águas tenebrosas
Do mar da iniquidade,
Porque se apegaram
À âncora da Fé.
Maria é o anjo, pois
Que nos ampara e guia em nossa cruz;
Levando-nos ao Céu, cheia de piedade e comiseração
Pelas nossas fraquezas.
Ela é a personificação do amor divino
No vale das sombras e das amarguras,
E sendo o arrimo de todas as criaturas,
É sobretudo
A Virgem da Pureza- Mãe das Mães.

(Obra: Parnaso de Além Túmulo - Chico Xavier / Marta)

quarta-feira, 9 de maio de 2012

GENTILEZAS SALVADORAS


"Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas nunca se desmente: é o mesmo, tanto em sociedade, como na intimidade." (Alan Kardec. E.S.E. Cap. IX. Item 6.)


Quando você afasta do piso uma casca de fruta deixada pela negligência de alguém, não pratica apenas um ato de gentileza. Evita que algum desavisado escorregue, sofrendo tombo violento.

Ao ceder o lugar no transporte coletivo a um ancião, você não realiza um gesto de cortesia somente. Atende a um corpo cansado, poupando as energias de quem poderia ser seu genitor.

Se você oferece braço moço à condução de um volume, poupando aquele que o carrega, não pratica unicamente uma delicadeza. Contribui fraternalmente para o júbilo de alguém que, raras vezes, encontra ajuda.

Portando a boa palavra em qualquer situação, você não atende exclusivamente à finura do trato. Realiza entre os ouvintes o culto do verbo são, donde fluem proveitosos e salutares ensinamentos.

Silenciando uma afronta em público, você não atesta apenas o refinamento social. Poupa-se à dialogação violenta, que dá margem a ódios irremediáveis.

Se você oferece agasalho a algum desnudo, não só atende à delicadeza humana, por filantropia. Amplia a cultura da caridade pura e simples.

Ao sorrir, discretamente, dando ensejo a um desafeto de refazer a amizade, você não age tão-somente em tributo à educação. Apaga mágoas e ressentimentos, enquanto "está no caminho com ele".

Procurando ajudar um enfermo cansado a galgar e vencer dificuldades, você não procede imbuído apenas de gentileza. Coopera para que a vida se dilate no debilitado, propiciando-lhe ensejos evolutivos.
Atendendo impertinente criança que o molesta, num grupo de amigos, você não se situa só na formosura da conduta externa. Liberta um homem futuro de uma decepção presente. No exercício da gentileza, a alma dilata recursos evangélicos e vive o precioso ensino do Mestre ao enfático doutor da lei, com afabilidade e doçura, quando Ele afirmou: "Vai e faze o mesmo!".

(Obra: Glossário Espírita-Cristão - Divaldo Pereira Franco / Marco Prisco)

terça-feira, 8 de maio de 2012

Como Perdoar?


(Por  Fernando Antonio Neves)

Perdoar ao próximo nos liberta de um pesado fardo e nos livra de uma série de doenças físicas e psicológicas. Contudo a pergunta principal que fazemos é: como perdoar

O primeiro passo é colocarmo-nos em prece, perante o Criador e expormos sinceramente nossa raiva, nossa indignação e nossa dificuldade para perdoar.

O segundo passo, como nos orienta o mestre de Nazaré, é pedirmos auxílio para que a Misericórdia Divina acalme o nosso coração, nos pacifique.

Poderemos evitar revidar o mal que o outro nos fez, contudo, para vencer a mágoa ao nível das emoções e da mente, precisamos de ajuda e essa ajuda nos vem através da oração. Por isso o meigo rabi da Galileia nos aconselhava a orarmos pelos nossos inimigos.

Em alguns casos o efeito da prece ocorre de imediato. Em outros, a prece terá que ser repetida em várias oportunidades, mas, aos poucos, inexoravelmente a nossa mágoa e rancor irão diminuir, por mais motivos que tenhamos para nos indignar.

Quando a nossa raiva diminuir, vale a pena tentarmos enxergar a beleza do outro, a sua humanidade, a sua singularidade, a presença de Deus nele, ainda que escondida. Se não conseguirmos fazer isso, mais uma vez a oração é um auxílio indispensável.

O terceiro passo é usarmos a nossa mente para vestirmos a pele daquela pessoa e perguntarmo-nos:
E se eu estivesse no lugar dessa pessoa?

Se eu não dispusesse de todas as oportunidades materiais e morais que hauri ao longo da vida, como agiria nessa situação?

Um dos maiores malefícios é nos colocarmos como vítimas (mesmo que de fato sejamos), pois a nossa mágoa aumenta exponencialmente. Por mais que tenhamos razão, esse mecanismo de defesa nos isola da nossa essência divina e coloca-nos uma venda nos olhos que impede que enxerguemos a luz no outro e, consequentemente, em nós mesmos.

Jesus, que não fez mal a ninguém, no último momento na cruz em meio a zombarias e agressões das pessoas, em vez de se “vitimizar”, exclamou: “Pai, perdoai-lhes, eles não sabem o que fazem!”.

Que possamos nos lembrar de Jesus, nosso modelo e guia (pergunta 625 de O livro dos espíritos) toda vez que nos julgarmos prejudicados por alguém. Mesmo que contra-argumentemos que não somos Cristo, que não temos ainda a sua evolução, é importante recordar que ele próprio nos disse que o ‘reino dos céus’ está dentro de cada um de nós, ou seja, todos nós somos capazes de perdoar, porque, como ele, estamos unidos a mesma fonte de misericórdia e amor e podemos acessá-la sempre que quisermos.

Uma das atitudes que aumentam bastante nossa vitimização é compartilhar o mal que sofremos com outras pessoas. Nossos amigos tendem a nos dar razão, endossando o nosso de vista e polarizando nossa percepção. Poderemos, sim, desabafar o ocorrido com alguém, desde que essa pessoa seja sensata, imparcial e nos ajude a perceber os nossos próprios erros ou, pelo menos, o ponto de vista do outro.

Assim, pedindo ajuda ao nosso ‘eu superior’, indaguemo-nos:

-Por que isso me irrita tanto?

- Qual a parte de mim que não estou aceitando?

-  O que me leva agir assim, mesmo que de forma camuflada e sutil?

Ao descobrir a sombra que vemos no outro em nós mesmos, o ressentimento tende a diminuir acentuadamente.
Uma vez descoberta essa negatividade em nós, o importante é por em prática um trabalho de autoperdão. Para que perdoemos o outro é necessário que primeiro nos perdoemos.

O quarto passo é colocarmos a mão no arado e trabalhar na seara do bem, mesmo magoados com alguém. Quanto maior a mágoa, mais devemos nos entregar de corpo e alma a um trabalho voluntário. Visita a hospitais, campanha do quilo, trabalhos mediúnicos, idas a creches... A doutrina espírita nos oferece inúmeras oportunidades para pacificarmos o nosso coração mediante o trabalho. Como tudo é uma unidade, quando fazemos um bem, estamos beneficiando a nós mesmos e, indiretamente, ao nosso desafeto. O próprio verbo ‘perdoar’ significa doar-se através de si.

Então esses são os passos para o perdão: no campo emocional a admissão de nossa mágoa; na esfera espiritual a oração; no plano mental a empatia, a autoanálise e autoperdão; no terreno físico o trabalho no bem, mesmo que direcionado a outras pessoas.

Se praticarmos todos esses passos, perceberemos que o perdão não é propriamente para o outro, mas para uma parte de nosso psiquismo que não queríamos ver ou aceitar. Constataremos que nunca tivemos inimigo algum, pois este estava dentro de nós, em nossa mente. E, finalmente, daremos conta de que aquele desafeto era, na verdade, um grande mestre, um anjo instigador, que fomentou a nossa evolução e autoconhecimento.

Aprendendo a perdoar seremos gratos aos nossos inimigos, a Deus e à vida, e encontraremos, aqui e agora, o ‘reino dos céus’ em nós!

PRESSA EM COLHER


"Então ele respondeu: Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude." (Mc: 10, 20)

Ao ser interpelado por um homem rico, quanto ao que deveria fazer para herdar a vida eterna, Jesus deu-lhe resposta óbvia: "Sabes os mandamentos: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, não defraudarás ninguém, honra a teu pai e a tua mãe."Insatisfeito, o homem alegou que, desde a juventude, vinha se esmerando em vivenciar tais princípios, como se, noutras palavras, dissesse que, até aquele momento, fossem
insuficientes para lograr o que pretendia alcançar.

Quantos de nós não somos assim, extremamente apressados em colher o que mal acabamos de semear!

Quantas vidas aquele homem, com certeza, tivera, ignorando por completo as lições que apenas começava a colocar em prática?!

Muitos vivem afastados do caminho reto, por largos e largos anos, e, depois, quando a ele retornam, querem obter resultados imediatos da decisão que postergaram indefinidamente.

A semente, ao ser lançada à Terra, não produz antes de cumprir com todos os estágios que vão da germinação à frutescência.

Toda renovação se apoia no esforço perseverante de quem sabe que mudança íntima não é mera questão de palavras.

Quantas e quantas vezes não desistimos de continuar lutando às vésperas da vitória tão acalentada!

Talvez aquele homem estivesse cansado da austera disciplina que, desde jovem,

impusera a si mesmo, tendo interrogado Jesus, na esperança de que lhe descortinasse caminho menos acidentedo para os Cimos... Ledo engano, porém porque, ante a sua pressa em herdar a vida eterna, o Mestre, em complemento à primeira resposta, acentuou: "Vai, vende tudo que tens, dá-o aos pobres, e terás um tesouro no Céu;
então vem, e segue-me."Contrariado, ele "retirou-se triste, porque era dono de muitas propriedades."

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)

segunda-feira, 7 de maio de 2012

O HOMEM BOM


Conta-se que Jesus, apos narrar a Parábola do Bom Samaritano, foi novamente interpelado pelo doutor da lei que, alegando não lhe haver compreendido integralmente a lição, perguntou, sutil:

- Mestre, que farei para ser considerado homem bom? Evidenciando paciência admirável, o Senhor respondeu:
Imagina-te vitimado por mudez que te iniba a manifestação do verbo escorreito e pensa quão grato te mostrarias ao companheiro que falasse por ti a palavra encarcerada na boca.

Imagina-te de olhos mortos pela enfermidade irremediável e lembra a alegria da caminhada, ante as mãos que te estendessem ao passo incerto, garantindo-te a segurança.

Imagina-te caído e desfalecente, na via pública, e preliba o teu consolo nos braços que te oferecessem amparo, sem qualquer desrespeito para com os teus sofrimentos.

Imagina-te tocado por moléstia contagiosa e reflete no contentamento que te iluminaria o coração, perante a visita do amigo que te fosse levar alguns minutos de solidariedade.

Imagina-te no cárcere, padecendo a incompreensão do mundo, e recorda como te edificaria o gesto de coragem do irmão que te buscasse testemunhar entendimento.

Imagina-te sem pão no lar, arrostando amargura e escassez, e raciocina sobre a felicidade que te apareceria de súbito no amparo daqueles que te levassem leve migalha de auxílio, sem perguntar por teu modo de crer e sem te exigir exames de consciência.

Imagina-te em erro, sob o sarcasmo de muitos, e mentaliza o bálsamo com que te acalmarias, diante da indulgência dos que te desculpassem a falta, alentando-te o recomeço.

Imagina-te fatigado e intemperante e observa quão reconhecido ficarias para com todos os que te ofertassem a oração do silêncio e a frase de simpatia.

Em seguida ao intervalo espontâneo, indagou-lhe o Divino Amigo:

- Em teu parecer, quais teriam sido os homens bons nessas circunstâncias?

- Os que usassem de compreensão e misericórdia para comigo - explicou o interlocutor.

- Então - repetiu Jesus com bondade, segue adiante e faze também o mesmo.

(Obra: Amor e Vida em Família - Chico Xavier/Emmanuel)

Confiança


sexta-feira, 4 de maio de 2012

A OBRA MAIOR


Todos os serviços do Cristianismo na Terra são plantações do Céu no escuro solo humano, fecundando o bem e a luz na gleba da experiência.

A escola é um foco solar, despertando mentes e corações para a grandeza da vida.

O hospital é precioso refúgio, plasmando nas almas a bênção do reconforto.

 O berçário é um canteiro de ternura, irradiando alegria e esperança. A casa de reajuste é um templo de amor fraterno, estendendo a paz que afasta o desequilíbrio.

O lar é um santuário de trabalho e consolo em que as almas se reencontram.

Em todos os escaninhos do mundo, a influência cristã significa solidariedade e cultura, mensagem de entendimento e bálsamo de perdão.

A obra maior do Evangelho, porém, é o aperfeiçoamento da criatura, quando a criatura lhe assimila os princípios de reforma e elevação.

A alma ligada ao Cristo é flama renovadora atuando no chão, embora vivendo na luz do amor.

Não duvides. Estende os braços à dor e diminui, quanto puderes, os gritos do sofrimento em torno de ti.

Descerra os lábios e ensina a verdade simples, segundo a idéia nobre que te brilha no pensamento.

Entretanto, cada hora e cada dia, busca afeiçoar o próprio espírito à prática dos ensinamentos do Cristo, nosso Mestre e Senhor.

Alma restaurada é base à restauração humana.

Deixa que as Mãos Sábias de Jesus te tomem o coração, aprimorando-te os impulsos e, ainda mesmo que te pareça a existência terrestre um império de tribulações, guarda a certeza de que o Cristo em nós é a obra maior a que será justo aspirarmos no campo da redenção.

(Obra: Nascer e Renascer - Chico Xavier/Emmanuel)

quinta-feira, 3 de maio de 2012

CRISTO E NÓS

"E disse-lhe o Senhor em visão:- Ananias! E ele respondeu: -Eis -me aqui, Senhor!" (At: 9, 10).

Os homens esperam por Jesus e Jesus espera igualmente pelos homens.

Ninguém acredite que o mundo se redima sem almas redimidas.

O Mestre, para estender a sublimidade do seu programa salvador, pede braços humanos que o realizem e intensifiquem. Começou o apostolado, buscando o concurso de Pedro e André, formando, em seguida; uma assembléia de doze companheiros para atacar o serviço da regeneração planetária.

E, desde o primeiro dia da Boa Nova, convida, insiste e apela, Junto das almas, para que se convertam em instrumentos de sua Divina Vontade, dando-nos a perceber que a redenção procede do Alto, mas não se concretizará entre as criaturas sem a co- laboração ativa dos corações de boa-vontade.

Ainda mesmo quando surge, pessoalmente, buscando alguém para a sua lavoura de luz, qual aconteceu na conversão de Paulo, o Mestre não dispensa a cooperação dos servidores encarnados. Depois de
visitar o doutor de Tarso, diretamente, procura Ananias, enviando-o a socorrer o novo discípulo.

Por que razão Jesus se preocupou em acompanhar o recémconvertido, assistindo-o em pessoa? É que, se a       Humanidade não pode iluminar-se e progredir sem o Cristo, o Cristo não dispensa os homens na obra de soerguimento e sublimação do mundo.

"Ide e pregai".

"Eis que vos mando".

"Resplandeça a vossa luz diante dos homens".

"A Seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros".

Semelhantes afirmativas do Senhor provam a importância por ele atribuída à contribuição humana.

Amemos e trabalhemos, purificando e servindo sempre.

Onde estiver um seguidor do Evangelho aí se encontra um mensageiro do Amigo Celestial para a obra incessante do bem.

Cristianismo significa Cristo e nós.

(Chico Xavier / Emmanuel: Fonte Viva - FEB.)

quarta-feira, 2 de maio de 2012

TOLERÂNCIA

"Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas." (Mt: 5, 41)

Sem dúdiva, o exercício da tolerância é indispensável à conquista da serenidade.

Mas tolerar não significa afligir-se e torturar-se interiormente, como quem impõe a si mesmo determinada violência.

A tolerância nasce da conscientização de quem nem sempre se podem alterar, de imediato, situações que apenas o tempo possui elementos para transformar.

As pessoas serão como são, até quando optarem pela própria mudança.

Há quanto tempo Deus nos espera, admitindo, inclusive, que descreiamos de sua Divina Paternidade?

Existem muitos espíritos de entendimento tardio com os quais precisamos aprender a conviver, sem alimentarmos grandes expectativas em torno de sua capacidade de corresponder-nos aos anseios.

Em oferecendo-nos pouco, muitos daqueles que conosco convivem estão praticamente oferecendo-nos tudo o que possuem.

Como exigir da árvore que sequer floresceu a produção de frutos ? Ou de um pássaro implume arrojados voos na amplidão.

Quem sofre com as decepções que os outros lhe causam, sofre voluntariamente, porque sabe que, na Terra, ninguém está lidando com santos, mas com seres humanos tão frágeis e limitados quanto a ele mesmo.

Jesus, de fato, recomendou-nos caminhar a segunda milha como os que mais solicitam de nossas possibilidades de renúncia e tolerância, que, habitualmente, são aqueles que convivem conosco na experiência comum, mas não nos disse que deveríamos carregá-los sobre os ombros.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

terça-feira, 1 de maio de 2012

CADA DIA

Em tempo algum, não digas
Que não podes ser útil.

Faze do cada dia
um poema de fé.

Podes ser esperança
Dos que jazem na angústia.

Uma frase de luz
Ergue os irmãos caídos.

Terás, quanto quiseres,
A prece que abençoa.

Para espalhar o bem,
Basta o apoio de Deus.
(Obra: Tempo e Nós - Chico Xavier/Emmanuel)