sexta-feira, 29 de abril de 2011

RAZÕES DA VIDA

Indagas, muita vez, alma querida e boa:
– “Meu Deus, por que essa dor que me atormenta o ser?”
E segues, trilha afora, em pranto oculto,
De sonho encarcerado, a lutar e a sofrer.

Anhelas outro clima, outro lar e outros rumos,
Entretanto, o dever te algema o coração dorido
Ao campo de trabalho que abraçaste,
Atendendo, na Terra, a divino sentido.

Antes de renascer, os seres responsáveis
Notam as próprias dívidas quais são
E suplicam a Deus lhes conceda no mundo
O caminho que os leve à redenção.

Não recalcitres, pois, contra os próprios encargos
Que te pareceu fardos de problemas,
Encontras-te no encalço da conquista
De bênçãos imortais e alegrias supremas.

A lágrima que vertes padecendo
Longas tribulações, entre lutas e crises,
É um remédio da vida, em nossos olhos,
Que nos faculte ver os irmãos infelizes.

O abandono dos seres que mais amas,
Criando-te a aflição em que choras e anseias,
É um curso de lições em que aprendemos
Quanto custam na estrada as angústias alheias.

Familiares que te contrariam
Trazem-nos à lembrança os gestos rudes
Com que outrora ferimos entes caros
No fel de nossas próprias atitudes.

Afeição de outras eras que descubras,
Querendo-lhe debalde a presença e a união,
E instrumento de amor que te inspira a renúncia
Para o trabalho da sublimação.

A experiência humana é breve aprendizado
E essa tribulação que te fere e domina
É recurso dos Céus, em nosso amparo,
Zelo, defesa e luz da Bondade Divina.

Sofre sem reclamar a prova que te coube,
Mesmo que a dor te espanque, atingindo apogeus...
E, um dia, exclamarás, ante os sóis de outra vida:
– “Bendita seja a Terra!... Obrigado, meu Deus!...”

(Obra: A Vida Conta - Chico Xavier/Maria Dolores)

quinta-feira, 28 de abril de 2011

PROBLEMAS DO AMOR

"...que vosso amor cresça cada vez mais no pleno conhecimento e
em todo o discernimento." – (Fil: 1, 9)




O amor é a força divina do Universo.

É imprescindível, porém, muita vigilância para que não a desviemosna justa aplicação.

Quando um homem se devota, de maneira absoluta, aos seus cofresperecíveis, essa energia, no coração dele, denomina-se "avareza";

quando se atormenta, de modo exclusivo, pela defesa do que possui, julgando-se o centro da vida, no lugar em que se encontra, ess mesma força converte-se nele em "egoísmo";

quando só vê motivos para louvar o que representa, o que sente e o que faz, com manifesto desrespeito pelos valores alheios, o sentimento que predomina em sua órbita chama-se "inveja".

Paulo, escrevendo a amorosa comunidade filipense, formula indicação de elevado alcance. Assegura que "o amor deve crescer, cada vez mais, no conhecimento e no discernimento, a fim de que o aprendiz possa aprovar as coisas que são excelentes".

Instruamo-nos, pois. para conhecer.

Eduquemo-nos para discernir.

Cultura intelectual e aprimoramento moral são imperativos da vida, possibilitando-nos a manifestação do amor, no império da sublimação que nos aproxima de Deus.

Atendamos ao conselho apostólico e cresçamos em valores espirituais para a eternidade, porque, muitas vezes, o nosso amor é simplesmente querer e tão-somente com o "querer" é possível desfigurar, impensadamente, os mais belos quadros da vida.

(Chico Xavier / Emmanuel: Fonte Viva - FEB.)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

OUVIREMOS TAMBÉM

"Se tu és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo." (Lc: 23, 37)




Qual ouviu Jesus, nos momentos mais decisivos, ouviremos também desafios à nossa capacidade de reverter uma situação desfavorárel.
Em vez de apoio, receberemos críticas e seremos alvos de zombaria.

Comumente, as pessoas nos falham nos instantes em que mais delas revelamos necessidade.

Não sejamos assim ou, antes, não tripudiemos sobre as fraquezas do próximo.

Na hora da dor moral, não é a vez de especular sobre as suas causas, procurando culpados.

Sempre que não pudermos auxiliar alguém, silenciemos.

As palavras desafiadoras que os soldados lançaram a Jesus lhe doeram muito mais que os cravos nas mãos e a coroa de espinhos na fronte...
Os que estimam pisar sobre os que já se encontram caídos, não sabem medir as consequências de seu insano gesto de pretensa superioridade.
A não ser o Mestre Divino, que homem pode dar lições de moral a outro? Quem se sentirá completamente imune à queda? Qual de nós poderá ter a vida vasculhada?
O ato de socorrer não nos confere o direito de recriminar a quem socorremos.

A caridade em silêncio diz tudo sem necessidade de articular uma só palavra.

Amenizemos o peso do fardo sobre os ombros alheios sem a menor censura à invigilância de quem a transporta, porque, também para nós, chegará o momento em que, mesmo
bem-intencionada, a palavra de recriminação de quem nos auxilia será como receber um tapa no rosto.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

domingo, 24 de abril de 2011

A LIÇÃO DA BONDADE

Quando Jesus entrou vitoriosamente em Jerusalém, montado num burrico, eis que o povo, alvoroçado, vinha vê-lo e saudá-lo na praça pública.
Muitos supunham que o Mestre seria um dominador igual aos outros e bradavam:
- Glória ao Rei de Israel!...
- Abaixo os romanos!...
- Hosanas ao vencedor! ...
- Viva o Filho de David!... Viva o Rei dos Judeus!...

E atapetavam a rua de flores.
Rosas e lírios, palmas coloridas e folhas aromáticas cobriam o chão por onde o Salvador deveria passar.

O Mestre, contudo, sobre o animalzinho cansado, parecia triste e pensativo. Talvez refletisse que a alegria ruidosa do povo não era o tipo de felicidade ele desejava. Queria que ver o povo contente, mas sem ódio e sem revolta, inspirado pelo bem que ajuda a conservação das bênçãos divinas.
O glorificado montador ia, assim, em silêncio, quando linda jovem se destacou da multidão, abeirou-se dele e lhe entregou uma braçada de rosas, exclamando:
- Senhor, ofereço-te estas flores para o Reino de Deus.
O Cristo fixou nela os olhos cheios de luz e indagou:
- Queres realmente servir ao Reino do Céu?
- Oh! Sim... - disse a moça, feliz.
- Então - pediu-lhe o Mestre -, ajuda-me a proteger o burrico que me serve, trazendo-lhe um pouco de capim e água fresca.
A jovem atendeu prontamente e começou a compreender que, na edificação do Reino Divino, Jesus espera de nós, acima de tudo, a bondade sincera e fiel do coração.

(Francisco Cândido Xavier / Meimei: "Pai Nosso")

quinta-feira, 21 de abril de 2011

MANSIDÃO E PIEDADE

Se caminhas sob chuvas de impropérios e maldições, cultiva a mansidão e exercita a piedade.

Se atravessas provas rudes, assoalhadas por aflições contínuas, guarda-te na mansidão e desenvolve a piedade.

Se sofres agressões prolongadas, que se não justificam, permanece com mansidão e desenvolve a piedade.

Se tombas nas ciladas bem urdidas, propostas por adversários encarnados ou não, mantém-te em mansidão e esparze a piedade.

Se te açodam circunstâncias rudes e tudo parece conspirar contra tuas lutas de redenção,m não te descures da mansidão nem da piedade.

Aclamado pelo entusiasmo passageiro de amigos ou admiradores, sustenta a mansidão e insiste na piedade.

Guindado a posições de relevo transitório e requestado pelo momento de ilusão, não te afaste da mansidão da piedade.

Carregado de êxitos terrenos e laureado por enganosas situações, envolve-te na mansidão e não te distancies da piedade.

Recomendado pelas pessoas proeminentes ou procurado pelos triunfos humanos, persevera com mansidão e trabalha com piedade.

Mansidão e piedade em qualquer circunstância, sempre.

A mansidão coloca-te interiormente indene à agressividade dos que se comprazem no mal e a piedade envolve-os em vibrações de amor.

A mansidão faz-te compreender que necessitas de crescimento espiritual e, por enquanto, a dor ainda se torna instrumento educativo. A piedade evita que mágoas ou seqüelas de aborrecimento tisnem os teus ideais de enobrecimento.

A mansidão acalma; a piedade socorre.

Com mansidão seguirás a trilha da humildade e com a piedade prosseguirás retribuindo com o bem a todo e qualquer mal.

A mansidão identifica o cristão e a piedade fala das suas conquistas interiores.

- "Bem-aventurados os mansos e pacificadores - ensinou Jesus - porque eles herdarão a Terra"... feliz do continente da alma imortal.

(Divaldo P. Franco / Joanna de Angelis: Otimismo - Ed. LEAL.)

MODO DE SENTIR

Renovai-vos pelo espírito no vosso modo de sentir.” – Paulo. (Efésios, 4:23)



Há muitos séculos o homem raciocina, obediente a regras quase inalteradas, comparando fatores externos segundo velhos processos de observação; rege a vida física com grandes mudanças no setor das operações orgânicas fundamentais e maneja a palavra como quem usa os elementos indispensáveis a determinada construção de pedra, terra e cal.

Nos círculos da natureza externa, em si, as modificações em qualquer aspecto são mínimas, exceção feita ao progresso avançado nas técnicas da ciência e da indústria.

No sentimento, porém, as alterações são profundas.

Nos povos realmente educados, ninguém se compraz com a escravidão dos semelhantes, ninguém joga impunemente com a vida do próximo e ninguém aplaude a crueldade sistemática e deliberada, quanto antigamente.

Através do coração, o ideal de humanidade vem sublimando a mente em todos os climas do Planeta.

O lar e a escola, o templo e o hospital, as instituições de previdência e beneficência são filhos da sensibilidade e não do cálculo.

Um trabalhador poderá demonstrar altas características de inteligência e habilidade, mas, se não possui devoção para com o serviço, será sempre um aparelho consciente de repetição, tanto quanto o estômago é máquina de digerir, há milênios.

Só pela renovação íntima, progride a alma no rumo da vida aperfeiçoada.

Antes do Cristo, milhares de homens e mulheres morreram na cruz, entretanto, o madeiro do Mestre converteu-se em luz inextinguível pela qualidade de sentimento com que o crucificado se entregou ao sacrifício, influenciando a maneira de sentir das nações e dos séculos.

Crescer em bondade e entendimento é estender a visão e santificar os objetivos na experiência comum.

Jesus veio até nós a fim de ensinar-nos, acima de tudo, que o Amor é o caminho para a Vida Abundante.

Vives sitiado pela dor, pela aflição, pela sombra ou pela enfermidade? Renova o teu modo de sentir, pelos padrões do Evangelho, e enxergarás o Propósito Divino da Vida, atuando em todos os lugares, com justiça e misericórdia, sabedoria e entendimento.

(Obra: Fonte Viva - Chico Xavier / Emmanuel) - FEB.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

RECONHECIMENTO

"Verdadeiramente, este homem era justo" (Lc: 23, 47)



Somente após Jesus ter expirado no lenho é que o centurião reconheceu que ele era um homem justo!

Assim, não esperemos pelo aplauso do mundo. Busquemos, antes, a aprovação da consciência.

Semeemos sem pressa de colher, porque a semente cultivada não se antecipa à época que lhe é assinalada para produzir.

Ninguém nos usurpará o próprio valor.

Esperar pela gratidão de alguém é permanecer na expectativa do que nem JESUS teve.

O espírito, aonde vai, ostenta o mérito intransferível de seus esforços.

Não nos aflijamos pelo reconhecimento alheio. Existem pessoas que, emocionalmente, se monstram descompensadas, porque, superestimando o que fazem, criam exagerada expectativa no que tange ao retorno por parte das pessoas a quem beneficiam.

A rigor, não estamos dando nada a ninguém; simplesmente, estamos devolvendo o que, de uma maneira ou outra, lhe tomamos...

Não nos coloquemos nunca na condição de benfeitores - isto ainda é tola pretensão de quem se arrasta no solo do Planeta!

Deus é o Dispensador de todas as bênçãos, que apenas vamos repassando, exercitando a nossa capacidade de amar.

Quantos não se deprimem porque não sabem tomar a iniciativa de amar, sem cogitar de serem amados?

Como a fonte que, ao dessedentar, não sente sede, quem ama não carece de ser amado, porque o amor que gera em si mesmo lhe basta a qualquer carência de afeto.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

sábado, 16 de abril de 2011

AMOR, A SOLUÇÃO

Auxiliemo-nos para sermos auxiliados. Se algum companheiro perde a força do ideal, sejamos aquele suporte de amor que o escore na travessia do desânimo, a fim de que o vejamos refeito para bênção do Serviço.

Se outro sofre provações ou privações de qualquer natureza, sejamos nós o apoio sobre o qual se mantenha para atingir novamente a segurança precisa.

Se outro se desgoverna na sombra da irritação, façamo-nos, junto dele, o silêncio e a prece capazes de repô-lo na rearmonização necessária.

Se outro ainda nos pareça indiferente ou distante, envolvamo-lo em calor de entendimento e ternura, a fim de que volte ao clima da paz e da eficiência em louvor do Cristo.

Em síntese, convertamo-nos, por amor, em suplementações uns dos outros, no levantamento do bem, de vez que, assim agindo, estaremos glorificando a bendita herança do trabalho que Jesus nos legou, não somente ofertando-lhe o
rendimento justo, mas, também, cumprindo o excelso programa de nosso Divino
Mestre, quando nos exortou:

- Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.

(Obra: Mais Luz - Chico Xavier / Batuíra)

quinta-feira, 14 de abril de 2011

LIVRE-ARBÍTRIO E CARIDADE

Nunca será demasiado entretecer-se considerações sobre a caridade.

A caridade é sempre luz que abençoa aqueles que jornadeiam na aflição. Mesmo quando não é vista, à semelhança dos raios solares, quando o Astro Rei está ausente, beneficia, penetrando as vidas e renovando-as.

Assim, a caridade, seja no seu aspecto material ou moral, reflete o amor de DEUS que alcança as almas, socorrendo-as.

Quando a caridade material não se faz necessária, jamais será secundária aquela de natureza moral, porquanto vital o ar, penetra e sustenta a vida.

São caridades morais:


    O Sorriso de afabilidade ao atormentado que perdeu a esperança;
  • A palavra de estímulo quando todos os outros recursos ficaram baldos de resultados;

  • O gesto de simpatia ante a circunstância aziaga e infeliz;

  • A compreensão fraterna, face à ofensa e à maldade;

  • A oração intercessória, em favor do adversário em sofrimento;

  • O apoio emocional no momento áspero da desgraça.

  • O perdão da ofensa e a dedicação ao tombado;

  • A gentileza de um socorro espiritual...



Quem pode, por acaso, no transe da dor, dispensar qualquer uma destas concessões? Qual a pessoa que se sinta tão completa que dispense um amigo ou uma palavra de reconforto?

A caridade é luz que deve ser considerada como benção de DEUS nas estradas do mundo.

Praticá-la ou não é opção de cada indivíduo. Aquele que a utiliza, favorece o crescimento da luz que se esparze;
quem se nega a realizá-la, faculta a ampliação da sombra que predomina.

O livre-arbítrio e a caridade constituem alavancas para o progresso do homem na direção da sua meta final, que é a felicidade.

JESUS, todo amor por excelência, em instante algum deixou de esparzi-la, iluminando as vidas que, desde então, jamais perderam a diretriz.

Caridade, portanto, hoje e sempre.

(Obra: No Rumo da Felicidade - Divaldo P. Franco/Joanna de Ângelis)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

NA PRESENÇA DO AMOR

"Aquele que ama a seu irm„o est· na luz e nele n„o h· esc‚ndalo." (I Jo: 2, 10)



Quem ama o prÛximo sabe, acima de tudo, compreender. E quem compreende sabe livrar os olhos e ouvidos do venenoso visco do esc‚ndalo, a fim de ajudar, ao invÈs de acusar ou desservir.

É necessário trazer o coração sob a luz da verdadeira fraternidade, para reconhecer que somos irmãos uns dos outros, filhos de um só Pai.

Enquanto nos demoramos na escura fase do apego exclusivo a nós mesmos, encarceramo-nos no egoísmo e exigimos que os outros nos amem. Nesse passo infeliz, não sabemos querer senão a nós próprios, tomando os semelhantes por instrumentos de nossa satisfação.

Mas se realmente amamos os companheiros de caminho, a paisagem de vida se modifica, de vez que a claridade do amor nos banhará a visão.

Ama, pois, e, assim como a lama jamais ofende a luz, a ofensa não mais te alcançará.

Saberás que a miséria é fruto da ignorância e auxiliarás a vítima do mal, nela encontrando o próprio irmão necessitado de apoio e entendimento.

Aprenderás a ouvir sem revolta, ainda mesmo que o crime te procure os ouvidos, e cultivarás a ajuda ao adversário, ainda mesmo quando te vejas dilacerado, porque o perdão com esquecimento absoluto dos golpes recebidos surgirá espontâneo em teu espírito, assim como a tolerância aparece natural na fonte que acolhe no próprio seio as pedras que lhe atiram.

Ama e compreenderás.

Compreende e servirás sempre mais cada dia, porque então permanecerás sob a glória da luz, inacessível a qualquer incursão das trevas.

(Chico Xavier / Emmanuel: Fonte Viva - FEB.)

terça-feira, 12 de abril de 2011

PERDÃO

"Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem." - (Lc: 23, 34)



A falta de perdão, ou seja, o ressentimento acalentado é uma das maiores causas da insanidade mental que acomete o homem.
O rancor é sentimento que acompanha o homem de vida em vida - é um espectro que o assombra indefinidamente!

Perdoemos, entendendo que, de fato, os que nos ferem não sabem o que fazem.

Não fiquemos a ruminar vingança contra quem quer que seja.

Perdoar é esquecer e desejar que o outro seja feliz, mas desejar com toda a sinceridade.

Se for o caso, e na maioria das vezes é, tenhamos a humildade de pedir perdão a quem magoamos.

Para seguir adiante, na direção da luz, o coração precisa estar livre.

Todo vínculo fora do amor é algema.

Não nos prendamos aos cipoais do caminho, nas infelizes questiúnculas nascidas do amor-próprio exacerbado.
Quem se sente ofendido e magoado é magoado e ofendido em seu orgulho.

Toda pessoa que realmente se sente ofendida é porque estava necessitando de uma quebra na coluna dorsal de sua vaidade.

Odiar é sempre a maneira de enlouquecer mais facilmente.

Sigamos, pois, adiante, não indiferentes e insensíveis, mas imperturbáveis ante os obstáculos naturais de um orbe de provas e expiações.

Não esperemos ser ofendidos para perdoar, pois a árvore do perdão, o tempo todo, deve estar sempre carregada de frutos.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

EVANGELIZAR

Ao término do século XX, o século chamado das luzes, estamos convocando os
obreiros de boa vontade para a tarefa divina de evangelizar.
Evangelho é sol nas almas, é luz no caminho dos homens, é elo abençoado para
união perfeita.
Evangelizemos nossos lares, meus filhos, doando à nossa família a bênção de
hospedarmos o Cristo de Deus em nossas casas.
A oração em conjunto torna o lar um santuário de amor onde os espíritos mais
nobres procuram auxiliar mais e mais, dobrando os talentos de luz que ali
são depositados.
Evangelizemos nossas crianças, espíritos forasteiros do infinito em busca de
novas experiências, à procura da evolução espiritual.
Sabemos que a Terra é um formoso Educandário e o Mestre Divino, de sua
cátedra de Amor, exemplifica pela assistência constante, o programa a ser
tratado.
Evangelizemos nossos companheiros de trabalho, pelo exemplo na conduta
nobre, pelo perdão constante.
Evangelizemo-nos, guardando nossas mentes e nossos corações na bênção dos
ensinos sublimes.
Estamos na Terra mas alistamo-nos nas fileiras do Cristianismo para erguemos
bem alto a bandeira de luz do Mestre Divino: “Amai-vos uns aos outros como
vos tenho amado”.

Evangelizemos.

Os tempos são chegados, os corações aflitos pedem amparo, os desesperados
suplicam luz.
Há um grito que ressoa pelo infinito!

Pai, socorre-nos!

Filhos, somente através do Evangelho vivido à luz da Doutrina Espírita,
encontrará o homem a paz, a serenidade e o caminho do amor nobre.
Conclamamos os corações de boa vontade:

Evangelizem;

Evangelizemos.

Acendamos a luz dos ensinos divinos para que a Terra se torne um sol radioso
no infinito, conduzindo uma Família humana integrada nos princípios da vida
em hosanas ao seu Criador.
Filhos, peçamos ao Pai inspiração e prossigamos para o alto porquanto
somente Cristo com o Seu saber e o Seu coração de luz poderá iluminar nossos
caminhos.

Bezerra

Bezerra de Menezes / Maria Cecília Paiva - Mensagem psicografada na Federação Espírita Pernambucana, em reunião pública do dia 18 de julho de 1979).

quinta-feira, 7 de abril de 2011

EDUCA

"Não sabeis vós que Bois o templo de Deus e que o Espírito de Deus
habita em vós ?" - Paulo. (I Cor: 3, 16.)



Na semente minúscula reside o germe do tronco benfeitor.

No coração da terra, há melodias da fonte.

No bloco de pedra, há obras-primas de estatuária.

Entretanto, o pomar reclama esforço ativo.

A corrente cristalina pede aquedutos para transportar-se imaculada.

A jóia de escultura pede milagres do buril.

Também o espírito traz consigo o gene da Divindade.

Deus está em nós, quanto estamos em Deus.

Mas, para que a luz divina se destaque da treva humana, é necessário que os processos educativos da vida nos trabalhem no empedrado caminho dos milênios.

Somente o coração enobrecido no grande entendimento pode vazar o heroísmo santificante.
Apenas o cérebro cultivado pode produzir iluminadas formas de pensamento.

Só a grandeza espiritual consegue gerar a palavra equilibrada, o verbo sublime e a voz consoladora.

Interpretemos a dor e o trabalho por artistas celestes de nosso aperfeiçoamento.

Educa e transformarás a irracional idade em inteligência, a inteligência em humanidade e a humanidade em angelitude.

Educa e edificarás o paraíso na Terra.

Se sabemos que o Senhor habita em nós, aperfeiçoemos a nossa vida, a fim de manifestá-lo.

(Chico Xavier / Emmanuel: Fonte Viva - FEB.)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

AO COMPANHEIRO DO CRISTO

Falarás com ternura a todos que te ostentam o látego da hostilidade.
Trazes dentro de ti o ímpeto da revolta e sentes o peito incendido na brasa
da indignação. Mostras a fronte suarenta, cravada de espinhos da incompreensão, e tuas lágrimas revelam-te o fogo de aflição que te consome por dentro.

Colocaram-te sobre os ombros o símbolo do martírio na forma de obrigações inadiáveis e responsabilidades inúmeras.

Sofres, mas compreendes que é preciso sofrer na obra de renovação.

Notas tuas mãos trêmulas de angústia, mas a angústia de tuas mãos trêmulas não te impedirá de escrever a página de conforto e estender o socorro do medicamento.

Sentes teus lábios crispados de amargura, mas a amargura de teus lábios crispados não te roubará a oportunidade de proferir a palavra de entendimento e brandura.

Tens a impressão de que não suportas, mas suportarás.

Trêmulas, tuas mãos ainda assim abençoarão.

Crispados, teus lábios ainda assim falarão na caridade.

Serão muitos os que te não compreenderão a obra renovadora. Erguer-te-ão barreiras de ódio e ciúme, muralhas de inveja e desconfiança.

Desacreditar-te-ão perante outros, desdenhando tuas qualidades e ressaltando tuas limitações. Surgir-te-ão no caminho os ociosos e os negligentes, dispostos a colocar-te obstáculos pela omissão e, entre eles, muitos chamar-te-ão sonhador e vissionário.

Entretanto, responderás a todos eles com o amor de JESUS.

Compreenderás sempre, sem que para isso te obrigues a endossar o erro e não desistirás nunca da sinceridade no bem, ainda que para preservá-la sejam-te necessárias mudanças e atitudes incisivas, arriscando-te a ficar só.

Sozinho ou não, pensarás nos que perambulam pelo mundo, aflitos e desdenhados, cuja única esperança é a esperança que tiveres em tua própria autenticidade. Pensarás nos desorientados e deprimidos, desajustados e rejeitados, esperando por ti, cuja única confiança é a confiança que tiveres em ti mesmo. Pensarás em todos eles com abnegação e carinho, a fim de que também aprendam a pensar nos outros com carinho e abnegação.

E nas situações mais aflitivas, quando teu sofrimento te impulsionar a esmorecer e quando tua amargura te sufocar em soluços, pensarás ainda neles, sentido que o Cristo estará a teu lado e o Cristo, que te compreende as imperfeições e o esforço para superá-las, afagar-te-á a cabeça orvalhada de suor no trabalho digno e, como outrora, novamente te convidará com doçura:

- Vem comigo; meu jugo é leve e suave.


Eurípedes Barsanulfo
(Paginá Psicografada por Antonio Baduy Filho, Ituiutaba - MG)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Caminho

"Disse-lhes Jesus: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens." (Mc: 1,17)

Jesus é o caminho a ser seguido. Não existem atalhos para ele. Quem anda à procura do que é correto não insista em contemporizar com as ilusões. Todo conflito íntimo da criatura origina-se da tentativa de submeter o que é divino ao que é humano. Quem faz opção pela cruz igualmente faz opção pela taça de fel do sacrifício e da transcendência. Não há como seguir o Cristo com devotamento parcial. A fé não pode ser mera formalidade. Qual tem sido o nosso relacionamento com Deus ? Simples obrigação social, como para a maioria que abarrota os templos religiosos? As Leis Divinas não negociam com o que é sagrado. Inútil, pois, que tentemos corrompê-las ao preço íntimo de nossos interesses escusos. Não reservemos a melhor parte de nós para o mundo, consentindo em entregar ao Senhor as migalhas do que somos. É, talvez, mais fácil o homem viver sem oxigênio do que o espírito viver sem Deus! O fanatismo religioso é de quem aceita Deus como Pai, mas não aceita o homem como seu irmão. Jesus Cristo no coração é equilíbrio na cabeça. Por isso, o Evangelho é, por excelência, o livro da saúde mental. Mas não nos esqueçamos de que a verdadeira religiosidade consiste em amar a Deus no próximo, e não ao próximo em Deus.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

As Mães de Chico Xavier estréia nos cinemas


Encerrando as comemorações relativas ao centenário de nascimento de Chico Xavier,estreou, hoje, nos cinemas, mais um longa-metragem sobre o médium. A tensageemática abordada nesta produção foram as mensagens, psicografadas por Chico, que filhos desencarnados dirigem, do Plano Espiritual, destinadas às suas mães.

Segue uma sinopse do filme.

Drama - 110 min. - Classificação Indicativa 12 Anos

As histórias das três mães:


  • Ruth, cujo filho enfrenta problemas com drogas;

  • Elisa, que tenta superar a perda do filho, o pequeno Theo, junto com o marido;
  • Lara, uma professora que enfrenta o dilema de uma gravidez não planejada,



cruzam-se quando elas recebem conforto e reencontram a esperança de vida através do médium Chico Xavier.

Veja o Trailer:



IMAGENS DA VIDA

Anote as lições do cotidiano.

Em matéria de recursos do solo, ninguém colhe e nem se apropria daquilo que não foi plantado.

Sem trigo moído, não há pão.

A tempestade é a força que promove a limpeza da atmosfera.

O calor de tensão alta é a poder que assegura êxito, em vasto setor da indústria.

Do perigo surge o conforto de ultrapassá-lo.

Na tentação, forma-se a resistência.

A peça aprimorada vem da oficina.

A decepção, em qualquer um, aperfeiçoa o senso de escolha.

Observe as aulas, no educandário da existência, e jamais fuja do serviço, e, em tempo algum, condene o obstáculo.

É no trabalho e na dificuldade que o Espírito – caminheiro da evolução- consegue crescer e ampliar a própria visão, no rumo dos Cimos.

(Obra: Fé - Chico Xavier/Albino Teixeira)