sexta-feira, 27 de setembro de 2013

FALTA DE AMOR


De importância fundamental para a vida é o amor, sem o qual o ser humano permaneceria no primarismo dos fenômenos biológicos.

O amor vige em todas as expressões da Natureza, mesmo quando não identificado sob essa denominação, qual ocorre nas Leis que regem a Criação, expressando harmonia e ordem.

À medida que o ser abandona as faixas iniciais do processo da evolução, os instintos em predomínio em sua natureza imiscuem-se nas expressões do amor que tem origem divina e transformam esse sentimento em conflito, em reação, gerando dificuldade de  comportamento e de crescimento emocional.

Lentamente porém, o amor rompe as amarras em que se encontra detido e expressa-se através de incontáveis recursos que terminam por comandar as aspirações, as palavras e os atos das criaturas.

Vencer os degraus iniciais, superando os desafios naturais que surgem como consequência do trânsito nas faixas mais primitivas é o dever que a todos se faz imposto pela necessidade de adquirir e preservar a saúde nas suas variadas expressões e complexidades.

O amor é sentimento superior que brota espontaneamente no ser humano. Não necessita ser conquistado, nem se reveste de qualquer atavio exterior para impressionar ou atingir a sua meta.

(Obra: O Despertar do Espírito - Divaldo Franco/Joanna de Ângelis)

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

CARIDADE E DISCRIÇÃO


"... e olhe disse: Olha, não digas nada a ninguém..." (Mt: 1,44)


Jesus pede discrição ao leproso que é curado por Ele...

Que diferença, em relação a nós, quando temos oportunidade de prestar aos outros o menor benefício!

Deveríamos nos envergonhar, quando nos pomos a trombetear o pouco que fazemos!

Por este ou aquele gesto de caridade em prol dos semelhantes, não nos iludamos a respeito do que ainda somos.

Ser verdadeiramente bom não se resume a dar esmolas.

Não se mede o tamanho da virtude de alguém pelo tamanho do cheque que preenche.

Há quem, esporadicamente, faça o bem, na tentativa de aliviar a consciência pelos erros constantes que comete e, talvez, pretenda continuar cometendo.

A caridade não é bilhete que se adquire para se alcançar determinada condição espiritual a preço de migalhas...

Interessava a Jesus ser visto pelos olhos de Deus e não pelos olhos dos homens - por isso recomendou ao leproso que silenciasse.

Nunca cobremos de ninguém os favores que lhe prestamos como se fosse extamente nosso intento humilhá-lo com a nossa generosidade.

Os devedores do próximo somos nós.

Quem adoece por conta de ingratidão recebida está se colocando na posição do benfeitor que esperava ser reverenciado.

O dia em que fizermos o bem com a espontaneidade de quem tem consciência de que apenas repassa uma benção, a caridade, em nós, verdadeiramente, será amor.


(Obra: Saúde Mental à Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

GRATIDÃO


Gratidão, Pai amado, pelo sono tranquilo e reparador que me proporcionaste, Gratidão pela proteção!

Que a lágrima do irmão possa nos tocar a alma, que o pedido fazer de socorro possa nos fazer tomar consciência de que estamos aqui por um motivo, uma missão.

Não despreze o irmão faminto, não negues uma palavra de conforto em hora de precisão, não negues um abraço para aquele que está só, não negues um sorriso para aquele que já não sabe mais sorrir, não negues teu irmão!

Tomemos consciência que somos como um elo de uma corrente enorme, uns dando as mãos ao outro. Quando o elo rompe, a corrente se quebra. Não deixemos de estender nossa mão ao próximo, firmemos a corrente de amor.
Que minhas mãos estejam sempre a teu dispor.

Gratidão por me permitir encarnar nesse plano fazendo uso de minhas mãos para a cura!

Gratidão, pois sou tua filha e me encontro em perfeito estado físico e mental,

Gratidão, porque embora cometendo erros, estou caminhando e aprendendo,

Gratidão por sentir esse amor imenso pela humanidade,

Gratidão porque sou tua filha e embora não possa te ver, sei que és meu Pai Eterno e estais comigo,

Gratidão por permitir conhece-lo e amá-lo tanto,

Gratidão por permitir que eu erre, caia, chore, me decepcione, passe trabalho e aprenda com meus erros e acertos para poder evoluir.

Gratidão, Gratidão, Gratidão,

Porque eu TE AMO, PAI de todos!

PERDÃO, SINTO MUITO, EU TE AMO

Que o Senhor nos cubra de esperança, amor e luz!

Que assim seja!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Respostas


 
As respostas às indagações formuladas pelos visitantes de Chico Xavier foram dadas por André Luiz que, por sinal, revestiu de novas palavras e nova forma de expressão os ensinos espíritas sobre a finalidade da vida humana na Terra. Os Espíritos do Senhor são bons professores e não se cansam de repetir as lições para os alunos desatentos, revestindo-as das mais diferentes roupagens a fim de atingirem a compreensão de todos. O Educandário da Terra é orientado pela Pedagogia do Céu, cujo método fundamental é o amor.
Fredrich Myers, o famoso psicólogo inglês, em seus estudos sobre a personalidade humana, verificou que a nossa consciência se divide em duas partes essenciais: a supraliminar e a subliminar. Encontrou isso nos seus estudos espíritas, confirmados por suas pesquisas hipnóticas. A consciência supraliminar é a que utilizamos no mundo, adaptada às exigências da vida material. A consciência subliminar é a que se destina ao mundo espiritual, onde teremos de viver depois da morte.
Podemos figurar a consciência como uma esfera cortada ao meio, uma laranja partida em duas metades. Esse corte é o limiar. A metade que fica acima dele é a que Myers chamou de supraliminar; a que fica abaixo é a subliminar. A parte de cima está cheia de indagações sobre a vida e a morte. A parte de baixo encerra todas as respostas. Porque a vida no mundo é um aprendizado e para aprender temos de enfrentar muitos problemas e procurar resolvê-los. Na consciência subliminar – a parte de baixo, – armazenamos o aprendizado feito em várias encarnações. Mas esse aprendizado não está completo e é por isso que voltamos ao Educandário Terreno. Quando uma prova difícil desafia a consciência supraliminar, a consciência de baixo, a subliminar, a socorre com os recursos provenientes das experiências anteriores.
Mas a consciência subliminar – a de baixo, – é a que está em ligação com o mundo espiritual, adaptada a ele e não ao mundo terreno. Por isso, a Parapsicologia hoje nos mostra que a percepção extra-sensorial provém do inconsciente. E é por intermédio dessa consciência interna e profunda que os Espíritos nos socorrem com suas intuições. Meditando sobre isso, compreenderemos melhor a lição de André Luiz: “A Terra é um educandário em cujas lições somos todos alunos e examinadores uns dos outros”.
 
(Obra: Astronautas do Além - Chico Xavier / J. Herculano Pires)

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

TOLERÂNCIA


"Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas" (Mt: 5, 41)


Sem dúdiva, o exercício da tolerância é indispensável à conquista da serenidade.

Mas tolerar não significa afligir-se e torturar-se interiormente, como quem impõe a si mesmo determinada violência.

A tolerância nasce da conscientização de quem nem sempre se podem alterar, de imediato, situações que apenas o tempo possui elementos para transformar.
As pessoas serão como são, até quando optarem pela própria mudança.

Há quanto tempo Deus nos espera, admitindo, inclusive, que descreiamos de sua Divina Paternidade?

Existem muitos espíritos de entendimento tardio com os quais precisamos aprender a conviver, sem alimentarmos grandes expectativas em torno de sua capacidade de corresponder-nos aos anseios.

Em oferecendo-nos pouco, muitos daqueles que conosco convivem estão praticamente oferecendo-nos tudo o que possuem.

Como exigir da árvore que sequer floresceu a produção de frutos ? Ou de um pássaro implume arrojados voos na amplidão.

Quem sofre com as decepções que os outros lhe causam, sofre voluntariamente, porque sabe que, na Terra, ninguém está lidando com santos, mas com seres humanos tão frágeis e limitados quanto a ele mesmo.

Jesus, de fato, recomendou-nos caminhar a segunda milha como os que mais solicitam de nossas possibilidades de renúncia e tolerância, que, habitualmente, são aqueles que convivem conosco na experiência comum, mas não nos disse que deveríamos carregá-los sobre os ombros.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

INDAGAÇÕES A NOS MESMOS


Que seremos na casa de nossa fé, em companhia daqueles que comungam conosco o mesmo ideal e a mesma esperança?
Uma fonte cristalina ou um charco pestilento?
Um sorriso que ampara ou um soluço que desanima?
Uma abelha laboriosa ou um verme roedor?
Um raio de luz ou uma nuvem de preocupações?
Um ramo de flores ou um galho de espinhos?
Um manancial de bênçãos ou um poço de águas estagnadas?
Um amigo que compreende e perdoa ou um inquisidor que condena e destrói?
Um auxiliar devotado ou um expectador inoperante?
Um companheiro que estimula as particularidades elogiáveis do serviço ou um censor contumaz que somente repara imperfeições e defeitos?
Um pessimista inveterado ou um irmão da alegria?
Um cooperador sincero e abnegado ou um doente espiritual, entrevado no catre dos preconceitos humanos, que deva ser transportado em alheios ombros, à feição de problema insolúvel?
Indaguemos de nós mesmos, quanto à nossa atitude na comunidade a que nos ajustamos, e roguemos ao Senhor para que o vaso de nossa alma possa refletir-lhe a Divina Luz.

   (Obra: Correio Fraterno - Chico Xavier/André Luiz)

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

20º Mês Espírita de Itapira



Não perca vem ai o 20º mês Espírita de Itapira. 
Dia 14 de setembro

Núcleo Assistencial Espírita Cristão Chico Xavier
Rua Angelo Bertini n. 60 - Assad Alcici
Itapira - SP

Irá começar as 19 hrs.

Se você não é de Itapira ou região, acompanhe AO VIVO pela TV Web A Caminho da Luz

Não deixe de assistir.


terça-feira, 10 de setembro de 2013

PRESSA EM COLHER


"Então ele respondeu: Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude." (Mc: 10, 20)


Ao ser interpelado por um homem rico, quanto ao que deveria fazer para herdar a vida eterna, Jesus deu-lhe resposta óbvia: "Sabes os mandamentos: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, não defraudarás ninguém, honra a teu pai e a tua mãe."Insatisfeito, o homem alegou que, desde a juventude, vinha se esmerando em vivenciar tais princípios, como se, noutras palavras, dissesse que, até aquele momento, fossem insuficientes para lograr o que pretendia alcançar.

Quantos de nós não somos assim, extremamente apressados em colher o que mal acabamos de semear!

Quantas vidas aquele homem, com certeza, tivera, ignorando por completo as lições que apenas começava a colocar em prática?!

Muitos vivem afastados do caminho reto, por largos e largos anos, e, depois, quando a ele retornam, querem obter resultados imediatos da decisão que postergaram indefinidamente.

A semente, ao ser lançada à Terra, não produz antes de cumprir com todos os estágios que vão da germinação à frutescência.

Toda renovação se apoia no esforço perseverante de quem sabe que mudança íntima não é mera questão de palavras.

Quantas e quantas vezes não desistimos de continuar lutando às vésperas da vitória tão acalentada!

Talvez aquele homem estivesse cansado da austera disciplina que, desde jovem, impusera a si mesmo, tendo interrogado Jesus, na esperança de que lhe descortinasse caminho menos acidentedo para os Cimos... Ledo engano, porém porque, ante a sua pressa em herdar a vida eterna, o Mestre, em complemento à primeira resposta, acentuou: "Vai, vende tudo que tens, dá-o aos pobres, e terás um tesouro no Céu; então vem, e segue-me."Contrariado, ele "retirou-se triste, porque era dono de muitas propriedades."

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

SIMPLICIDADE

Era Ele tão simples que nasceu sem a proteção das paredes domésticas.

Não encontrou senão alguns homens iletrados e rudes que lhe apoiaram o trabalho na construção da obra imensa.

Ensinava as revelações do Céu nas praias e nos campos, quando não estivesse em casas e barcos emprestados.

Conversou com mulheres anônimas e algumas crianças esquecidas.

Todos os infelizes se lhe fizeram a grande família.

Valorizava a amizade, com tanto devotamento, que chorou por um amigo morto.

Alimentou os que tinham fome.

Restaurou os doentes e defendeu todos aqueles que se vissem humilhados pela injustiça.

Aconselhou o respeito para com as autoridades do mundo e a obediência perante as leis de Deus.

Pregou sempre o Amor e a Concódia, a solidariedade e o perdão, a paciência e a alegria.

Mas porque se abstivesse de partilhar o carro das vantagens terrestres, foi conduzido à cruz e a morte dele passou como sendo a de um malfeitor.

Entretanto, desde o extremo sacrifício, transformou-se no símbolo da paz e renovação para o mundo inteiro.

Este herói da simplicidade tem o nome de Jesus Cristo, seu poder cresce com os séculos e a sua mensagem, ainda hoje quanto sempre, é a esperança dos povos e a luz das nações.

(Obra: Seara da Fé - Chico Xavier / André Luiz)

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Renasce agora


“Aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.” (Jo: 3, 3)

A própria Natureza apresenta preciosas lições, nesse particular.

Sucedem-se os anos com matemática precisão, mas os dias são sempre novos. Dispondo, assim, de trezentas e sessenta e cinco ocasiões de aprendizado e
recomeço, anualmente, quantas oportunidades de renovação moral encontrará a criatura, no abençoado período de uma existência?

Conserva do passado o que for bom e justo, belo e nobre, mas não guardes do pretérito os detritos e as sombras, ainda mesmo quando mascarados de encantador revestimento.

Faze por ti mesmo, nos domínios da tua iniciativa pela aplicação da fraternidade real, o trabalho que a tua negligência atirará fatalmente sobre os ombros de teus benfeitores e amigos espirituais.

Cada hora que surge pode ser portadora de reajustamento.

Se é possível, não deixes para depois os laços de amor e paz que podes criar agora, em substituição às pesadas algemas do desafeto.

Não é fácil quebrar antigos preceitos do mundo ou desenovelar o coração, a favor daqueles que nos ferem. Entretanto, o melhor antídoto contra os tóxicos da
aversão é a nossa boavontade, a benefício daqueles que nos odeiam ou que ainda não nos compreendem.

Enquanto nos demoramos na fortaleza defensiva, o adversário cogita de enriquecer as munições, mas se descemos à praça, desassombrados e serenos, mostrando novas disposições na luta, a idéia de acordo substitui, dentro de nós e em torno de nossos passos, a escura fermentação da guerra.

Alguém te magoa? Reinicia o esforço da boa compreensão.

Alguém te não entende? Persevera em demonstrar os intentos mais nobres.

Deixate reviver, cada dia, na corrente cristalina e incessante do bem.

Não olvides a assertiva do Mestre: — "Aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.

Renasce agora em teus propósitos, deliberações e atitudes, trabalhando para superar os obstáculos que te cercam e alcançando a antecipação da vitória sobre ti
mesmo, no tempo...

Mais vale auxiliar, ainda hoje, que ser auxiliado amanhã.

(Obra: FONTE VIVA - Chico Xavier / Emmanuel)

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

PACIFICAR O ESPÍRITO


 "E maravilharam-se os homens, dizendo: Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem ?" (Mt: 8, 27)

Narra-nos o Evangelista que Jesus, levantando-se, "repreendeu os ventos e o mar"; e fez-se grande bonança."
O episódio nos leva a inferir que os elementos da Natureza foram mais dóceis aos ditames do Senhor que os próprios seres humanos...

À sua voz cariciosa, os ventos impetuosos se acalmaram, e o mar, de ondas encapeladas, se aquietou !

Por que seremos nós, criaturas dotadas de discernimento, menos obedientes ao Senhor que, nos alvitres a dirigir-nos, apenas pretende zelar pela paz e pela nossa integridade?

Por se inclinar às Leis que as governam, as forças naturais da Vida sobre a Terra, desde o princípio da Criação, jamais entraram em colapso. Os desarranjos que, ultimamente, vêm sendo observados na Natureza é fruto da indébita intromissão do homem.

Se, acatando os apelos do Cristo, apaziguássemos o mundo interior, contendo as emoções que nos afetam o psiquismo, qual o ódio e a cólera, a revolta e a ambição, os estragos que elas podem promover, seriam, com certeza, evitados.

Quem poderá prever as consequências do mal, quando, ao olvidar as ponderações do bom senso, ele se desencadeia, à semelhança da tempestade em fúria?

Deixemos que Jesus nos pacifique o espírito, a fim de que, renunciando a todos os atritos inúteis, grande bonança se faça em nosso favor.

Não nos esqueçamos de que, se, por vezes, o temporal saneia a atmosfera e alimenta os rios, não raro, quando ele cessa, deve o homem iniciar o laborioso trabalho de reconstrução daquilo que foi destruído pela forças das águas descontroladas e pelo sopro do vento arrasador.


 (Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)


terça-feira, 3 de setembro de 2013

O Cansaço


Quando te sintas sitiado pelo desfalecimento de forças ou o cansaço se te insinue em forma de desânimo, pára um pouco e refaze-te.
O cansaço é mau conselheiro.
Produz irritação ou indiferença, tomando as energias e exaurindo-as.
Renova a paisagem mental, buscando motivação que te predisponha ao prosseguimento da tarefa.
Por um momento, repousa, a fim de conseguires o vigor e o entusiasmo para a continuidade da ação.
Noutra circunstância, muda de atividade, evitando a monotonia que intoxica os centros da atenção e entorpece as forças.
Não te concedas o luxo do repouso exagerado, evitando tombar na negligência do dever.
Com método e ritmo, conseguirás o equilíbrio psicológico de que necessitas, para não te renderes à exaustão.

*
Jesus informou com muita propriedade, numa lição insuperável, que “o Pai até hoje trabalha e eu também trabalho”, sem cansaço nem enfado.
A mente renovada pela prece e o corpo estimulado pela consciência do dever não desfalecem sob os fardos, às vezes, quase inevitáveis do cansaço.
Age sempre com alegria e produze sem a perturbação que o cansaço proporciona.

(Obra: Episódios Diários - Divaldo Pereira Franco /Joanna de Ângelis)


REAÇÃO


Observa as flores humanas que assomam chorando nos torturados berços do sofrimento.
Feridas congeniais lhes assinalam a contextura.
Despontam na árvore familiar, agitadas pela ventania de agitadas flagelações, reclamando assistência e socorro, compaixão e entendimento.
Diante delas, muita vez, o filósofo invigilante recusa a fé no burilamento final do gênero humano, e o religioso incompleto começa a indagar sem razão,
quanto à eqüidade na Justiça de Deus.
É que nessas criancinhas, sob o ferrete da expiação, voltam ao campo da experiência terrestre quantos se fizeram no mundo instrumentos da crueldade para os outros e para consigo mesmos.
Aqui é o juiz venal que regressa com cérebro embaciado, incapaz do pensamento correto.
Ali, é o cirurgião que abusou dos próprios recursos, para estender homicídios inconfessáveis, reaparecendo sem mãos para novas lutas na vida.
Acolá, encontraremos o esportista elegante que se valeu de dons respeitáveis para furtar a felicidade dos outros, retomando o indumento carnal com as
doenças inquietantes a lhe curar os centros nervosos intoxicados por ele mesmo e, mais adiante, surpreendemos a mulher vaidosa e insensata, que aproveitou a própria beleza para destruir a paz de lares promissores, ressurgindo no corpo retardado e disforme para rude estação na penúria e na idiotia.
Diante do berço martirizado, lembremos as nossas próprias dívidas e auxiliemos as avezinhas do infortúnio a refazerem as próprias asas, no visco da provação a que ase atiraram, desprevenidas, porque todos detemos compromissos enormes na contabilidade Divina e todos, no tempo justo, seremos inevitavelmente chamados ao justo acerto, necessitando igualmente da dor mais alta, a fim de que sejamos conduzidos à harmonia maior.

(Obra: Plantão de Paz - Chico Xavier/Emmanuel)

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

De Ânimo Forte


É possível estejas descobrindo o que não esperavas.
Construções, que supunhas de ouro, acabaram em resíduos de pedra....
Promessas, acalantadas por muitos anos, parecem-te agora rematadas mentiras.
Afetos, julgados invulneráveis, abandonaram-te o passo, quando mais necessitavas de apoio.
Surpreendeste a incompreensão nos companheiros mais nobres e colheste amargos problemas nos próprios filhos queviste crescer, ao calor de teu corpo.
Ruíram aspirações, lembrando preciosos vasos quebrados.
Sonhos desfizeram-se, de improviso, como se ventania arrasadora te devastasse a existência.
Apesar de tudo, porém, renova-te a cada instante e caminha incessantemente, arrimando-te à fé viva.
Na Terra ou além da Terra, a soma das lutas que carregamos reúne as parcelas dos compromissos assumidos, junto à bolsa do tempo.
Aflição de hoje, dívida de ontem.
Merecimento de agora, crédito de amanhã.
Banha as mais íntimas energias nas torrentes do amor puro que compreende e edifica sempre; veste o arnês do trabalho que aprimora e sublima, e sigamos em frente, honrando a nossa condição de almas eternas.
Nada tendo e tudo possuindo...
Sozinhos e com todos...
Chorando jubilosos e suando contentes...
Atormentados e tranqüilos...
Desfalecentes e refeitos...
Dilacerados e felizes...
Batidos e levantados...
Morrendo cada dia para reviver no dia seguinte, em plano superior...
E, atingindo os marcos do túmulo, de partida para a Luz Espiritual, se viveste amando e perdoando, purificando e servindo, encontrarás em ti mesmo a flama da alegria, ressurgindo do sofrimento, como a glória solar renascendo das trevas.