segunda-feira, 20 de setembro de 2010

DÁ SEMPRE

Ao pobre que te procure,

Pedindo um pouco de pão,

Dá também o bom sorriso

De piz do teu coração.


Um sorriso vale muito

Ao coração sofredor,

Como expressão de ternura,

Como migalha de amor.

Dá sempre. Quem pode dar

É rico como ninguém.

Feliz quem pode espalhar

As claridades do bem.


Acolhe a todos; aos fracos,

Aos pobres de alma ferida...

Às vezes, quem bate à porta

Foi teu pai numa outra vida.
(Obra: Cartas Do Evangelho - Chico Xavier / Casemiro Cunha)

sábado, 18 de setembro de 2010

CARTA AOS TRISTES

Alma irmã de nossas almas,
Por que vives triste assim?
Todos os males da Terra
Chegarão, um dia, ao fim.

Se tens o teu pensamento
Na idéia da salvação,
Já deves compreender
Que o mundo é de provação.

É justo que sintas muito
As lágrimas da saudade,
Que chores um ente amigo
Na senda da iniqüidade.

É certo que neste mundo,
Onde há espinho em toda a estrada
Não há lugar para o excesso
Do riso ou da gargalhada.

Mas, ouve. O amor de Jesus
É como um sol de harmonia.
Quem se banha em Sua luz
Vive em perene alegria.

Demasia de tristeza
É sinal de isolamento.
Quem foge à fraternidade
Busca a sombra e o desalento.

Guarda o bem de teus esforços
Num plano superior,
Não há tristeza amargosa
Para quem ama o labor.

Transforma as experiências
Pelas quais hajas passado,
Num livro fraterno e santo
Que ampare o mais desgraçado.

O serviço de Jesus
É tão grande, meu irmão,
Que não oferece ensejo
A qualquer lamentação.

O senso de utilidade
Deve sempre andar contigo.
Transforma em vaso de amor
Teu coração brando e amigo.

Dá sorrisos, esperanças,
Ensinos, consolação.
Espalha o bem que puderes
Na senda da redenção.

Enche a tua alma de fé,
De paz, de amor, de humildade.
Não há tristeza excessiva
Onde exista a Caridade.

Quando, de fato, entenderes
A caridade divina,
Tua dor será no mundo
Como fonte cristalina.

Dá sempre. Trabalha. Crê.
E a tua fonte de luz
Há de cantar sobre a Terra
Os júbilos de Jesus.

(Obra: Cartas do Evangelho - Chico Xavier / Casemiro Cunha)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

GRUPO EM CRISE

“Se permanecerdes em mim e a minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito” - Jesus (João, 15:7)




Habitualmente, quando as tarefas de uma equipe consagrada ao serviço do bem parecem devidamente estabilizadas, a crise explode.

Desequilibra-se o clima das sãs obras e a tempestade ruge.

Desentendem-se irmãos na sombra da discórdia quando mais necessária se faz a luz da harmonia.

Edificações que se figuravam consolidadas apresentam brechas arrasadoras.

Todo o esquema das realizações em andamento se mostra superficialmente comprometido.

Afastam-se companheiros de posições importantes deixando espaços difíceis de preencher.

Esses são os dias de exame, em que a ventania da crítica esbraveja em torno de nós, experimentando-nos a segurança da construção. E esses são, igualmente, os dias para a serenidade maior. Diante deles nada de irritação, nem desânimo.

Reunirmo-nos mais estreitamente uns aos outros na fidelidade ao trabalho, a fim de afastar perigos maiores, é o nosso dever.

Urge consertar a máquina de ação, como pudermos, dentro de todos os recursos lícitos, à maneira dos ferroviários que restauram a locomotiva descarrilada e, depois de colocá-la em condições de serviços nos trilhos justos, seguir para frente.

Nem acusações, nem lamentos.

Trabalhar com mais ardor, esquecendo o mal e lembrando o bem.

Restabelecer a união e avançar adiante.

Compreender que as horas para a fé não são aquelas do Sol rutilando no firmamento azul, mas, precisamente, aquelas outras em que as nuvens despejam ameaças de algum lugar do céu.

Todos encontramos dificuldades no caminho em que transitamos.

Sempre que chamados a servir é forçoso recordar que estamos carregando encargos que a Divina Providência nos confiou, no bem de todos. E, cuidando de satisfazer aos Desígnios de Deus, sejam quais forem os riscos e tropeços com que sejamos defrontados, estejamos convencidos de que Deus cuidará de nós.

(Obra: Segue-me - Chico Xavier/Emmanuel)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

REERGUEI-VOS!

Filhos, reerguei-vos da queda em que, inadvertidamente, vos arrojastes.

Não permaneçais estirados no chão do desespero e da inércia, aguardando que mãos anônimas e abnegadas tomem por vós a decisão que vos compete de prosseguir caminhando com os próprios pés.

Levantai-vos e continuai, vacilantes embora.

Reconsiderai a trajetória e acautelai-vos contra possíveis novas quedas.

Mantende-vos o tempo todo vigilantes e não vos descureis um só instante da armadilha traiçoeira de vossas mazelas.

Apoiai-vos nos encargos que vos cabe cumprir, em relação ao próximo, e não vos concedais excessivo tempo nas necessidades pessoais.

Esquecei-vos, quanto puderdes, nas tarefas do bem.

Se magoastes o coração de alguém, não hesiteis em lhe pedir perdão sucessivas vezes, porquanto, se temos a obrigação de perdoar setenta vezes sete a quem nos ofenda, caso sejamos nós os algozes, peçamos às nossas vitimas um perdão ilimitado através de nossas atitudes de regeneração.

A verdade, não vos esqueçais disto, nunca está do lado de quem acusa e fere.

Humilhados por aqueles que vos conheçam os pontos vulneráveis da personalidade, aprendei a contar com a Compaixão Divina que vos ama como sois e não vos aponta o dedo em riste.

Sobre a Terra, a cavaleiro da situação que examina, não há quem possa censurar ninguém ou atirar a primeira pedra.

Por certo, na jornada que cumprimos, muitos tropeços ainda nos esperam, todavia não nos seja isto pretexto para contemporizarmos com o mal ou exercermos excessiva tolerância em causa própria, nos equívocos que perpetramos.

Filhos, que o Senhor vos abençoe e vos fortaleça.

Não olvideis que, se os homens são faltos de misericórdia para com os seus irmãos em Humanidade, Deus não se nega ao perdão a nenhum de seus filhos, mas concede sempre aos que se revelam mais débeis dentre eles a bênção do recomeço no clima da lição.

(Obra: A Coragem da Fé - Carlos A. Baccelli / Bezerra de Menezes)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

CADA DIA

Em tempo algum, não digas
Que não podes ser útil.
Faze do cada dia
um poema de fé.

Podes ser esperança
Dos que jazem na angústia.
Uma frase de luz
Ergue os irmãos caídos.

Terás, quanto quiseres,
A prece que abençoa.
Para espalhar o bem,
Basta o apoio de Deus.

(Obra: Tempo e Nós - Chico Xavier/Emmanuel)