terça-feira, 31 de março de 2015

MAIS VIDA


Ninguém fugirá da sorte,
Missão bem ou mal cumprida,
De enfrentar depois da morte,
Bem ou mal, sempre mais vida.

Nem vale ser trapaceiro
No jogo da humana lida.
A morte vence o parceiro,
Desmascarando-o em mais vida.

É só do tolo inventar
Na morte inútil saída,
Para às tontas tropeçar
Logo adiante em mais vida.

Assim é… quem não aceita
Por pouco tempo duvida.
Arma a cama em que se deita,
Semeou, colhe em mais vida !…

(Pelo Espírito Clóvis Amorim – Do livro: Mais Vida, Médium: Francisco Cândido Xavier.)

Resiliência


Cinco Regras Para Ter Uma Vida Feliz


segunda-feira, 30 de março de 2015

NASCER DE NOVO


"Em verdade, em verdade, te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." (Jo: 3, 3)


"Nascer de novo" é tarefa para todos os dias.
Renascer dentro da própria existência física é mais importante do que ganhar
corpo novo e simplesmente reencarnar.
A Criação Divina, a cada dia, expande-se e aperfeiçoa-se.
Renascer do erro é admiti-lo e começar a repará-lo.
O homem que, por orgulho ou comodismo, se cristaliza em suas opiniões, vai
ficando à margem do dinamismo da Vida.
Disponhamo-nos a recomeçar sempre.
Voltar atrás em decisões equivocadas é prova de grandeza espiritual.
Sejamos como a gleba fértil e generosa que agasalha em seu seio toda boa
semente e permite que ela germine...
Ninguém desfruta da saúde espiritual, se não tiver a humildade de reconhecer
os seus limites e trabalhar para ampliar os horizontes pessoais.
Crescer não é superar os outros , mas tornar-se maior do que se é,
conservando-se pequenino.
Quantos preferem sofrer no erro a serem felizes ao reconhecê-lo ?
O homem que perde a simplicidade é candidato ao desequilíbrio emocional.
Sejamos comedidos em tudo quanto fizermos.
E não ignoremos os companheiros de jornada que gemem, renteando conosco
na difícil caminhada.
Quem ama, por mais complexa a decisão, acerta sempre.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

sexta-feira, 27 de março de 2015

Amaivos


“Não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras  e emverdade.” 

Por  norma  de  fraternidade  pura  e  sincera,  recomenda  a  Palavra  Divina: 
“Amaivos uns aos outros.” 
Não determina seleções. 
Não exalta conveniências. 
Não impõe condicionais. 
Não desfavorece os infelizes. 
Não menoscaba os fracos. 
Não faz privilégios. 
Não pede o afastamento dos maus. 
Não desconsidera os filhos do lar alheio. 
Não destaca a parentela consangüínea. 
Não menospreza os adversários. 
E o apóstolo acrescenta: “Não amemos de palavra, mas através das obras, 
com todo o fervor do coração.” 
O Universo é o nosso domicílio. 
A Humanidade é a nossa família. 
Aproximemonos dos piores, para ajudar. 
Aproximemonos dos melhores, para aprender. 
Amarmonos,  servindo  uns  aos  outros,  não  de  boca,  mas  de  coração, 
constitui para nós todos o glorioso caminho de ascens

Chico Xavier / Emmanuel: Vinha de Luz - cap. 30)

quinta-feira, 26 de março de 2015

ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU

Disse-nos Jesus, segundo anotações de Mateus, capítulo 18, versículo18:

"Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na Terra, terá sido ligado
no Céu, e tudo o que desligardes na Terra, terá sido desligado no Céu".
A Lei de Causa e Efeito, que nos tutela nos caminhos da Evolução, tanto
funciona da Terra para o Mundo Espiritual quanto do Mundo Espiritual
para a Terra.
Portanto, Terra e Mundo Espiritual, concomitantemente, são glebas de
colheita e semeadura, porque, a rigor, não existe, entre uma e outra,
solução de continuidade na elaboração do destino.
Terra e Mundo Espiritual, sob o ponto de vista ético - e por que não
dizer intelectual - podem se comparar a um espelho de dupla face,
sobre a qual as imagens que se movimentam num e noutro se refletem
e quase se superpõem, apenas com pequena diferença em suas
manifestações.
Seja na vida ou na morte, meros fenômenos visuais, o espírito é sempre
o mesmo em sua indestrutível essência, cabendo-lhe, no corpo carnal
ou fora dele, empreender esforços de autossuperação que o possibilitem
transcender a si mesmo.
Pois, que não existe morte, mas apenas Vida, e Vida em abundância, que
mais abundante se nos faz quando logramos avançar para além de 
nossos próprios limites !.
 
(Obra: Assim Na Terra Como No Céu - Carlos A. Baccelli/Inácio Ferreira

Palestra Espírita com Carlos Antônio Baccelli - Tema: Reflexões Sobre o Perdão

sexta-feira, 20 de março de 2015

O MESTRE E AS OPINIÕES

Quando Jesus, consagrando as alegrias familiares e o culto sublime da união doméstica, transformou a água em vinho, nas bodas de Canaã, cercaram-no os imensos tentáculos da falsa opinião, pela primeira vez, na fase ativa de seu apostolado. Por que semelhante transformação? Seria possível converter a água pura em vinho, destinado à embriaguez?
Procurando companheiros para a missão de luz e sendo escarnecido pelos sacerdotes, juízes e doutores de seu tempo, buscou o Mestre a companhia simples e humilde dos pescadores. A maledicência, contudo, não lhe perdoou o gesto. Que motivo induzia aquele missionário a socorrer-se de homens iletrados e rudes, que costumavam espreguiçar-se nas barcas velhas?
Instituiu a alegria e o bom ânimo, a confiança mútua e o otimismo entre os discípulos; entretanto o farisaísmo recrimina-lhe a conduta. Que instrutor era aquele, que não jejuava nem mantinha preceitos rigoristas?
Atendia a multidão de sofredores, dos quais se compadecia sinceramente, ministrando-lhes consolações e ensinamentos; todavia, o fanatismo criticava-lhe as atitudes. Não seria ele um revolucionário perigoso?
Desrespeitava a lei, curando cegos e paralíticos, nas horas destinadas ao repouso. Socorria os obsidiados de todos os matizes, conferindo-lhes tranquilidade aos corações; no entanto, a ignorância não o desculpava. Que razões o detinham no esclarecimento aos espíritos das trevas? Não teria combinações secretas com Satanás?
Interessou-se pela renovação espiritual de Madalena. Os próprios amigos estranharam-lhe a conduta. Por que tamanha menção para com uma pecadora comum?
Aceitou o oferecimento gentil, dos publicanos, comendo à mesa de pessoas afastadas da lei; todavia, a perversidade não lhe compreendeu a disposição fraterna. Não seria ele simples comilão e beberrão?
Dedicou longa palestra à samaritana pobre e desviada. A malícia, porém, não lhe entendeu a lição divina. Por que se demorava em conversação com semelhante mulher, que já possuíra cinco maridos?
Ensinava as verdades eternas, por amor às criaturas, mas, não raro, ao terminar as pregações sublimes, a desordem estabelecia tumultos. Não era ele anônimo operário de Nazaré? A que títulos poderia aspirar, além da carpintaria da sua infância?
Confiando nos companheiros, falou-lhes do seu testemunho, diante das verdades do Pai, prevendo lutas, desgostos, sacrifícios e humilhações; todavia, a inconformação apossou-se do próprio Pedro e choveram protestos. Por que o anúncio descabido de tantas flagelações e tantas dores? Não era o sofrimento incompatível com a realização de um Messias que vinha de tão alto? Não teria Jesus enlouquecido?
Diante da revolta de Simão, em frente dos varapaus, pediu-lhe o Mestre serenidade e sensatez, para que não fosse perdido o ensejo da suprema fidelidade a Deus, mas a incompreensão se manifestou de pronto. Por que socorrer inimigos e verdugos? Como entregar-se sem defesa à perseguição dos sacerdotes? Como interpretar semelhante covardia, no momento mais vivo da missão nova? Não seria melhor desertar, entregando o Mestre à sua sorte?
Até o derradeiro instante na cruz ouviu o Senhor as mais estranhas opiniões, os mais contraditórios pareceres do mundo, mas a todos respondeu com o bendito silêncio de seu amor, porque bem sabia que acima de tudo, lhe cumpria atender à Vontade do Pai e que os homens só poderiam compreender-lhe o trabalho augusto, à medida que desenvolvessem os ouvidos de ouvir e os olhos de ver, a capacidade de sentir e a resolução de se realizarem espiritualmente, à luz do Evangelho no longo caminho de sucessivas reencarnações.

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Coletânea do Além. Lição nº 30. Página 77.

O Dever


LÁZARO
Paris, 1863


O dever é a obrigação moral, primeiro para consigo mesmo, e depois para com os outros. O dever é a lei da vida: encontramo-lo nos mínimos detalhes, como nos atos mais elevados. Quero falar aqui somente do dever moral, e não do que se refere às profissões.

Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de ser cumprido, porque se encontra em antagonismo com as seduções do interesse e do coração. Suas vitórias não têm testemunhas, e suas derrotas não sofrem repressão. O dever íntimo do homem está entregue ao seu livre arbítrio: o aguilhão da consciência, esse guardião da probidade interior, o adverte e sustenta, mas ele se mostra freqüentemente impotente diante dos sofismas da paixão. O dever do coração, fielmente observado, eleva o homem. Mas como precisar esse dever? Onde ele começa? Onde acaba? O dever começa precisamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranqüilidade do vosso próximo, e termina no limite que não desejaríeis ver transposto em relação a vós mesmos.

Deus criou todos os homens iguais para a dor; pequenos ou grandes, ignorantes ou instruídos, sofrem todos pelos mesmos motivos, a fim de que cada um pese judiciosamente o mal que pode fazer. Não existe o mesmo critério para o bem, que é infinitamente mais variado nas suas expressões. A igualdade em relação à dor é uma sublime previsão de Deus, que quer que os seus filhos, instruídos pela experiência comum, não cometam o mal desculpando-se com a ignorância dos seus efeitos.

O dever é o resumo prático de todas as especulações morais. É uma intrepidez da alma, que enfrenta as angústias da luta. É austero e dócil, pronto a dobrar-se às mais diversas complicações, mas permanecendo inflexível diante de suas tentações. O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais que as criaturas, e as criaturas mais que a si mesmo; é a um só tempo, juiz e escravo na sua própria causa.

O dever é o mais belo galardão da razão; ele nasce dela, como o filho nasce da mãe. O homem deve amar o dever, não porque ele o preserve dos males da vida, aos quais a humanidade não pode subtrair-se, mas porque ele transmite à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento.

O dever se engrandece e esplende, sob uma forma sempre mais elevada, em cada uma das etapas superiores da humanidade. A  obrigação moral da criatura para com Deus jamais cessa, porque ela deve refletir as virtudes do Eterno, que não aceita um esboço imperfeito, mas deseja que a grandeza da sua obra resplandeça aos seus olhos.

(KARDEC, Allan: O Evangelho Segundo o Espiritismo - Tradução por J. Herculano Pires)

quarta-feira, 18 de março de 2015

A ALEGRIA


A alegria começa no indivíduo, no momento em que ele se põe ansioso por propiciar felicidade aos outros.
Não se pode esquecer que, na memorável quão iluminativa expressão do Santo de Assis, é no ato de ofertar que o homem recebe, indubitavelmente.
Entretanto, o conceito de oferenda toma nova forma com Jesus e com a mensagem do Seu Evangelho, de vez que na doação de elementos passageiros, ajuntam-se as energias, as vibrações indestrutíveis oferecidas pela alma, na externalização do júbilo espiritual.
No pão que sacia a fome, quanto no amplexo que aproxima, eis a alegria.
Na dose de remédio como na vestimenta que agasalha, temos a alegria.
No carinho com que se cativa ou firmeza com que se orienta e corrige, vemos a alegria.
Alegria é franca exposição do amor de Deus, que se apresenta por meio dos filhos que se dispõem à oferta de si mesmos, como alguém que anela por ser como o óleo na lanterna que clareará o porvir, ou como o fermento de bênçãos a levedar a massa dos corações, na estrada da vida.
Você que afirma estar em busca de amor, engaje-se nele e doe alegria.


(Obra: Rosângela - Psicografia de J. Raul Teixeira/Espírito Rosângela)


terça-feira, 10 de março de 2015

AÇÃO DA AMIZADE

A amizade é o sentimento que imanta as almas unas às outras, gerando alegria e bem-estar. 
A amizade é suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da emoção sob os estímulos do entendimento fraternal. 
Inspiradora de coragem e de abnegação. a amizade enfloresce as almas, abençoando-as com resistências para as lutas. 
Há, no mundo moderno, muita falta de amizade! 
O egoísmo afasta as pessoas e as isola. 
A amizade as aproxima e irmana. 
O medo agride as almas e infelicita. 
A amizade apazigua e alegra os indivíduos. 
A desconfiança desarmoniza as vidas e a amizade equilibra as mentes, dulcificando os corações. 
Na área dos amores de profundidade, a presença da amizade é fundamental. 
Ela nasce de uma expressão de simpatia, e firma-se com as raízes do afeto seguro, fincadas nas terras da alma. 
Quando outras emoções se estiolam no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada dos homens que se estimam. 
Se a amizade fugisse da Terra, a vida espiritual dos seres se esfacelaria. 
Ela é meiga e paciente, vigilante e ativa. 
Discreta, apaga-se, para que brilhe aquele a quem se afeiçoa. 
Sustenta na fraqueza e liberta nos momentos de dor. 
A amizade é fácil de ser vitalizada. 
Cultivá-la, constitui um dever de todo aquele que pensa e aspira, porquanto, ninguém logra êxito, se avança com aridez na alam ou indiferente ao elevo da sua fluidez. 
Quando os impulsos sexuais do amor, nos nubentes, passam, a amizade fica. 
Quando a desilusão apaga o fogo dos desejos nos grandes romances, se existe amizade, não se rompem os liames da união. 
A amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões dá-nos, até hoje, a dimensão do que é o amor na sua essência mais pura, demonstrando que ela é o passo inicial para essa conquista superior que é meta de todas as vidas e mandamento maior da Lei Divina. 
 

(Obra: Momentos de Esperança - Divaldo P. Franco/Joanna de Ângelis)

MALES PEQUENINOS


Guardemos cuidado para com a importância dos males aparentemente pequeninos.
Não é o aguaceiro que arrasa a árvore benemérita.
É a praga quase imperceptível que se lhe oculta no cerne.
Não é a selvageria da mata que dificulta mais intensamente o avanço do 
pioneiro.
É a pedra no calçado ou o calo no pé.
Não é a cerração que desorienta o viajor, antes as veredas que se bifurcam.
É a falta da bússola.
Não é a mordedura do réptil que extermina a existência de um homem.
É a diminuta dose de veneno que ele segrega.
Assim, na vida comum.
Na maioria das circunstâncias não são as grandes provações que aniquilam a 
criatura e sim os males supostamente pequeninos, dos quais, muita vez, ela 
própria escarnece, a se expressarem por ódio, angústia, medo e cólera, que 
se lhe instalam, sorrateiramente, por dentro do coração.

(Obra: Coragem - Chico Xavier/André Luiz)

segunda-feira, 9 de março de 2015

Escândalos

Estimada amiga, da cidade mineira do Prata, estando mais próxima do Chico

em determinada reunião do Grupo Espírita da Prece, ouviu dele este valioso
apontamento sobre escândalos, que segundo ele, lhe foi dito por Emmanuel:
 
"Você ouve, vê, não diz nada e nem se assusta, porque isso você
também já fez!"
 
Com o Evangelho do Senhor, lembramos as anotações do evangelista João
(8:7), quando o Cristo conversa com os acusadores da mulher adúltera,
símbolo da humanidade pervertida:
 
"Aquele que dentre vós estiver sem pecado lhe atire a primeira pedra"
 
 
(Obra: Encontros com Chico Xavier  -  De Cezar Carneiro de Souza