quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Perdão das Ofensas


Quantas vezes perdoarei a meu irmão? Perdoar-lhe-eis, não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes. Aí tendes um dos ensinos de Jesus que mais vos devem percutir a inteligência e mais alto falar ao coração. Confrontai essas palavras de misericórdia com a oração tão simples, tão resumida e tão grande em suas aspirações, que ensinou a seus discípulos, e o mesmo pensamento se vos deparará sempre. Ele, o justo por excelência, responde a Pedro: perdoarás, mas ilimitadamente; perdoarás cada ofensa tantas vezes quantas ela te for feita; ensinarás a teus irmãos esse esquecimento de si mesmo, que torna uma criatura invulnerável ao ataque, aos maus procedimentos e às injúrias; serás brando e humilde de coração, sem medir a tua mansuetude; farás, enfim, o que desejas que o Pai celestial por ti faça. Não está ele a te perdoar freqüentemente? Conta porventura as vezes que o seu perdão desce a te apagar as faltas?
Prestai, pois, ouvidos a essa resposta de Jesus e, como Pedro, aplicai-a a vós mesmos. Perdoai, usai de indulgência, sede caridosos, generosos, pródigos até do vosso amor. Dai, que o Senhor vos restituirá; perdoai, que o Senhor vos perdoará; abaixai-vos, que o Senhor vos elevará; humilhai-vos, que o Senhor fará vos assenteis à sua direita.

(O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo X, 14. )

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Presença de Deus


Quando a perturbação e o medo buscar envolver-te, recorda de imediato da Presença de Deus ao teu lado. As qualidades internas da sabedoria e do amor, da confiança e da paz, embora invisíveis, são mais poderosas do que as circunstâncias afligentes e os estados inquietadores da alma.

Na Presença de Deus consegues unir num só elo o coração, a mente e o espírito.

Ela clareia-te a razão e apaga as sombras turbadoras do discernimento, facultando que este conduza a cena dos acontecimentos com equilíbrio.

Essa Presença inspira-te idéias novas e surpreendentes, ricas de conteúdo, abrindo espaço para realizações futuras assinaladas pela alegria e o bem-estar. Propicia segurança e protege, pois que, se irradiando, recompõem a ordem dinamizando valores que pareciam dormir esquecidos.

Por tua vez, reparte júbilos despertando outros que se entregaram ao pessimismo, afim de que se renovem e reatem os liames com as ações que não devem ficar abandonadas.

Há possibilidades que antes nunca havias notado e estão a tua disposição, tateando em sombras, não as via nem as alcançavas...

Com a Presença de Deus elas se te manifestam acessíveis e os Seus amorosos braços te envolvem através de ondas de reconforto que protegem e dão segurança a todas as tuas realizações.

A Presença de Deus é todo o bem que experimentas, que te nutre e que distribuis a mãos, a coração e alma cheios.


Joanna de Ângelis

Do livro Filho de Deus, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis.

SEGUINDO ADIANTE


A provação que se nos revela de impacto assemelha-se a golpe destruidor.

Quando isso, porventura, te aconteça é natural que sofras e chores, entretanto, não te fixes em qualquer condição negativa.

Prossegue nas tarefas que a Sabedoria da Vida te confiou.

Recorda: quando uma bomba explode numa longa vereda talhada na pedra, quase sempre surgem janelas abertas nas paredes da rocha, pelas quais é possível  descortinar amplos caminhos que mais facilmente trilharemos em busca de paz e de elevação.

(Chico Xavier/Emmanuel - Mensagem recebida em 06/01/1980 em Uberaba).

VENCERÁS


Não desanimes.
Persiste mais um tanto.
Não cultives pessimismo.
Centraliza-te no bem a fazer.
Esquece as sugestões do medo destrutivo.
Segue adiante, mesmo varando a sombra dos próprios erros.
Avança ainda que seja por entre lágrimas.
Trabalha constantemente.
Edifica sempre.
Não consintas que o gelo do desencanto te entorpeça o coração.
Não te impressiones nas dificuldades.
Convence-te de que a vitória espiritual é construção para o dia-a-dia.
Não desistas da paciência.
Não creias em realizações sem esforço.
Silêncio para a injúria
Olvido para o mal.
Perdão às ofensas.
Recorda que os agressores são doentes.
Não permitas que os irmãos desequilibrados te destruam o trabalho ou te apaguem a esperança.
Não menosprezes o dever que a consciência te impõe.
Se te enganaste em algum trecho do caminho, reajusta a própria visão e procura o rumo certo.
Não contes vantagens nem fracassos.
Não dramatizes provações ou problemas.
Conserva o hábito da oração para quem se te faz a luz na vida intima.
Resguarda-te em Deus e persevera no trabalho que Deus te confiou.
Ama sempre, fazendo pelos outros o melhor que possas realizar.
Age auxiliando.
Serve sem apego.
E assim vencerás.

(Obra: Astronautas do Além - Chico Xavier/Emmanuel)

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

ACEITAÇÃO E MUDANÇA


"Nesse ponto procuravam outra vez prendê-lo; mas ele se livrou das suas mãos." (Jo: 10, 39)


É possível que o homem caia seguidamente...
As trevas, que assomam de si, tentarão enredá-lo repetidas vezes.
Periódicas crises de fé testarão a sua capacidade de resistir à incredulidade.
Não se renda, porém, às cadeias do mal!
Segundo a palavra do Evangelista, Jesus não desistia de se livrar das tramas para prendê-lo.
Escapava às mãos simbólicas do poder e da vaidade...
Subtraía-se aos acenos enganosos da luxúria...
O homem necessita saber o que, realmente, quer da Vida, sem ignorar o que a Vida dele requisita.
As propostas para que se corrompa e se desvie de sua meta superior haverão de assediá-lo a cada passo.
Contudo, a sua mais leve concessão ao erro abrirá brechas irreparáveis em sua cidadela íntima.
Porque tropeçou e retrocedeu um degrau, ninguém carece de rolar escadaria abaixo...
Torne a colocar-se de pé e, com mais cuidado, reinicie a subida.
Saúde mental é também saber aceitar-se com as próprias fragilidades, sem, todavia, com elas se conformar.
Se ninguém surge completamente renovado de um dia para outro, ninguém pode deixar de mudar a cada dia, protelando, indefinidamente, o seu  próposito de mudança.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - (Carlos A. Baccelli/Inácio Ferreira)

terça-feira, 22 de outubro de 2013

ALGUÉM PRECISA DE VOCÊ


Você já se sentiu alguma vez como um zero à esquerda, ou seja, sem valor algum?
Você pode responder que não, mas outras tantas pessoas já tiveram o seu dia de baixa auto-estima.
São aqueles dias em que a gente olha ao redor e não consegue ver nada em que possamos ser úteis.
No entanto, e por essas mesmas razões, há sempre alguém que precisa de você.
Há pessoas caladas que precisam de alguém para conversar.
Há pessoas tristes que precisam de alguém que as conforte.
Há pessoas tímidas que precisam de alguém que as ajude vencer a timidez.
Há pessoas sozinhas que precisam de alguém para conversar.
Há pessoas com medo que precisam de alguém para lhes dar a mão.
Há pessoas fortes, mas que precisam de alguém que as faça pensar na melhor maneira de usar a sua força.
Há pessoas habilidosas que precisam que alguém as ajude a descobrir a melhor maneira de usar sua habilidade.
Há pessoas que julgam não saber fazer nada e que precisam de alguém que as ajude a descobrir o quanto podem fazer.
Há pessoas apressadas que precisam de alguém que lhes mostre tudo o que não têm tempo para ver.
Há pessoas impulsivas que precisam de alguém que as ajude a não magoar os outros.
Há pessoas que se sentem perdidas e precisam de alguém que lhes mostre o caminho.
Há pessoas que se julgam sem importância alguma e precisam de alguém que as ajude a descobrir como são valiosas.
E você, que muitas vezes pensa não ter nenhuma utilidade, pode ser justamente a pessoa que alguém está precisando agora...
É claro que você não precisa, nem pode ser a solução para todos os problemas, mas faça o melhor ao seu alcance.
Se não puder ser uma árvore frondosa no topo da colina, seja um arbusto no vale – mas seja o melhor arbusto do vale.
Se não puder ser um arbusto, seja um ramo – mas seja o ramo mais exuberante a enfeitar a paisagem.
E se não puder ser um ramo, seja um pequeno tapete de relva para dar alegria a algum caminhante...
Se deseja ser um lindo ramalhete de flores perfumadas, e não consegue, seja uma singela flor silvestre – mas seja a mais bela.
E nesse esforço de ser útil a alguém que precisa de você, irá cada vez se tornando mais forte e mais confiante.
E todos as alegrias que espalhar pelo caminho serão as mesmas alegrias que encontrará na própria estrada.
Por mais difícil que esteja a situação, nunca deixe de lembrar que alguém precisa de você. E o mais importante: você pode ajudar alguém.

***

A Terra é uma grande escola, onde o Criador nos matriculou para que aprendamos a ser feliz.
A grande maioria das pessoas que habita este planeta não é completamente feliz.
Somos todos caminheiros da estrada chamada evolução, e, num momento ou noutro pode ser que precisemos de alguém.
Assim sendo, como sempre estamos rodeados de pessoas, é importante que você fique alerta, pois ao seu lado pode estar alguém que precise de você, neste
exato momento.

(Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em texto de autoria desconhecida).


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O ENSINO DA LUZ


- Senhor - disse Tadeu a Jesus, após o dia de trabalho estafante -, qual é o nosso dever maior, na execução do Evangelho para a redenção das criaturas?

O Mestre fitou o céu azul em que nuvens pequeninas semelhavam estrigas de linho alvo.

E falou em seguida:

- Em meio de grande tempestade, inúmeros viajantes se recolheram a enorme casarão que se assemelhava a um labirinto. Porque sentissem medo uns dos outros, cada qual se escondeu nos quartos mais internos e, vindo a noite, em vão procuraram o lugar de saída.

Começou, então, enorme conflito. Lamentos. Pragas.Assaltos. Correrias. Pancadas. Crimes nas trevas. Um homem, que por ali passava, ouviu os rogos de socorro que partiam do infortunado reduto e, longe de gritar ou discutir, acendeu a sua candeia e passou entre os amotinados, em profundo silêncio. Bastou a luz dele para que todos percebessem os disparates que vinham fazendo, ao mesmo tempo que encontravam, por si mesmos, a porta libertadora.

O Mestre fez grande intervalo e voltou a dizer:

- Se a luz do bom exemplo estiver entre nós, os outros perceberão, com facilidade, o caminho.

- E que fazer, Senhor, para semelhante conquista?

Jesus, continuando em sua contemplação do céu, como exilado buscando alguma visão da pátria longínqua, aclarou docemente:

- Procuremos o Reino de Deus e a sua justiça, isto é, vivamos no amor puro e na consciência tranqüila...E tudo o mais ser-nos-á acrescentado.

(Obra: A Vida Escreve - Chico Xavier / Hilário Silva)

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

INGREDIENTES DO ÊXITO


 ... nas águas revoltas do mar tanta vez agressivo da atualidade, navegamos...
 Dias calmos, dias tempestuosos.
 O que importa é a rota segura.
 E desta nos louvamos todos, à frente do Divino Timoneiro.
 ... capacitemo-nos, cada vez mais, de que a obra não nos pertence e sim ao Senhor que nos utiliza por instrumentos.
 ... à vista disso e firmados em semelhante convicção, compreendamos que a fidelidade é o ingrediente de base para o êxito.
 Entender a todos e auxiliar a todos, abençoando e construindo sempre e guardar, sobretudo, a certeza de que o serviço e o amor devem constituir as margens de nosso caminho para frente.
 ... momentos aparecem nos quais os testemunhos de abnegação representam imperativos a que não nos é lícito fugir...
 Notadamente, quando a perturbação e a calúnia nos ameaçam a estabilidade moral.
 Ainda assim, aceitemos os desafios da sombra, na condição de aprendizes no educandário da luz.
 ... à frente de todas as dificuldades é imprescindível opor a bênção, como princípio de solução.
 ... é certo que o desdobramento da edificação em andamento vos exige quotas de sacrifício sempre mais altas.
 Imperioso dar de nós para que a obra do Cristo se erga e se consolide no campo das necessidades humanas.
 ... esquecer-nos e trabalhar.
 Trabalhar e servir sempre.
 ... na execução desse programa as lutas e problemas explodem, por vezes, de todos os flancos, a reclamar-nos fraternidade em suas mais altas demonstrações. Todavia, se atribuirmos a Jesus a importância do esforço e não a nós, sabendo receber para nós os obstáculos naturais da senda a percorrer, então, a carga ser-nos-á sempre qual estrela de amor que o Céu nos permite carregar em auxílio a nós mesmos!
(Obra: Bezerra, Chico e Você - Chico Xavier/Bezerra de Menezes)

terça-feira, 15 de outubro de 2013

DÍVIDA


 "Digo-te que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo." (Lc: 12. 59)


 Raros são os homens que, realmente, se sentem em dívida de gratidão com a Vida.
 Quase todos pensam em dela extrair o máximo e não em algo acrescentar ao seu
 divino patrimônio.
 Vejamos o que, por exemplo, vem ocorrendo com a Terra, que o homem esgota em
 todos os seus recursos.
 Por ambição e descaso, a continuar assim, dentro em pouco, o palacete terrestre
 estará transformado em ruínas...
 Espécies animais se encontram em extinção, córregos e riachos desaparecem , 
 florestas inteiras foram dizimadas, glebas outrora férteis padecem erosão...
 A responsabilidade do homem não é somente para com o próximo, mas também
 para com a casa planetária que habita. Perante a Lei Divina, ele igualmente há de
 responder pela agressão que vem fazendo à Natureza. E a consciência há de lhe
 pedir contas por uma única árvore que decepar sem necessidade...
 O homem da atualidade vem comprometendo as futuras gerações, esquecido de que
 ele mesmo, na condição de filho de seu filho, haverá de voltar ao mundo para 
 amargar as consequências de sua incúria.
 Do reino mineral à espécie humana, quem desrespeita a Criação em um só dos
 seres e das coisas criadas por Deus não viverá em paz, enquanto não devolver à
 economia da Vida o derradeiro centavo que lhe deve.
 Talvez seja pela sua falta de reverência à Natureza, a começar do jardim de sua casa,
 ou do pobre animal abandonado com cuja fome não se importa, ou, ainda, da 
 poluição que, irresponsável, fomenta, é que muita gente não saiba o que é ter
 paz no coração.

 (Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

VIRTUDE SOLITÁRIA


Reunião pública de 30-1-61 - 1ª Parte, cap. III, item 8



Há quem deseje tranqüilidade ideal na Terra, com a pretensão de fugir ao erro.

Casa branca no aclive da serra, com o vale rente.

Clima doce e perfume da natureza.

Nenhum aborrecimento.

Nenhum cuidado.

Falta alguma.

Problema algum.

Solidão saborosa em que o morador consiga estirar-se, inerte, em poltronas e redes.

***

No entanto, é no trato da luta que as forças se enrijam e as qualidades se aperfeiçoam.

Considerando-se que o mal é a experiência inferior nos quadros da experiência mais nobre,
é nos serviço do amparo mútuo e da tolerância recíproca que havemos de transforma-lo em
bem duradouro, como se tomássemos as nossas próprias sombras de ontem para convencê-
las na luz de hoje.

Livres, estamos interligados perante a Lei, para fazer o melhor, e, escravizados aos
compromissos expiatórios, estaremos acorrentados uns aos outros no instituto da
reencarnação, segundo a Lei, para anular o pior que já foi feito por nós mesmos nas
existências passadas.

Ninguém progride sem alguém.

***

Abençoemos, assim, as provações que nos abençoam.

Trabalho é ascensão.
 Dor é burilamento.

Toda adversidade avisa, todo sofrimento instrui, todo pranto lava, toda dificuldade e toda
crise seleciona.

Virtude solitária é pão na vitrine.

Competência no palanque é usura da alma.

Todos somos alunos na escola da vida.

E ninguém consegue aprender sem dar a lição.

(Chico Xavier / Emmanuel)

SITUAÇÕES


Se um dia te encontrares em situações tão difíceis que a vida te pareça um cárcere sem portas; sob o cerco de perseguidores aparentemente imbatíveis;
sofrendo a conspiração de intrigas domésticas; na trama de processos obsessivos; no campo de moléstias consideradas irreversíveis; no laço de paixões que te conturbem a mente; debaixo de provas que te induzam à desolação e ao desânimo; sob a pressão de hábitos infelizes; em extrema penúria, sem trabalho e sem meios de sobrevivência; de alma relegada a supremo abandono; na área de problemas criados pelos entes a que mais ames; não desesperes.

Ora em Silêncio e confia em Deus, esperando pela Divina Providência, porque Deus tem estradas, onde o mundo não tem caminhos.

É por isto que a tempestade pode rugir à noite, mas não existem forças na Terra que impeçam, cada dia, a chegada de novo amanhecer.


(Obra: Amizade - Chico Xavier/Meimei)

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

ANTE ALLAN KARDEC

 Perante as rajadas do materialismo a encapelarem o oceano da experiência terrestre, a obra Kardequiana assemelha-se, incontestavelmente, a embarcação providencial que singre as águas revoltas com segurança. Por fora, grandes instituições que pareciam venerandos navios estalam nos alicerces, enquanto esperanças humanas de todos os climas, lembrando barcos de todas as procedências, se entrechocam na fúria dos elementos, multiplicando as aflições e os gritos dos náufragos que bracejam nas trevas.  De que serviria, no entanto, a construção imponente se estivesse reduzida à condição de recinto dourado para exclusivo entretenimento de alguns viajantes, em tertúlias preciosas, indiferentes ao apelo dos que esmorecem no caos? Prevenindo contra semelhante impropriedade, os sábios instrutores que escreveram a introdução de “O Livro dos Espíritos” (1), disseram claramente a Allan Kardec: “Mas todos os que tiverem em vista o grande princípio de Jesus se confundirão num só sentimento: o do amor do bem e se unirão por um laço fraterno que prenderá o mundo inteiro”. Indubitavelmente, a obra espírita é a embarcação acolhedora, consagrada ao amor do bem. Urge, desse modo, que os seus tripulantes felizes não se percam nos conflitos palavrosos ou nas divagações estéreis. Trabalhemos, acendendo fachos de raciocínio para os que se debatem nas sombras. Todos concordamos em que Allá Kardec é o apóstolo da renovação humana, cabendo-nos o dever de dar-lhe expressão funcional aos ensino, com a obrigação de repartir-lhe a mensagem de luz, entre os companheiros de Humanidade. Assim crendo, traçamos os despretensiosos comentários contido neste volume, em torno das instruções relacionadas no livro “O Céu e o Inferno”, valendo-nos das oitenta e duas reuniões públicas de estudo da Comunhão Espírita Cristã, em Uberaba, no decurso de 1961, dando continuidade à tarefa de consultar a essência religiosa da Codificação Kardequiana (2), com vistas à nossa própria responsabilidade, diante do Espiritismo, em sua feição de Cristianismo redivivo. Entregando, pois, estas páginas aos leitores amigos, não temos a presunção de inovar as diretrizes espíritas e sim o propósito sincero de reafirmar-lhes os conceitos, para facilitar-nos o entendimento, na certeza de que outros companheiros comparecerão no serviço interpretativo da palavra libertadora de Allan Kardec, suprindo-nos as deficiências no trato do assunto, com mais amplos recursos, em louvor da verdade, para a nossa própria edificação. Emmanuel Uberaba, 20 de março de 1962

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Você é Deus ?


 
Logo depois do término da segunda guerra mundial, a Europa começou a ajuntar os cacos que restaram.  
Grande parte da Inglaterra fora destruída e encontrava-se em ruínas. 
Talvez o lado mais triste da guerra tenha sido assistir as criancinhas órfãs morrendo de fome nas ruas das cidades devastadas. 
Certa manhã muito fria de Londres, um soldado americano estava retornando ao acampamento. Quando ele virou a esquina dirigindo um jipe, avistou um menino com o nariz pressionado contra o vidro de uma confeitaria. Lá dentro, o confeiteiro sovava a massa para uma fornada de rosquinhas.
Faminto e com os olhos arregalados, o menino observava todos os movimentos do confeiteiro. 
O soldado parou o jipe junto ao meio-fio, desceu, e caminhou em silêncio até o local onde o menino se encontrava. Através do vidro embaçado pela fumaça, ele viu as rosquinhas quentes e de dar água na boca sendo retiradas do forno. 
O menino salivou e deu um leve gemido quando o confeiteiro colocou as rosquinhas no balcão de vidro com todo o cuidado.
Em pé ao lado do menino, o soldado comoveu-se diante daquele órfão desconhecido.
- Filho... você gostaria de comer algumas rosquinhas?
O menino falou de modo tímido e com um certo receio:
- Ah, sim... eu gostaria! 
O soldado entrou na confeitaria e comprou uma dúzia de rosquinhas. Colocou-as dentro de um saco de papel e dirigiu-se ao menino.
O soldado sorriu, entregou as rosquinhas e disse :
- Aqui estão.
Quando o soldado se virou para ir embora, sentiu um puxão em sua farda. Ele olhou para trás e ouviu o menino perguntar baixinho:
Você é Deus...?
 
(Fonte: 
www.planetamais.com.br)