segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

TOLERÂNCIA

"Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas" - Mateus, cap.5 - v.41)



Sem dúdiva, o exercício da tolerância é indispensável à conquista da serenidade.

Mas tolerar não significa afligir-se e torturar-se interiormente, como quem impõe a
si mesmo determinada violência.

A tolerância nasce da conscientização de que nem sempre se podem alterar, de imediato, situações que apenas o tempo possui elementos para transformar.

As pessoas serão como são, até quando optarem pela própria mudança.

Há quanto tempo Deus nos espera, admitindo, inclusive, que descreiamos de sua
Divina Paternidade?

Existem muitos espíritos de entendimento tardio com os quais precisamos aprender a conviver, sem alimentarmos grandes expectativas em torno de sua capacidade de corresponder-nos aos anseios.

Em oferecendo-nos pouco, muitos daqueles que conosco convivem estão praticamente
oferecendo-nos tudo o que possuem.

Como exigir da árvore que sequer floresceu a produção de frutos? Ou de um pássaro
implume arrojados voos na amplidão?

Quem sofre com as decepções que os outros lhe causam, sofre voluntariamente, porque
sabe que, na Terra, ninguém está lidando com santos, mas com seres humanos tão frágeis e limitados quanto a ele mesmo.

Jesus, de fato, recomendou-nos caminhar a segunda milha como os que mais solicitam
de nossas possibilidades de renúncia e tolerância, que, habitualmente, são aqueles que
convivem conosco na experiência comum, mas não nos disse que deveríamos carregá-los
sobre os ombros.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

NA SEARA DE JESUS

A tarefa no Evangelho não pode ser diferente, hoje, quando confrontada com os empeços de que se constituía nos tempos passados.
Temos companheiros e companheiros.
Alguns chegam inflamados de zelo apostólico ao campo de serviço, trazendo a força do exemplo e o lume da inspiração para o erguimento geral; outros surgem necessitados de socorro e cooperação, a fim de se levantarem, no espírito, para a desincumbência dos compromissos com que o mundo os honorifica; outros ainda aparecem tocados de bons desejos misturados de provações, exigindo paciência para que se equilibrem no plano de ação em que se situam; muitos repontam na coletividade portando votos e promessas brilhantes que não conseguem cumprir; e alguns outros igualmente se destacam, na passagem do tempo, à maneira de amigos dos interesses próprios, buscando vantagens pessoais que não se compadecem com os deveres que assumem.
Todos, porém, são filhos de Deus e tutelados de Jesus - irmãos nossos - cuja presença é fator importante em nosso proveito.
Cada companheiro da seara do bem é oportunidade de trabalho que não nos será justo menosprezar.
Aquele que sabe muito é capaz de ensinar-nos, tanto quanto o portador de talentos sublimes se expressa por luz a guiar-nos na frente; o mais equilibrado é coluna básica no serviço a efetuar-se, amparando-nos as próprias necessidades; aqueles, no entanto, que se revelam menos felizes se erigem como sendo testes à nossa fé para que a caridade do Senhor se manifeste por nosso coração e por nossas mãos.
Auxiliar-nos, sim, e sempre.
As assembléias cristãs que sobrevivem, acima de todas as limitações e circunstâncias da vida, são aquelas em cujo cerne a chama do amor e do perdão não se extingue.
Jesus nos solicita concurso em seu apostolado de redenção e tão-só venceremos amando e servindo-nos uns aos outros, tanto quanto Ele nos ama e serve sempre.

(Obra: Mais Luz - Chico Xavier/Batuíra)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

NA PRESENÇA DO AMOR

"Aquele que ama a seu irmão está na luz e nele não há escândalo."
João. (I João;(2:10.)



Quem ama o próximo sabe, acima de tudo, compreender. E quem compreende sabe livrar os olhos e ouvidos do venenoso visco do escândalo, a fim de ajudar, ao invés de acusar ou desservir.

É necessário trazer o coração sob a luz da verdadeira fraternidade, para reconhecer que somos irmãos uns dos outros, filhos de um só Pai.

Enquanto nos demoramos na escura fase do apego exclusivo a nós mesmos, encarceramo-nos no egoísmo e exigimos que os outros nos amem. Nesse passo infeliz, não sabemos querer senão a nós próprios, tomando os semelhantes por instrumentos de nossa satisfação.

Mas se realmente amamos os companheiros de caminho, a paisagem de vida se modifica, de vez que a claridade do amor nos banhará a visão.

Ama, pois, e assim como a lama jamais ofende a luz, a ofensa não mais te alcançará.

Saberás que a miséria é fruto da ignorância e auxiliarás a vítima do mal, nela encontrando o próprio irmão necessitado de apoio e entendimento.

Aprenderás a ouvir sem revolta, ainda mesmo que o crime te procure os ouvidos, e cultivarás a ajuda ao adversário, ainda mesmo quando te vejas dilacerado, porque o perdão com esquecimento absoluto dos golpes recebidos surgirá espontâneo em teu espírito, assim como a tolerância aparece natural na fonte que acolhe no próprio seio as
pedras que lhe atiram.

Ama e compreenderás.

Compreende e servirás sempre mais cada dia, porque então permanecerás sob a glória da luz, inacessível a qualquer incursão das trevas.

(Chico Xavier / Emmanuel: Fonte Viva - FEB.)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

MÃES DAS MÃES

Maria,
É a Mãe piedosa
De todas as mães resignadas e sofredoras.
É a consolação
Que se derrama puríssima
Sobre os prantos maternos,
Vertidos na corola imensa das dores;
É o manto resplandecente
Que agasalha os corações das mães piedosas,
Amarguradas e infelizes,
Que orvalham com lágrimas benditas
As flores do seu amor desvelado,
Espezinhadas pelo sofrimento,
Fustigadas pelo furacão da desgraça, atropeladas pelo mal,
Perseguidas pelo infortúnio
No sombrio orbe das lágrimas e das provações.
Todas as preces maternas
Ascendem aos espaços
Como um doloroso brado de angústia a Maria,
E a rosa sublime de Nazaré
Escuta-as piedosamente,
Estendendo os seus braços tutelares
Às Mães carinhosas e desprotegidas;
E bastam os eflúvios do seu amor sacrossanto
Para que as consolações se derramem
Cicatrizando as feridas,
Balsamizando os pesares,
Lenindo os padeceres
Das Mães desoladas, que encontram nela
O símbolo maravilhoso de todas as virtudes!...
Ao seu olhara compassivo,
Pulverizam-se os rochedos do mal
Do oceano da vida de desterro e de exílio,
Para que o Brigue da Esperança,
Com as suas velas alvas e pandas,
Veleje tranquilamente,
Buscando o porto esperado com ânsia,
Da salvação das almas que sofreram
Nos torvelinhos do mundo,
Como náufragos de uma tormenta gigantesca,
Que não se perderam no abismo das águas tenebrosas
Do mar da iniquidade,
Porque se apegaram
À âncora da Fé.
Maria é o anjo, pois
Que nos ampara e guia em nossa cruz;
Levando-nos ao Céu, cheia de piedade e comiseração
Pelas nossas fraquezas.
Ela é a personificação do amor divino
No vale das sombras e das amarguras,
E sendo o arrimo de todas as criaturas,
É sobretudo
A Virgem da Pureza
- Mãe das Mães.

(Obra: Parnaso de Além Túmulo - Chico Xavier / Marta)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sigamos Até Lá

"Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito". JESUS(João, 15:7).




Na oração dominical, JESUS ensina aos cooperadores a necessidade de observância plena dos desígnios do PAI.

Sabia o Mestre que a vontade humana é ainda muito frágil e que inumeras lutas rodeiam a criatura até que aprenda
a estabelecer a união com o Divino.

Apesar disso, a lição da prece foi sempre interpretada pela maioria dos crentes como recurso de fácil obtenção do
amparo celestial.

Muitos pedem determinados favores e recitam maquinalmente as formulas verbais. Certamente, não podem receber
imediata satisfação aos caprichos próprios, porque, no estado de queda ou de ignorância, o espírito necessita, antes
de tudo, aprender a submeter-se aos desígnios divinos, a seu respeito.

Alcançaremos, porém, a época das orações integralmente atendidas. Atingiremos semelhante realização quando estivermos
espiritualmente em CRISTO. Então, quando quisermos, ser-nos-a feito, porquanto teremos penetrado o justo sentido de cada
coisa e a finalidade de cada circunstância. Estaremos habilitados a querer e a pedir, em JESUS, e a vida se nos apresentará,
em suas verdadeiras caracteristicas de infinito, eternidade, renovação e beleza.

Na condição de encarnados ou desencarnados, ainda estamos caminhando para o MESTRE, a fim de que possamos experimentar
a união gloriosa com o seu amor. Até lá, trabalhemos e vigiemos para compreender a vontade divina.

(Obra: Pão Nosso - Chico Xavier/Emmanuel)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O ENSINO DA LUZ

- Senhor - disse Tadeu a Jesus, após o dia de trabalho estafante -, qual é o nosso dever maior, na execução do Evangelho para a redenção das criaturas?

O Mestre fitou o céu azul em que nuvens pequeninas semelhavam estrigas de linho alvo. E falou em seguida:

- Em meio de grande tempestade, inúmeros viajantes se recolheram a enorme casarão que se assemelhava a um labirinto. Porque sentissem medo uns dos outros, cada qual se escondeu nos quartos mais internos e, vindo a noite, em vão procuraram o lugar de saída.

Começou, então, enorme conflito. Lamentos. Pragas.Assaltos. Correrias. Pancadas. Crimes nas trevas. Um homem, que por ali passava, ouviu os rogos de socorro que partiam do infortunado reduto e, longe de gritar ou discutir, acendeu a sua candeia e passou entre os amotinados, em profundo silêncio. Bastou a luz dele para que todos percebessem os disparates que vinham fazendo, ao mesmo tempo que encontravam, por si mesmos, a porta libertadora.

O Mestre fez grande intervalo e voltou a dizer:

- Se a luz do bom exemplo estiver entre nós, os outros perceberão, com facilidade, o caminho.

- E que fazer, Senhor, para semelhante conquista?

Jesus, continuando em sua contemplação do céu, como exilado buscando alguma visão da pátria longínqua, aclarou docemente:

- Procuremos o Reino de Deus e a sua justiça, isto é, vivamos no amor puro e na
consciência tranqüila...E tudo o mais ser-nos-á acrescentado.

(Obra: A Vida Escreve - Chico Xavier / Hilário Silva)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

VISÃO DE EURÍPEDES

Começara Eurípedes Barsanulfo, o apóstolo da mediunidade, em Sacramento, no Estado de
Minas Gerais, a observar-se fora do corpo físico, em admirável desdobramento, quando,
certa feita, à noite, viu a si próprio em prodigiosa volitação. Embora inquieto, como que arrastado pela vontade de alguém num torvelinho de amor, subia, subia...

Subia sempre.

Queria parar, e descer, reavendo o veículo carnal, mas não conseguia. Braços intangíveis
tutelavam-lhe a sublime excursão. Respirava outro ambiente. Envergava forma leve,
respirando num oceano de ar mais leve ainda... Viajou, viajou, à maneira de pássaro
teleguiado, até que se reconheceu em campina verdejante. Reparava na formosa paisagem,
quando não longe, avistou um homem que meditava, envolvido por doce luz.

Como que magnetizado pelo desconhecido, aproximou-se...
Houve, porém, um momento, em que estacou, trêmulo.
Algo lhe dizia no íntimo para que não avançasse mais...
E num deslumbramento de júbilo, reconheceu-se na presença do Cristo.

Baixou a cabeça, esmagado pela honra imprevista, e ficou em silêncio, sentindo-se como
intruso, incapaz de voltar ou seguir adiante.

Recordou as lições do Cristianismo, os templos do mundo, as homenagens prestadas ao
Senhor, na literatura e nas artes, e a mensagem d’Ele a ecoar entre os homens, no curso de quase vinte séculos...

Ofuscado pela grandeza do momento, começou a chorar...
Grossas lágrimas banhavam-lhe o rosto, quando adquiriu coragem e ergueu os olhos,
humilde.

Viu, porém, que Jesus também chorava...
Traspassado de súbito sofrimento, por ver-lhe o pranto, desejou fazer algo que pudesse
reconfortar o Amigo Sublime... Afagar-lhe as mãos ou estirar-se à maneira de um cão leal
aos seus pés...

Mas estava como que chumbado ao solo estranho...
Recordou, no entanto, os tormentos do Cristo, a se perpetuarem nas criaturas que até hoje, na Terra, lhe atiram incompreensão e sarcasmo...

Nessa linha de pensamento, não se conteve.
Abriu a boca e falou suplicante:
- Senhor, por que choras?
O interpelado não respondeu.
Mas desejando certificar-se de que era ouvido, Eurípedes reiterou:
- Choras pelos descrentes do mundo?
Enlevado, o missionário de Sacramento notou que o Cristo lhe correspondia agora ao olhar.
E, após um instante de atenção, respondeu em voz dulcíssima:
- Não, meu filho, não sofro pelos descrentes aos quais devemos amor. Choro por todos os
que conhecem o Evangelho, mas não o praticam...
Eurípedes não saberia descrever o que se passou então.
Como se caísse em profunda sombra, ante a dor que a resposta lhe trouxera, desceu,
desceu...
E acordou no corpo de carne.
Era madrugada.
Levantou-se e não mais dormiu.
E desde aquele dia, sem comunicar a ninguém a divina revelação que lhe vibrava na
consciência, entregou-se aos necessitados e aos doentes, sem repouso sequer de um dia, servindo até a morte.

(Obra: A Vida Escreve - Chico Xavier / Hilário Silva)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Que venha o ano novo: com muito bom humor!

Mais um ano que chega e, com ele, a lembrança de que o tempo é o talento mais precioso conferido por Deus à evolução humana.
Chico Xavier recebeu mensagens memoráveis com advertências claras dos Instrutores Espirituais a respeito do seu real aproveitamento. Humberto de Campos foi um dos mais enfáticos em acentuar tal necessidade. Em Cartas e Crônicas, ele divulga a triste estatística do amigo Belarmino Bicas, a pedido do próprio, dissecando os motivos da perda de tempo – traço comum à vida da maioria dos mortais. Belarmino desencarnou com 58 anos, tendo se tornado espírita aos 38. Durante os últimos 20 anos de existência corpórea, fez uma relação diária de suas exasperações e respectivas causas. De 1936 a 1956, já bafejado pelas bênçãos do Espiritismo, relacionou o seguinte número de cóleras e mágoas desnecessárias, com a especificação das respectivas causas:

1.811, em razão de contrariedades em família;
906, por indispor-se, dentro de casa, em questão de alimentação e higiene;
1.614, por altercações com a esposa, em divergência na conduta doméstica e social;
1.801, por motivo de desgostos com os filhos, genros e nora;
11, por descontentamento com os netos;
1.015, por entrar em choque com chefes de serviço;
1.333, por incompatibilidade no trato com os colegas;
1.012, em virtude de reclamações a fornecedores e lojistas em casos de pouca monta;
614, por mal-entendidos com vizinhos;
315, por ressentimentos com amigos íntimos;
1.089, por melindres ante o descaso de funcionários e empregados de instituições diversas;
615, por aborrecimentos com barbeiros e alfaiates;
777, por desacordos com motoristas e passageiros desconhecidos, em viagem de ônibus, automóveis particulares, bondes e lotações;
419, por desavenças com leiteiros e padeiros;
820, por malquistar-se com garçons em restaurantes e cafés;
211, por ofender-se com dificuldades em serviços de telefones;
90, por motivo de controvérsias em casas de diversões;
815, por abespinhar-se com opiniões alheias em matéria religiosa;
217, por incompreensões com irmãos de fé, no templo espírita;
901, por engano ou inquietação, diante de pessoas imaginárias ou da perspectiva de acontecimentos desagradáveis que nunca sucederam.
Total: 16.386 exasperações inúteis.

Como resultado dos constantes acessos de mau humor, Belarmino desencarnou 22 anos antes do que estava previsto. Seu compromisso era ficar na experiência terrestre até os 80 anos, mas não conseguiu, apesar de estar filiado às lições educativas da Doutrina Espírita. Foi, portanto, suicida indireto. “Quantos tesouros perdidos por bagatelas! Quanta asneira em nome do sentimento!...” desabafou Belarmino ao amigo Humberto. E insistiu: “Conte o meu caso para quem esteja ainda carregando a bobagem do azedume! Fale do perigo das zangas sistemáticas, insista na necessidade da tolerância, da paciência, da serenidade, do perdão! Rogue aos nossos companheiros para que não percam a riqueza das horas com suscetibilidades e amuos, explique ao pessoal na Terra que mau humor também mata!...”
O alerta de Belarmino Bicas vem a calhar, neste período especial em que estamos às portas de um ano novo. Que venham os novos dias, convocando-nos a executar velhas promessas, que ainda não tivemos a coragem de cumprir.
Que venha o ano novo, com muito bom humor!


(Editorial do Jornal Folha Espírita - De Janeiro de 2011)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Não Tema

“Não tema, creia somente” – diz o Senhor.
Creia na harmonia, na justiça, na verdade, no bem.
Somos livres, sob a proteção de leis vigilantes.
Deus não se ausenta.
Por isso, quanto nos aconteça é sempre o melhor do que nos mostremos capazes de receber.
Em muitas ocasiões a enfermidade inesperada no corpo é apoio antecipado às necessidades da alma; a afeição que nos deixa é amputação no mundo afetivo para que possamos sobreviver naquilo que estejamos fazendo de mais útil; o desejo contrariado é providência contra perigo invisível; a inibição orgânica é recurso para a condensação de nossas energias em auxílio à realização de tarefa determinada; o prejuízo é comunicado prévio para que não se caia em débitos insolvíveis; a penúria material é desafio a que nos levantemos para o trabalho.
Não desfaleça na prova que a vida lhe trouxe.
A Terra é um educandário em cujas lições somos todos alunos e examinadores uns dos outros.
Hoje é possível esteja sofrendo o cerco de numerosos problemas; entretanto, se você atende às instruções do amor, que nos traçam caminho certo entre as margens da humildade e do serviço, encontrará você o rumo exato de todas as soluções.
Para isso, porém, é necessário que você não permaneça no canto da inércia, colecionando pedras e espinhos que lhe pesem no coração ou lhe firam a alma.
Esqueça tudo o que foi tristeza ou desequilíbrio e entre no sistema da ação edificante que nos reforma o destino.
Todos os que lutaram e venceram, todos os que tombaram na sombra e se reergueram para a luz, sofrendo, lutando, construindo e renovando, nunca deixaram de trabalhar


(Obra: Astronautas do Além - Chico Xavier / André Luiz)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

ACORDAR E ERGUER-SE

"Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e o Cristo te
iluminará." - Paulo. (EFÉSIOS, 5:14.)



Há milhares de companheiros nossos que dormem, indefinidamente,
enquanto se alonga debalde para eles o glorioso dia de experiência
sobre a Terra.

Percebem vagamente a produção incessante da Natureza, mas não se recordam da obrigação de algo fazer em benefício do progresso coletivo.

Diante da árvore que se cobre de frutos ou da abelha que tece o favo de mel, não se lembram do comezinho dever de contribuir para a prosperidade comum.

De maneira geral, assemelham-se a mortos preciosamente adornados. Chega, porém, um dia em que acordam e começam a louvar o Senhor, em êxtase admirável...

Isso, no entanto, é insuficiente. Há muitos irmãos de olhos abertos, guardando, porém, a alma na posição horizontal da ociosidade.

É preciso que os corações despertos se ergam para a vida, se levantem para trabalhar na sementeira e na seara do bem, a fim de que o Mestre os ilumine.

Esforcemo-nos por alertar os nossos companheiros adormecidos, mas não olvidemos a necessidade de auxiliá-los no soerguimento.

É imprescindível saibamos improvisar os recursos indispensáveis em auxílio dos nossos afeiçoados ou não que precisam levantar-se para as bênçãos de Jesus.

Não basta recomendar. Quem receita serviço e virtude ao próximo, sem antes preparar-lhe o entendimento, através do espírito de fraternidade, identifica-se com o instrutor exigente ,que reclama do aluno integral conhecimento acerca de determinado e valioso livro, sem antes ensiná-lo a ler.

Disse Paulo: - "Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os
mortos e o Cristo te iluminará." E nós repetiremos: - "Acordemos para a vida superior e levantemonos na execução das boas obras e o Senhor nos ajudará, para que possamos ajudar os outros."

(Chico Xavier / Emmanuel: Fonte Viva - FEB.)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Oração de Chico Xavier

- Senhor JESUS, Médico de nossas almas, cura-nos as feridas de insensatez que provocamos em nós mesmos... Cicatriza-nos as chagas da rebeldia que se nos cronificaram no espírito. Contamos unicamente com o Teu amor, que nos salva e redime... Releva, Senhor, as nossas faltas, cometidas em momentos de insanidade ...contra os semelhantes. Ensina-nos, de novo, o caminho da humildade, do qual deliberamos nos afastar... Concede-nos renovadas oportunidades de servir-Te com sinceridade de propósitos. Que possamos acolher no coração todos os desventurados, aqueles, Mestre, que prejudicamos em nossa incapacidade de amar...
Intervém em nossa vida! Modifica o curso de nossos passos, a nos conduzirem à profundidade do abismo do sofrimento. Transfunde os nossos sentidos doentios... O egoísmo nos enlouquece e o poder nos subtrai o discernimento. Senhor, salva-nos!... Não nos deixes por mais tempo na ilusão e no erro. Fortalece-nos a vontade frágil, para que outra e outra vez não venhamos a cair. Abençoa-nos e faze de nós o que Te aprouver, hoje e sempre!

(Obra: Hospital dos Médiuns - Carlos A.Baccelli / Domingas)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Sempre Adiante

"Ninguém, na Terra, escapa
Aos momentos de crise.

Agora é um prejuízo,
Depois, é a querda em erro.

Aqui, surge um desastre,
Mais além, é um desgosto

Hoje, é a desilusão,
Ante um amigo que foge.

Amanhã, é a doença,
Logo após, é outra dor.

Mas, trabalha e prossegue,
Deus te guarda o melhor."

(Chico Xavier / Emmanuel: MOMENTOS DE PAZ - FEB.)

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

TEMPO E DEUS

Não te deixes vencer
pela hora vazia.

Cérebro sem trabalho.
É reduto de sombra.

Casa desocupada.
Guarda animais daninhos.

Tempo que te pertença,
podes dá-lo em serviço.

Qualquer auxílio a outrem
É socorro a ti mesmo.

Não desprezes o tempo,
que o tempo vem de Deus.

(Chico Xavier / Emmanuel: CAMINHOS - GEM)

ESMOLA

"Dai antes esmola do que tiverdes." - Jesus. (LUCAS, 11:41.)


A palavra do Senhor está sempre estruturada em luminosa beleza que não podemos perder de vista.

No capítulo da esmola, a recomendação do Mestre, dentro da narrativa de Lucas, merece apontamentos especiais. "Dai antes esmola do que tiverdes."

Dar o que temos é diferente de dar o que detemos.A caridade é sublime em todos os aspectos sob os quais se nos revele e em circunstância alguma devemos esquecer a abnegação admirável daqueles que distribuem pão e agasalho, remédio e socorro para o
corpo, aprendendo a solidariedade e ensinando-a.

É justo, porém, salientar que a fortuna ou a autoridade são bens que detemos provisoriamente na marcha comum e que, nos fundamentos substanciais da vida, não nos pertencem.

O Dono de todo o poder e de toda a riqueza no Universo é Deus, nosso Criador e Pai, que empresta recursos aos homens, segundo os méritos ou as necessidades de cada um.

Não olvidemos, assim, as doações de nossa esfera íntima e
perguntemos a nós mesmos:

Que temos de nós próprios para dar?

Que espécie de emoção estamos comunicando aos outros?

Que reações provocamos no próximo?

Que distribuímos com os nossos companheiros
de luta diária?
Qual é o estoque de nossos sentimentos?

Que tipo de vibrações espalhamos?

Para difundir a bondade, ninguém precisa cultivar riso estridente ou sorrisos baratos, mas, para não darmos pedras de indiferença aos corações famintos de pão da fraternidade, é indispensável amealhar em nosso espírito as reservas da boa compreensão, emitindo o
tesouro de amizade e entendimento que o Mestre nos confiou em serviço ao bem de quantos
nos rodeiam, perto ou longe.

É sempre reduzida a caridade que alimenta o estômago, mas que não esquece a ofensa, que não se dispõe a servir diretamente ou que não acende luz para a ignorância.

O aviso do Instrutor Divino nas anotações de Lucas significa: - dai esmola de vossa vida íntima, ajudai por vós mesmos, espalhai alegria e bom ânimo, oportunidade de crescimento e elevação com os vossos semelhantes, sede irmãos dedicados ao próximo, porque, em verdade, o amor que se irradia em bênçãos de felicidade e trabalho, paz e confiança, é sempre a dádiva maior de todas.

(Chico Xavier / Emmanuel: Fonte Viva - FEB.)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Reflexos

Impressões negativas?
Não precisas dizê-las.

Anotando defeitos,
Procura as qualidades.

Com motivos de queixa,
Não reclames. Espera.

Críticas sem proveito
Destacam-te o perfil.

Encontramos nos outros
O que temos em nós.

Só vemos o que temos,-
Isso é da Lei de Deus.


(Xavier, Francisco Cândido: Caminhos
Ditado pelo Espírito Emmanuel. 2a edição. Jabaquara, SP: CEU, 1981.)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

NOS MOMENTOS GRAVES

Diante de alguma desilusão que te impulsione a perder o incentivo para o trabalho...
Diante da incerteza que te visite, apontando-te as tentações e riscos que te ameacem...
Diante de mudanças imprevistas que te obriguem a pensar e a deliberar sem a escora de afectos com os quais já não contas...
Diante da crítica destrutiva que te induza a desistir de cooperar na oficina do bem...
Diante de seres queridos que te deixem a sós, sem comiseração por tua sede e necessidade de companhia...
Diante de palavras impensadas, partidas de pessoas estimáveis que te façam mergulhar no poço da amargura...
Diante do corpo doente e abatido que te lance o pensamento no deserto da tristeza e da insegurança...
Quando a morte reduzir ao silencio a voz daqueles que se te fazem queridos...
Quando qualquer sofrimento te abale os recessos da própria alma, entrega-te à fé, refugia-te em Deus, pensa em Deus, confia em Deus e espera por Deus, porque, acima de todas as tempestades e quedas, tribulações e desenganos Deus te sustentará.
Da Obra “Confia E Segue” – Emmanuel – Médium: Francisco Cândido Xavier