terça-feira, 27 de maio de 2014

TENTAÇÃO


"... onde permaneceu quarenta dias, sendo tentado por Satanás..."(Mc: 1, 13)


É natural que o homem seja tentado em suas fraquezas e mazelas. Nem Jesus se furtou ao assédio do mal sobre a Terra.
Todavia, como fez o Mestre, é indispensável que perseveremos na resistência solitária, convictos de que o bem prevalecerá.
Não desanimemos de lutar contra o assédio de nossas imperfeições.
Todo desafio é oportunidade de fortalecimento.
Quem cede, em si, o menor espaço às trevas termina por mergulhar na mais completa escuridão.
Não nos deixemos convencer por qualquer argumento contrário ao que nos diz a consciência.
Quem não consiga lutar de pé, lute de joelhos, mas não se renda ao fracasso.
Se ainda não nos sentimos suficientemente fortalecidos para atacar o cerne de nossas imperfeições, combatamo-las perifericamente.
O homem também carece de exercitar a paciência consigo.
Em matéria de evolução espiritual, ninguém logra saltar etapas. Toda conquista definitiva é ardua e lenta.
Se Jesus foi tentado por quarenta dias, por que não poderemos sê-lo por quarenta anos?
A tentação não se faz sobre os débeis, mas, sim, sobre os que se tornam dignos dela.
Os que se aproximam da luz são alvos preferenciais dos que jazem nas sombras. O mal não se preocupa com quem já se encontra no chão.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

segunda-feira, 26 de maio de 2014

FATALIDADE E LIVRE-ARBÍTRIO


Antes do regresso à experiência no Plano Físico, nossa alma em prece roga ao Senhor a concessão da luta para o trabalho de nosso próprio reajustamento.
Solicitamos a reaproximação de antigos desafetos.
Imploramos o retorno ao círculo de obstáculos que nos presenciou a derrota em romagens mal vividas...
Suplicamos a presença de verdugos com quem cultiváramos o ódio, para tentar a cultura santificante do amor...
Pedimos seja levado de novo aos nossos lábios o cálice das provas em que fracassamos, esperando exercitar a fé e a resignação, a paciência e o valor...
E com a intercessão de variados amigos que se transformam em confiantes avalistas de nossas promessas, obtemos a bênção da volta.
Efetivamente em tais circunstâncias, o esquema de ação surge traçado.
Somos herdeiros do nosso pretérito e, nessa condição, arquitetamos nossos próprios destinos.
Entretanto, imanizados tem porariamente ao veículo terrestre, acariciamos nossas antigas tendências de fuga ao dever nobilitante.
Instintivamente, tornamos, despreocupados, à caça de vantagens físicas, de caprichos perniciosos, de mentiroso domínio e de nefasto prazer.
O egoísmo e a vaidade costumam retomar o leme de nosso destino e abominamos o sofrimento e o trabalho, quais se nos fossem duros algozes,
quando somente com o auxílio deles conseguimos soerguer o coração para a vitória espiritual a que somos endereçados.
É, por isso, que fatalidade e livre-arbítrio coexistem nos mínimos ângulos de nossa jornada planetária.
Geramos causas de dor ou alegria, de saúde ou enfermidade em variados momentos de nossa vida.
O mapa de regeneração volta conosco ao mundo, consoante as responsabilidades por nós mesmos assumidas no pretérito remoto e próximo;
contudo, o modo pelo qual nos desvencilhamos dos efeitos de nossas próprias obras facilita ou dificulta a nossa marcha redentora na estrada que o mundo nos oferece.
Aceitemos os problemas e as inquietações que a Terra nos impõe agora, atendendo aos nossos próprios desejos, na planificação que ontem organizamos, fora do corpo denso, e tenhamos cautela com o modo de nossa movimentação no campo das próprias tarefas, porque, conforme as nossas diretrizes de hoje, na preparação do futuro, a vida nos oferecerá amanhã paz ou luta, felicidade ou provação, luz ou treva, bem ou mal.

(Obra: Nascer e Renascer - Chico Xavier/Emmanuel)

quarta-feira, 14 de maio de 2014

O MEDICAMENTO


O coprpo humano está longe de atingir o auge, por exemplo, da imunização aos inúmeros achaques que o acometem, mormente a partir de certa idade...
Artrose não é carma; varizes não são carma; boca desdentada não é, necessariamente, carma; rugas e estrias não são carma - pelo menos, não, nos que nunca foram assim tão vaidosos...
Essas coisas, em geral, acontecem devido à desmaterialização gradativa, que culmina com o desenlace. Agora, uma disfunção cerebral de média a séria gravidade... As enfermidades psíquicas, oriundas de quadros obsessivos, ou não, tem causas mais profundas no tempo: é falta de perdão, ódio, pensamento centrado no mal, tormento infligido aos outros, egoísmo, suicídio, crimes perpretados...
O egoísmo pode ser comparado à célula maligna que, se não erradicada, se transforma em tumor e apresenta metástases as mais variadas.
Em esmagadora maioria, os conflitos existenciais da criatura são decorrentes da egolatria: alguém que não retribuiu afeto, que não quis renunciar, que
nunca soube o que é sacrifício pela felicidade alheia... De repente, a insegurança, o medo, a insônia, a opressão, o pesadelo, o desânimo, a falta de motivação para viver.
A Caridade é multi-medicamento de primeiríssima geração, que vale por uma farmácia inteira! E não custa nada.

(Obra: Amai-vos e Instruí-vos - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

terça-feira, 13 de maio de 2014

Novo Filme Espírita Estréia em Julho!


"Causa e Efeito" do renomado diretor André Marouço
( "O Filme dos Espíritos")
tem estréia nos cinemas programada
para dia 3 de julho, com distribuição
das principais distribuidoras de cinema
independente brasileiras, a Paris Filmes e a Downtown Filmes, de Marcio Fraccarolli e Bruno
Wainer, responsáveis por filmes como: Chico Xavier - o Filme, O Filme dos Espíritos...E A Vida Continua... 


Veja agora o trailer e vá ao cinema assistir ao filme.


(Fonte: Oceano Vieira de Melo - via Facebook)


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Recebeste a Luz?


"Recebeste o Espírito Santo quando creste?" (At: 19, 2)

O católico recolhe o sacramento do batismo e ganha um selo para identificação pessoal na estatística da Igreja a que pertence.
O reformista das letras evangélicas entra no mesmo cerimonial e conquista um número no cadastro religioso do templo a que se filia.
O espiritista incorpora-se a essa ou àquela entidade consagrada à nossa Doutrina Consoladora e participa verbalmente do trabalho renovador.
Todos esses aprendizes da escola cristã se reconfortam e se rejubilam.
Uns partilham o contentamento da mesa eucarística que lhes aviva a esperança no Céu; outros cantam, em conjunto, exaltando a Divina
Bondade, aliciando largo material de estímulo na jornada santificante; outros, ainda, se reúnem, ao redor da prece ardente, e recebem mensagens luminosas e reveladoras de emissários celestiais, que lhes consolidam a convicção na imortalidade, além...
Todas essas posições; contudo, são de proveito, consolação e vantagem.
É imperioso reconhecer, porém, que se a semente é auxiliada pela
adubação, pela água e pelo sol, é obrigado a trabalhar, dentro de si mesma, a fim de produzir.
Medita, pois, na sublimidade da indagação apostólica:
- "Recebeste o Espírito Santo quando creste?"
Vale-te da revelação com que a fé te beneficia e santifica o teu caminho, espalhando o bem.
Tua vida pode converter-se num manancial de bênçãos para os outros e para tua alma, se te aplicares, em verdade, ao Mestre do Amor.
Lembra-te de que não és tu quem espera pela Divina Luz.
É a Divina Luz, força do Céu ao teu lado, que permanece esperando por ti.

(Francisco Cândido Xavier / Emmanuel: FONTE VIVA - FEB.)

quarta-feira, 7 de maio de 2014

O DESAFIO DO MOMENTO


Louvadas sejam as mãos que operam as ações do Bem, dirigidas por mentes devotadas à fidelidade aos norteamentos do Consolador.
Não é fácil encontrar-se na Terra muitas almas dispostas a renúncias e sacrifícios em favor dos tempos novos que, paradoxalmente, todos aguardam.
A impressão que se tem é que mentes muito poderosas mas negativas, que conhecem bastante a esfera das fragilidades humanas, atuam no sentido de minar o bom ânimo ou de insuflar desesperança em muitos corações, afastando-os dos caminhos seguros do Senhor.
Nada obstante, as falanges do Bem, capitaneadas por Prepostos de Jesus Cristo, diligentes e discretas, seguem firmes no empenho de desfazer espessas sombras que desorganizam e perturbam, além de iluminar consciências, incentivando-as à esperada fidelidade aos ensinamentos do Espiritismo.
É com essa reflexão que convidamos  todos os irmãos de boa vontade para participarem da Caravana do Amor, que não se pode desmontar nem atarantar diante das investidas negativas do tempo presente.
O labor do Cristo nunca encontrou, na Terra, terreno fácil ou aceitação tranquila, mesmo entre indivíduos que se afirmam como seguidores do Bem. Para muitos deles seria mais interessante que a Mensagem Espírita não os retirasse das zonas de conforto nas quais se alocam, sem nenhum anseio de desacomodar-se, de ir à luta ou de efetuar as indispensáveis mudanças pelos caminhos da existência.
Como o Mestre afirmou que não se pode atender aos interesses de dois senhores, pelo risco de não se conseguir agradar a ambos igualmente, sentimos que já é tempo de optarmos pela polaridade mais importante para nós, ou seja, de fazermos as nossas escolhas definitivas para a vida.
É preciso que definamos a própria escala de valores, uma vez que ao assumirmos compromisso com a Verdade que liberta e com o Bem que alimenta, correremos menor risco de resvalar ou de nos conturbar à frente dos serviços a cumprir Seara afora.
A nossa união em torno do ideal Espírita não pode ser procrastinada, sob pena de perdermos o passo do progresso anelado nas idas do nosso Movimento Espírita, que se propõe difundir a exuberante mensagem do Mundo Maior.
Não temos mais tempo para qualquer modalidade de fuga, de defecção ou de negligência perante os compromissos com o futuro, que já começou.
Vários grupos de companheiros domiciliados nos Campos do Além, com os quais cooperamos pessoalmente, têm se somado às Falanges do Cristo, no sentido de reativar mentes incontáveis e de sensibilizar um sem-número de corações, para que não mais percamos a oportunidade de servir fielmente a Jesus.
Unamo-nos, pois, irmãos, fortalecendo-nos, reciprocamente, para que, devidamente reforçados e responsáveis, alcancemos a excelência da reencarnação e realizemos o nosso melhor esforço pela construção do sonhado mundo novo, a começar de nós mesmos e dos nossos dependentes intelectuais ou afetivos.
Para tanto, não deveremos nos afastar do estudo aprofundado do Espiritismo, por meio de sérias meditações, de discussões e análises graves sobre seus conteúdos tão felizes.
Não mais podemos ver o mundo a incendiar-se sem que nos apresentemos como operadores da paz e da alegria, da lucidez e do trabalho, sem qualquer omissão indevida.
No ensejo, bons amigos, contamos com a companhia dos caros Jaime Rolemberg e Leopoldo Machado, embora outros valorosos servidores desencarnados participem desses luminosos interesses.
O nosso grandioso Espiritismo, enfim, deve ser a nossa filosofia de vida ou não resistiremos ao peso do anticristo, que se materializa de diversas formas, pelas estradas da nossa evolução para o Criador. O tempo melhor, pois, é o agora!
Embora saibamos não ser fácil corporificar no mundo o projeto de Jesus Cristo, não poderemos esquecer que o nosso tempo é, de fato, o agora, e o nosso melhor dia é o de hoje.
Desejo abraçar a todos os irmãos que sustentam com seriedade o nosso Movimento, em todos os lugares, e despedir-me com fraternal carinho, sua irmã

(Mensagem Psicografada em 05.11.2010 - Raul Teixeira/Nancy Leite de Araújo)

segunda-feira, 5 de maio de 2014

A RESPOSTA DE JESUS


"Quando os homens chegaram junto dele, disseram: João Batista enviou-nos para te perguntar: És tu aquele que estava para vir, ou esperaremos outro?" (Lc: 7, 20)


Interrogado pelos discípulos de João Batista a respeito de sua condição, ou não, do Messias esperado, Jesus não se limitou a lhes responder com palavras.
Concitado a identificar-se, o Mestre simplesmente agiu.
Demonstrou quem era, não proferindo brilhante discurso, evocando as profecias que anunciavam o seu advento, mas através de seus feitos.
Conta o Evangelista que, "naquela mesma hora, curou Jesus a muitos de moléstias e flagelos e de espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos"...
Em seguida, disse aos emissários de João, que estava preso, às vésperas de ser decapitado: "Ide, e anunciai a João o que vistes e ouviste..."
O discípulo sincero do Evangelho não carece de levantar a voz para defender-se de qualquer acusação: bastar-lhe-ão as suas obras!
O que o homem realiza ao longo de sua trajetória é que verdadeiramente fala de sua procedência e fornece notícias de sua sinceridade de propósitos.
Qualquer um poderia, com palavras, dizer aos mensageiros do Precursor: - Sim, eu sou aquele que estava para vir... Somente o Messias, no entanto, poderia  agir como tal!
O seguidor do Cristo, pois, não é somente aquele que escreve com lavor ou fala com mestria, de vez que a arte de falar e escrever com esmero pode ser facilmente assimilada por quem se dedica a exercitá-la.
No entanto, devotar-se às boas obras, com o intuito de concretizá-las, exige muito mais que convicção de superfície e treino no ato de estender a mão: é indispensável possuir o idealismo do bem profundamente arraigado no espírito!

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)