terça-feira, 9 de agosto de 2016

PERSEGUIÇÃO


"Se me perseguirem a mim, também perseguirão a vós outros..." (Jo: 15, 20)

Jesus, em seu Divino Ministério entre os homens, padeceu perseguição de toda ordem.
O Mestre começa sendo tentado no deserto pelas forças do mal e suporta, antes de expirar no lenho, o escárnio da incompreensão humana.
Da manjedoura à cruz, sob o assédio de homens e espíritos, com o intuito de fazê-lo fracassar, foi chamado a constantes testemunhos.
Por que haveria de não ser assim com os discípulos comuns do Evangelho?
Quais são as nossas credenciais, para que nos isentemos das provas a que somos submetidos pelos que almejam nos fazer recuar?
Ninguém realmente decidido a seguir o Senhor deve esperar por facilidades na tarefa de sua integração com Ele.
Lutas acerbas sempre nos permearão os caminhos.
É absoluta falta de senso esperar pelo reconhecimento de quem não nos pode entender o ideal e nem nos acompanhar na áspera subida da própria ascensão.
Quem esteja, de fato, empenhado na renovação que lhe diz respeito, necessita se habituar à conspiração das trevas para fazê-lo desistir do sublime tentame.
A ação dos algozes, visíveis e invisíveis, por vezes, é tão sutil e maquiavélica, que se, porventura, denunciada a alguém, a vítima levantará suspeita em torno de sua sanidade e equilíbrio.
Ante a sanha dos instrumentos do mal, o melhor que temos a fazer é guardar silêncio e perseverar no cumprimento do dever, não concedendo atenção e tempo a quem nos persegue, com o claro propósito de nos comprometer o aproveitamento na atual experiência reencarnatória.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

AMOR FRATERNAL

"Permaneça o amor fraternal." Paulo (Hebreus, 13:1)
As afeições familiares, os laços consangüíneos, as simpatias naturais podem ser manifestações muitos santas da alma, quando a criatura as eleva no altar do sentimento superior, contudo, é razóavel que o espírito não venha a cair sob o peso das inclinações próprias.
O equilíbrio é a posição ideal.
Por demasia de cuidado, inúmeros pais prejudicam os filhos.
Por excesso de preocupações, muitos cônjuges descem às cavernas do desespero, defrontados pelos insaciáveis monstros do ciúme que lhes aniquilam a felicidade.
Em razão da invigilância, belas amizades terminam em abismo de sombra.
O apelo evangélico, por isto mesmo, reveste-se de imensa importância.
A fraternidade pura é o mais sublime dos sistemas de relações entre as almas.
O homem que se sente filho de Deus e sincero irmão das criaturas não é vítima dos fantasmas do despeito, da inveja, da ambição, da desconfiança. Os que se amam fraternalmente alegram-se com o júbilo dos companheiros; sentem-se felizes com a ventura que lhes visita os semelhantes.
Afeições violentas, comumente conhecidas na Terra, passam vulcânicas e inúteis.
Na teia das reencarnações, os títulos afetivos modificam-se constantemente. É que o amor fraternal, sublime e puro, representando o objetivo supremo do esforço de compreensão, é a luz imperecível que sobreviverá no caminho eterno.
(Obra: Pão Nosso - Chico Xavier/Emmanuel)

terça-feira, 2 de agosto de 2016

O DESTINO EM SUAS MÃOS


A mão que liberta o homem da doença, da miséria, da ignorância, do infortúnio, para que a vida ganhe as alturas, deve ser a filosofia de trabalho de todas as pessoas que desejam contribuir em favor de um mundo melhor.
A Doutrina Espírita deixa bem claro que não podemos nos omitir diante das misérias humanas.
É preciso fazer algo pelo semelhante.
O destino de nossa sociedade é o somatório de nossas ações.
Não se faz uma sociedade boa se, a par do exercício de cidadania, não houver o cultivo da solidariedade.
E aqueles que participam, que se dedicam a esse mister, logo fazem descobertas maravilhosas.
No empenho de ajudar o próximo, libertam-se das angústias que afligem o homem comum, preso ao egoísmo.
Ajudando alguém a erguer-se de suas misérias, pairam acima das inquietações
humanas.
Contribuindo para clarear sendas alheias, iluminam o próprio caminho.
Estimulando ao bem seus irmãos, com a força do exemplo, percebem, deslumbrados, que encontraram sua gloriosa destinação.

(Obra: O Destino em Suas Mãos - Richard Simonetti)

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Comitê olímpico exclui espiritismo, umbanda e candomblé

Apesar da recomendação do Ministério Público para ampliar as religiões representadas no centro ecumênico dos Jogos Olímpicos, o Comitê Organizador Rio 2016 não vai contemplar religiões de matriz africana, como umbanda e candomblé.

O locai vai oferecer cerimônias do cristianismo, islamismo, judaísmo, hinduísmo e budismo das 7h às 22h, com rituais em português, espanhol e inglês. Ao todo, mais de 10 mil atletas olímpicos e 4 mil paralímpicos de 200 países ficarão abrigados na Vila Olímpica.

Em 6 de julho, o Ministério Público Federal recomendou ao presidente do comitê, Carlos Arthur Nuzman, que revisse a medida. Ele tinha o prazo de cinco dias para responder, o que não aconteceu. O comitê também não se reuniu com a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa.

“O Brasil conta com mais de 588 mil adeptos de religiões de matriz africana, sendo que o estado do Rio de Janeiro concentra significativo número de seguidores dessas religiões”, argumentam os procuradores regionais de Direitos do Cidadão Ana Padilha e Renato Machado. Segundo o último censo do IBGE, há pouco mais de 148 mil seguidores fluminenses de religiões de matriz africana.

Eles citam o artigo 5º da Constituição, de acordo com o qual, todos são iguais e é "inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e liturgias".

O Ministério Público lembra ainda que, de acordo com o artigo 215 da Constituição, o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.

A Lei 12.288/2010 determina que o poder público adotará medidas para o combate à intolerância com religiões de matrizes africanas e à discriminação de seus seguidores.