terça-feira, 31 de julho de 2012

RECONHECIMENTO

"Verdadeiramente, este homem era justo" (Lc: 23, 47)

Somente após Jesus ter expirado no lenho é que o centurião reconheceu que ele era um homem justo!

Assim, não esperemos pelo aplauso do mundo. Busquemos, antes, a aprovação da consciência.

Semeemos sem pressa de colher, porque a semente cultivada não se antecipa à época que lhe é assinalada para produzir.

Ninguém nos usurpará o próprio valor.

Esperar pela gratidão de alguém é permanecer na expectativa do que nem JESUS teve.

O espírito, aonde vai, ostenta o mérito intransferível de seus esforços.

Não nos aflijamos pelo reconhecimento alheio. Existem pessoas que, emocionalmente,  se monstram descompensadas, porque, superestimando o que fazem, criam exagerada expectativa no que tange ao retorno por parte das pessoas a quem beneficiam.

A rigor, não estamos dando nada a ninguém; simplesmente, estamos devolvendo o que, de uma maneira ou outra, lhe tomamos...

Não nos coloquemos nunca na condição de benfeitores - isto ainda é tola pretensão de quem se arrasta no solo do Planeta!

Deus é o Dispensador de todas as bênçãos, que apenas vamos repassando, exercitando a nossa capacidade de amar.

Quantos não se deprimem porque não sabem tomar a iniciativa de amar, sem cogitar de serem amados?

Como a fonte que, ao dessedentar, não sente sede, quem ama não carece de ser amado, porque o amor que gera em si mesmo lhe basta a qualquer carência de afeto.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Equilíbrio

PENSAMENTOS SOBRE DEUS (Carl Gustav Jung)

"Tudo o que aprendi levou-me, passo a passo, a uma inabalável convicção sobre a existência de Deus. Eu só acredito naquilo que sei. E isso elimina a crença. Portanto, não baseio a Sua existência na crença … eu sei (grifo original) que Ele existe…. "
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"Não acredito em Deus, eu O conheço"

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"Faço meus pacientes entenderem que tudo o que lhes acontece contra a vontade deles é fruto de uma vontade superior. (…) Deus nada mais é do que essa força superior em nossa vida"
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“Eu não acredito, eu sei.”

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"A diferença entre a maioria dos homens e eu, reside no fato de que em mim as ‘paredes divisórias’ são transparentes. É uma particularidade minha. Nos outros, elas são muitas vezes tão espessas, que lhes impedem a visão; eles pensam, por isso, que não há nada do outro lado. [....] Quem nada vê não tem segurança, não pode tirar conclusão alguma, ou não confia em suas conclusões. Acho que meus pensamentos giram em torno de Deus como os planetas em torno do Sol, e são da mesma forma irresistivelmente atraídos por ele. Eu me sentiria como o maior pecador querer opor uma resistência a esta força. (…) compreendi que Deus – pelo menos para mim – era uma das experiências mais imediatas."

sexta-feira, 27 de julho de 2012

DAR E DEIXAR

Quando Cirilo Fragoso bateu às portas da Esfera Superior e foi atendido por um anjo que velava, solícito, com surpresa verificou que seu nome não constava entre os esperados do dia.

– Fiz muita caridade – alegou, irritadiço –, doei quanto pude. Protegi os pobres e os doentes, amparei as viúvas e os órfãos. Quanto fiz lhes pertence. Oh! Deus, onde a esperança dos que se entregaram às promessas do Cristo?

E passou a choramingar em desespero, enquanto o funcionário celestial, compadecidamente, lhe observava os gestos.
Fragoso traduzia o próprio pesar com a boca, no entanto, a consciência, como que instalada agora em seus ouvidos, instava com ele a recordar. Inegavelmente, amontoara vultosos bens. Atingira retumbante êxito nos negócios a que se afeiçoara e desprendera-se do corpo terrestre no cadastro dos proprietários de grande expressão. Não conseguira visitar pessoalmente os necessitados, porque o tempo lhe minguava cada dia, na laboriosa tarefa de preservação da própria fortuna, jamais obtivera folgas para ouvir um indigente, nunca pudera dispensar um minuto às mulheres infelizes que lhe recorriam à casa, entretanto, prevendo a morte que se avizinhava, inflexível, organizara generoso testamento. E assim, agindo à pressa, não se esquecera das instituições piedosas das quais possuía vago conhecimento, inclusive as que ele pretendia criar. Por isso, em quatro dias, dotara-as todas com expressivos recursos, encomendando-se-lhes às preces.

Não se desfizera, pois, de tudo, para exercer o auxilio ao próximo? Não teria sido, porém, mais aconselhável praticar a beneficência, antes da atribulada viagem para o túmulo?

Notando que o coração e a consciência duelavam dentro dele, rogou à entidade angélica tornasse em consideração a legitimidade das suas demonstrações de virtude, reafirmando que a caridade por ele efetuada deveria ser passaporte justo ao acesso ao paraíso.

O benfeitor espiritual declarou respeitar-lhe o argumento, informando, porém, que só mediante provas tangíveis advogar-lhe-ia a causa, junto aos poderes celestes.

Trouxesse Fragoso a documentação positiva daquilo que verbalmente apontava e defender-lhe-ia a entrada no Paço da Eterna Luz.

Cirilo deu-se pressa em voltar à Terra e, aflito, extraiu as notas mais importantes, com referência aos legados que fizera às associações pias, presentes e futuras, nas derradeiras horas do corpo, e retornou à presença do amigo espiritual, diante de quem leu em voz firme e confiante:

– Para os velhinhos de diversos refúgios, deixei quatrocentos mil cruzeiros.
Para os doentes de várias agremiações, deixei oitocentos mil cruzeiros.
Para a instalação de um hospital de câncer, deixei seiscentos mil cruzeiros.
Para a fundação do Instituto São Damião, em favor dos leprosos, deixei trezentos mil cruzeiros.
Para a assistência à infância desvalida, deixei quinhentos mil cruzeiros.
Para meus empregados, deixei quatro casas e seis lotes de terras, no valor de um milhão e duzentos mil cruzeiros.
Em mãos do meu testamenteiro, deixei, desse modo, a importância total de três milhões e oitocentos mil cruzeiros, para a realização de boas obras.

Terminada a leitura, reparou que o anjo não se mostrava satisfeito. Em razão disso, perguntou, ansioso:

– Não terei cumprido, assim, os preceitos de Jesus?

O interpelado, porém, aclarou, triste:

– Fragoso, é preciso pensar. Segundo o Evangelho, bem-aventurado é aquele que dá com alegria. Mas, realmente, você não deu. Suas anotações não deixam margem a qualquer dúvida. Você simplesmente deixou. Deixou, porque não podia trazer.

E porque Cirilo entrasse em aflitiva expectação, o anjo rematou:

– Infelizmente, seu lugar, por enquanto, ainda não é aqui.
De conformidade com os ensinamentos do Mestre Divino, onde situamos o tesouro de nossa vida aí guardaremos a própria alma. Seu testamento não exprime libertação. Quem dá, serve e passa. Quem deixa, larga provisoriamente. Você ainda não se exonerou das responsabilidades para com o dinheiro. Volte ao mundo e ampare aqueles a quem você confiou os bens que lhe foram emprestados pela Providência Divina e, ajudando-os a usá-los na caridade verdadeira, você conhecerá, com experiência própria, o desprendimento da posse. A morte obrigou-o a deixar. Agora, meu amigo, cabe-lhe exercitar a ciência de dar com alma e coração.

Foi assim que Cirilo Fragoso, embora acabrunhado, regressou à esfera dos homens, em espírito, a fim de aprender a beneficência com alicerces na renúncia.

(Obra: Contos e Apólogos - Chico Xavier/Irmão X)

quarta-feira, 25 de julho de 2012

1º Fórum da Mocidade Espírita na FEESP

A Federação Espírita do Estado de São Paulo (Feesp) promoverá no próximo domingo, dia 29 de julho, o seu 1º Fórum da Mocidade Espírita, voltado à pessoas na faixa etária dos 15 a 30 anos.

O Fórum terá como tema: “O Futuro do Brasil é Você”.

Como será que aplicamos nosso conhecimento espiritual?

Como será que aplicamos o conhecimento Espírita na Economia, Política, Tecnologia, Saúde, Meio Ambiente, Comunicação e Arte?

A proposta é refletir sobre a diferença que podemos fazer neste país para que se consolide o desejo de sermos o “Coração do Evangelho”. Trilhamos juntos, mas a reflexão é como trilhamos?

Compartilhamos informações, sentimentos, conhecimentos, mas como e o quê compartilhamos?

Regeneramos – Estamos na nova era, terceiro milênio, época de regenerar para sermos coadjuvantes da transição Planetária. Precisamos perceber o que regenerar.

A organização do evento é da Área de Infância, Juventude e Mocidade da Federação Espírita do Estado de São Paulo. Não há taxa de inscrição para o Fórum, mas, para participar, os interessados devem levar um quilo de feijão, arroz ou açúcar.

O 1º Fórum da Mocidade Espírita, dia 29 de julho será realizado das 8h às 18h, na sede da Federação Espírita do Estado de São Paulo, Rua Maria Paula, 140, bairro Bela Vista, capital paulista. Mais informações e inscrições podem ser feitas em http://fmecs.wordpress.com/.

Filme “E a Vida Continua…” estreia em setembro



Adaptado do livro de André Luiz e psicografado por Chico Xavier estreia no dia 14 de setembro o filme “E a Vida Continua…”. Com direção e roteiro de Paulo Figueiredo, conta com produção da Versátil Digital e participação especial do ator Lima Duarte.

DAS NASCENTES DO CORAÇÃO

"Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes.” (I Pe: 3, 8.)

De todos os tesouros que a Divina Providência te confiou, um deles é a piedade que podes libertar como um rio de bênçãos das nascentes do coração.
Pensa nas lágrimas que já te passaram pela existência e nunca derrames fel na trilha dos semelhantes. Para isso é necessário raciocines e te enterneças, entre a luz da compreensão e o apoio da caridade.
Compadecemos-nos facilmente dos irmãos tombados em necessidades materiais, cujos padecimentos nos sacodem as fibras mais íntimas, mas é preciso igualmente nos condoamos daqueles outros que se sentam diante da mesa farta arrasados de angústias, à face das provações que lhes desabam na vida.

Bastas vezes, perdemos lições e oportunidades preciosas para a aquisição de valores da Espiritualidade Maior, tão-somente por fixar a observação na face de situações e pessoas.
O entendimento fraternal, no entanto, é clarão da alma penetrando vida e sentimento em suas mais ignotas profundezas.
A vista disso, seja a quem for, abençoa e auxilia sempre.
Diante de quaisquer desequilíbrio ou entraves que te venham a surpreender na estrada terrestre, molha a tua palavra no bálsamo da compaixão, a fim de que te desincumbas dignamente do bem que te cabe cumprir.
Procedamos assim, onde estivermos, na certeza de que, em nos referindo à maioria de nós outros – os espíritos endividados da Terra -, todas as vantagens que estejamos desfrutando, à frente do próximo, não chegam até nós em função de merecimento que absolutamente não possuímos ainda, mas simplesmente em razão da misericórdia de Deus.
(Obra: Ceifa de Luz - Chico Xavier/Emmanuel)

terça-feira, 24 de julho de 2012

LAMENTÁVEL


"Mas alguns objetaram: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer com que este não morresse?" (Jo: 11, 37)

Os judeus extremistas, acompanhando Jesus a distância, sempre estavam a exigir dele maiores provas de seu Ministério Divino.

Antes da ressurreição de Lázaro, o Mestre, que já havia curado cegos e paralíticos, não havia feito o bastante para convencê-los.

E, ressuscitando o irmão de Marta e Maria, inquiriram por que ele, em vez de providenciar a sua ressurreição, o deixara morrer!

Através da postura dos judeus, em relação ao Cristo, é muito triste constatar como somos...

As nossas solicitações descabidas não tem fim.

Como, por exemplo, os judeus poderiam saber se o Senhor não teria sustentado a saúde de Lázaro até aquele exato momento?

Que homem, estando encarnado, poderia dizer que não permanece no corpo por anônima intervenção do Cristo, que, contra todos os prognósticos médicos, mantém o seu organismo em relativo estado de equilíbrio?

Para muitos, Ele deveria ter evitado a própria crucificação, contudo, se não pode faze-lo, deveria, pelo menos, ter evitado a morte... Ora, se fez algo mais maravilhoso ainda, que foi justamente ressurgir dos mortos, demonstrando que a Vida não termina no túmulo!

De fato, é lamentável observar que a Humanidade que integramos, desde os tempos do Cristo, praticamente continua a mesma. Tudo o que o Senhor tem feito, faz e ainda fará parace ser insuficiente para que lhe demos crédito e o aceitemos na Condição de Caminho, Verdade e Vida.

Somos pródigos em argumentos para não crer e, assim, não ter que mudar.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)

segunda-feira, 23 de julho de 2012

LEI DO RETORNO


“E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação .” (Jo: 5, 29)

Em raras passagens do Evangelho, a lei reencarnacionista permanece tão clara quanto aqui, em que o ensino do Mestre se reporta à ressurreição da condenação. Como entenderiam estas palavras os teólogos interessados na existência de um inferno ardente e imperecível? As criaturas dedicadas ao bem encontrarão a fonte da vida em se banhando nas águas da morte corporal. Suas realizações no porvir seguem na ascensão justa, em correspondência direta com o esforço perseverante que desenvolveram no rumo da espiritualidade santificadora, todavia, os que se comprazem no mal cancelam as próprias possibilidades de ressurreição na luz. Cumpre-lhes a repetição do curso expiatório. É a volta à lição ou ao remédio. Não lhes surge diferente alternativa. A lei de retorno, pois, está contida amplamente nessa síntese de Jesus. Ressurreição é ressurgimento. E o sentido de renovação não se compadece com a teoria das penas eternas. Nas sentenças sumárias e definitivas não há recurso salvador. Através da referencia do Mestre, contudo, observamos que a Providência Divina é muito mais rica e magnânima que parece. Haverá ressurreição para todos, apenas com a diferença de que os bons tê-la-ão em vida nova e os maus em nova condenação, decorrente da criação reprovável deles mesmos.
(Obra: Pão Nosso - Chico Xavier/Emmanuel)

Vida Em Risco

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Familiares Problemas

Desposaste alguém que não mais te parece a criatura ideal que conheceste. A convivência te arrancou aos olhos as cores diferentes com que o noivado te resguardava o futuro que hoje se fez presente.

Em torno, provações, encargos renascentes, familiares que te pedem apoio, obstáculos por vencer. E sofres.

Entretanto, recorda que antes da união falavas de amor e te mostravas na firme disposição em que assumiste os deveres que te assinalam agora os dias, e não recues da frente de trabalho a que o mundo te conduziu.

Se a criatura que te compartilha transitoriamente o destino não é aquela que imaginaste e sim alguém que te impõe difícil tarefa a realizar, observa que a união de ambos não se efetuaria sem fins justos e dá de ti quanto possível para que essa mesma criatura venha a ser como desejas.

Diante de filhos ou parentes outros que se valem de títulos domésticos para menosprezar-te ou ferir-te, nem por isso deixes de amá-los. São eles, presentemente na Terra, quais os fizemos em outras épocas, e os defeitos que mostrem não passam de resultados das lesões espirituais causadas por nós mesmos, em tempos outros, quando lhes orientávamos a existência nas trilhas da evolução.

É provável tenhamos dado um passo à frente. Talvez o contato deles agora nos desagrade pela tisna de sombra que já deixamos de ter ou de ser. Isso, porém, é motivação para auxílio, não para fuga.

Atentos ao princípio de livre arbítrio que nos rege a vida espiritual, é claro que ninguém te impede de cortar laços, sustar realizações, agravar dívidas ou delongar compromissos.
Divórcio é medida perfeitamente compreensível e humana, toda vez que os cônjuges se confessam à beira da delinqüência, conquanto se erija em moratória de débito para resgate em novo nível. E o afastamento de certas ligações é recurso necessário em determinadas circunstâncias, a fim de que possamos voltar a elas, algum dia, com o proveito preciso.
Reflete, porém, que a existência na Terra é um estágio educativo ou reeducativo e tão só pelo amor com que amamos, mas não pelo amor com que esperamos ser amados, ser-nos-á possível trabalhar para redimir e, por vezes, saber perder para realmente vencer.

(Obra: Na Era do Espírito - Chico Xavier/Emmanuel)

Ação da Amizade


A amizade é o sentimento que imanta as almas unas às outras, gerando alegria e bem-estar.
A amizade é suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da emoção sob os estímulos do entendimento fraternal.
Inspiradora de coragem e de abnegação. a amizade enfloresce as almas, abençoando-as com resistências para as lutas.
Há, no mundo moderno, muita falta de amizade!
O egoísmo afasta as pessoas e as isola.
A amizade as aproxima e irmana.
O medo agride as almas e infelicita.
A amizade apazigua e alegra os indivíduos.
A desconfiança desarmoniza as vidas e a amizade equilibra as mentes, dulcificando os corações.
Na área dos amores de profundidade, a presença da amizade é fundamental.
Ela nasce de uma expressão de simpatia, e firma-se com as raízes do afeto seguro, fincadas nas terras da alma.
Quando outras emoções se estiolam no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada dos homens que se estimam.
Se a amizade fugisse da Terra, a vida espiritual dos seres se esfacelaria.
Ela é meiga e paciente, vigilante e ativa.
Discreta, apaga-se, para que brilhe aquele a quem se afeiçoa.
Sustenta na fraqueza e liberta nos momentos de dor.
A amizade é fácil de ser vitalizada.
Cultivá-la, constitui um dever de todo aquele que pensa e aspira, porquanto, ninguém logra êxito, se avança com aridez na alam ou indiferente ao elevo da sua fluidez.
Quando os impulsos sexuais do amor, nos nubentes, passam, a amizade fica.
Quando a desilusão apaga o fogo dos desejos nos grandes romances, se existe amizade, não se rompem os liames da união.
A amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões dá-nos, até hoje, a dimensão do que é o amor na sua essência mais pura, demonstrando que ela é o passo inicial para essa conquista superior que é meta de todas as vidas e mandamento maior da Lei Divina.
(Obra: Momentos de Esperança - Divaldo Pereira Franco / Joanna de Angelis - LEAL.)

quarta-feira, 18 de julho de 2012

ANTE JESUS

Não compareças à frente do Cristo, presumindo-te iniciando na solução dos problemas do mundo. É possível que a tua experiência seja uma rede escura tecida com fragmentos de ilusão. Não procures o Divino Mestre, julgando-te forte entre os poderosos do dia. É provável que a tua segurança não resista ao mais leve sopro de sofrimento. Não busques Jesus como quem alcançou autoridade infalível entre os homens. É provável que o teu mandato de orientação às criaturas termine, ainda hoje, por determinação das forças superiores que regem a vida. Não te aproximes do Evangelho, impondo títulos, mesmo respeitáveis, que a Terra te conferiu à personalidade em trânsito no Plano Físico. Os títulos, por vezes, são meros enganos no jogo educativo das convenções sociais. Procuremos o Mestre, na posição de aprendizes. Conduzamos até Ele a receptividade da criança que, em se consagrando à simplicidade, pode acolher, sem aflição e sem mágoa, a diretriz regeneradora. A mente infantil permanece abençoada com o selo da renovação. Desconhece o mal, não vê inimigos, ignora a culpa, não comunga com a iniqüidade e não vê obstáculos para desculpar as ofensas, tantas vezes quantas se fizerem necessárias. Desfruta a paz, confia com sinceridade, aprende com presteza, sorri para a existência e, sobretudo, caminha com o espírito de surpresa, com que devemos agradecer, cada dia, as bênçãos do Criador da Vida Universal. Não te encarceres nas conceituações exclusivamente humanas. A vida é ascensão. Se procuras o Cristo, na feição do homem apenas raciocina, não abordarás com facilidade as lições do Evangelho, mas se buscares o Senhor, na condição da criatura que ama, tudo entenderás, caminhando feliz, ao encontro do Grande Futuro.
(Obra: Tocando o Barco - Chico Xavier/Emmanuel)

terça-feira, 17 de julho de 2012

GLÓRIA AO BEM


“Glória, porém, e honra e paz a qualquer que obra o bem.” (Rm: 2, 20)

A malícia costuma conduzir o homem a falsas apreciações do bem, quando não parta da confissão religiosa a que se dedica, do ambiente de trabalho que lhe é próprio, da comunidade familiar em que se integra.

O egoísmo fá-lo crer que o bem completo só poderia nascer de suas mãos ou dos seus. Esse é dos característicos mais inferiores da personalidade.

O bem flui incessantemente de Deus e Deus é o Pai de todos os homens. E é através do homem bom que o Altíssimo trabalha contra o sectarismo que lhe transformou os filhos terrestres em combatentes contumazes, de ações estéreis e sanguinolentas.

Por mais que as lições espontâneas do Céu convoquem as criaturas ao reconhecimento dessa verdade, continuam os homens em atitudes de ofensiva, ameaça e destruição, uns para com os outros.

O Pai, no entanto, consagrará o bem, onde quer que o bem esteja.

É indispensável não atentarmos para os indivíduos, mas, sim, observar e compreender o bem que o Supremo Senhor nos envia por intermédio deles.

Que importa o aspecto exterior desse ou daquele homem? que interessam a sua nacionalidade, o seu nome, a sua cor? Anotemos a mensagem de que são portadores. Se permanecem consagrados ao mal, são dignos do bem que lhes possamos fazer, mas se são bons e sinceros, no setor de serviço em que se encontram, merecem a paz e a honra de Deus.

(Obra: Caminho Verdade e Vida - Chico Xavier/Emmanuel)

segunda-feira, 16 de julho de 2012

COMO QUEREMOS

"Faça-se contigo como queres." (Mt: 15, 28)

As palavras acima foram ditas por Jesus à pobre mulher cananeia, que suplicava pela cura da filha endemoninhada, e que, sob o endosso da própria fé, logrou o materno intento de vê-la curada.

Não nos esqueçamos, porém, de que, por vezes, a Lei igualmente permite que tudo se nos faça conforme queremos, mesmo sabendo que nem sempre estamos empenhados na obtenção do melhor.

Evitemos, pois, acalentar ardorosamente o que não nos convenha.

Não mentalizemos o que, caso se concretize, nos trará imensos dissabores.

Se existem forças que concorrem para o nosso bem, existem aquelas que conspiram contra a nossa paz, e que, solícitas, acorrem à nossa menor inclinação ao mal.

De tanto insistirmos, a Lei Divina, não raro, delibera ceder ao nosso livre-arbítrio para que venhamos a aprender com as consequências da nossa insensatez.

Quantos, depois de obterem o que "pedem", se arrependem amargamente ! Quantos, sem poder, não gostariam de se livrar, de imediato, do que foram longe buscar com suas mãos!

Muitas vezes, não ter o que se quer é ser verdadeiramente feliz, e não alcançar o que se deseja é safar-se de perigo real.

A vida do homem é sempre escolhida previamente por ele, através do que delibero fazer ou não fazer ou das circunstâncias imprescindíveis ao seu aprendizado.

O homem, na sua atual conjuntura evolutiva, deveria temer ouvir, da parte de Deus, o que costuma dizer um pai ao virar as costas ao filho rebelde aos seus alvitres: - "Faça-se contigo como queres" !

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

domingo, 15 de julho de 2012

TOLERÂNCIA RELIGIOSA

"Pois quem não é contra nós é por nós." (Mc: 9, 40)

A lição de Jesus sobre tolerância religiosa tem sido esquecida por muita gente.

E não nos reportamos apenas aqueles que, inadvertidamente, combatem os que pertencem a outras crenças, mas também, e principalmente, aos que, por inflexib>ilidade de opinião, se opõem aos próprios companheiros de fé.

No episódio que comentamos, João, em nome de uma pretensa pureza doutrinária, comunica ao Mestre: "... vimos um homem que em teu nome expelia demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não seguia conosco."

Vejamos que os próprios seguidores diretos de Jesus, em seu nome, reivindicavam para si a primazia, inclusive, de aliviar o sofrimento alheio. Aquele homem anônimo não estava contrariando os princípios da fraternidade que o Mestre apregoava e, tampouco, não disputava discípulos entre os que os apóstolos arrebanhavam. Ele simplesmente "expelia demônios", porque era óbvio que João e seus amigos, por  mais se esforçassem, não poderiam atender a todos.

De maneira geral, sem excluir nenhuma, os adeptos das mais diversas crenças religiosas, notadamente os espíritas, têm muito que aprender no que tange à Verdade, que não é propriedade de ninguém em particular.

A rigor, para seguir Jesus, ninguém carece de se filiar a qualquer crença formal - basta-lhe, para tanto, que vivencie o amor que Ele nos ensinou!

A posição inflexível dos ortodoxos tem, ao longo do tempo, impedido que as ovelhas, espalhadas em diversos rebanhos, se reúnam no mesmo aprisco, sob a égide do Divino Pastor.

Por este motivo, contrariando o conceito exterior de pureza, tão a gosto dos judeus conservadores, Jesus sempre se sentava à mesa sem lavar as mãos.

(Obra: Saúde Metal À Luz do Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

ALÉM DA MORTE


Todos os dias chegam corações atormentados, além da morte.

E apesar do horizonte aberto, jazem no chão como pássaros mutilados.

Loucos, sob a hipnose da ilusão.

Suicidas, descrentes dos próprios méritos.

Criminosos sentenciados no tribunal da própria consciência.

Malfeitores que furtaram de si mesmos.

Doentes que procuraram a enfermidade.

Infelizes a se imobilizarem nas trevas.

Alcançando a Grande Luz, assemelham-se a cegos da razão ante a sabedoria da natureza.

Por mais se lhes mostre a harmonia do Universo e por muito se lhes fale dos objetivos da vida, continuam desditosos e atormentados.

Há quem diga que os chamados mortos nada têm a ver com os chamados vivos, entretanto, como os chamados vivos, de hoje, serão os chamados mortos de amanhã com possibilidade de se perturbarem uns aos outros - caso perseverem na ignorância - cultivem na Doutrina Espírita o instituto mundial de esclarecimento da alma, a fim de que o pensamento regenerado consiga redimir as suas próprias criações que substancializam a experiência da Humanidade nas várias nações da Terra.

A mensagem é a semente de luz.

Ouçamos, assim, todos nós, encarnados e desencarnados, a palavra de amor e exortação que nos é trazida ao entendimento, assimilando-lhe os valores imperecíveis porque, em verdade, andam sempre avisados e felizes os que trazem consigo "os olhos de ver" e "os ouvidos de ouvir".


(Psicografada por Chico Xavier/Espírito André Luiz - em Uberaba, a 13 de janeiro de 1960)

Liberdade com Responsabilidade


quarta-feira, 11 de julho de 2012

DAR



As maiores transformações de nossa vida surgem, quase sempre das doações que fizermos.

Dar, na essência, significa abrir caminhos, fundamentar oportunidades multiplicar relações.

Muitos acreditam ainda que o ato de auxiliar procede exclusivamente daqueles que se garantem sobre poderes amoedados. Em verdade, ninguém subestime o bem que
o dinheiro doado ou emprestado consegue fazer; entretanto não se infira daí que a doação seja privilégio dos irmãos transitoriamente chamados à mordomia da finança terrestre.

Todos, podemos oferecer consolação, entusiasmo, gentileza, encorajamento.

Às vezes, basta um sorriso para varrer a solidão. Uma frase de solidariedade é capaz de estabelecer vida nova no espírito em que o sofrimento crestou a esperança.

A rigor, todas as virtudes têm a sua raiz no ato de dar. Beneficência, doação de recursos próprios. Paciência, doação de tranqüilidade interior.

Tolerância, doação de entendimento. Sacrifício, doação de si mesmo.

Toda dádiva colocada em circulação volta infalivelmente ao doador, suplementada de valores sempre maiores.

Quem deseje imprimir mais rendimento e progresso em suas tarefas e obrigações, procure ampliar os seus dispositivos de auxilio aos outros e observará sem delonga os resultados felizes de semelhante cometimento. Isso ocorre porque em todo o Universo as Leis Divinas se baseiam em amor -- no que, no fundo, é a onipresença de Deus em doações eternas.

Em qualquer soma de prosperidade e paz, realização e plenitude, o serviço ao próximo é a parcela mais importante, a única aliás, suscetível de sustentar as outras atividades que compõem a estrutura do êxito.

Dá do que possas e tenhas, do que sejas e representes, na convicção de que a tua dádiva é investimento na organização crediária da vida, afiançando os saques de recursos e forças dos quais necessites para o caminho.

"Dá e dar-se-te-á" -- ensinou-nos o Cristo de Deus.

Unicamente pela benção de dar é que a vida de cada um de nós se transformará numa benção.


(Obra: Alma e Coração - Chico Xavier / Emmanuel)

terça-feira, 10 de julho de 2012

O CAMINHO


- Contudo, Senhor, e o caminho para o Céu?

Jesus, então, sorriu benevolente e esclareceu:

- O caminho celeste é o dia que ó Pai nos concede, quando aproveitado por nós na prática do bem. Cada hora, desse modo, transforma-se em abençoado trecho dessa estrada divina, que trilharemos até o encontro com a grandeza e a perfeição do Supremo Criador, e cada oportunidade de bom serviço, durante o dia, é um sinal da confiança de Deus, depositada em nós. Quem aproveita o ensejo de ser útil, caminha para o Alto e avança na senda sublime, mas os que fogem ao trabalho edificante perdem o tempo e demoram-se à retaguarda, lutando com os
perigosos monstros da preguiça e do mal.

O Mestre fez longa pausa e, depois, acariciando a fronte de Leonardo, que se desfazia em pranto, perguntou:

— Por que fugiste à ocasião de ser bom, meu filho?


(Obra: O Caminho Oculto - Chico Xavier / Veneranda)

sexta-feira, 6 de julho de 2012

TEXTO DE TRATAMENTO


Perfeitamente compreensível:
  • que você atravesse crises de imperfeição e sofra contratempos;
  • que repouse em complicados enganos e acorde em vasto círculo de provas;
  • que experimente influências obsessivas e padeça disso as conseqüências;
  • que lute com tentações, sendo igualmente, muitas vezes, um campo de problemas para os outros;
  • que sinta cansaço e desilusão a lhe agravarem as sensações de fadiga;
  • que você reconheça os próprios erros, mantendo difícil resistência para não cair neles novamente.
Tudo isso é compreensível, porque somos ainda criaturas humanas, muito longe ainda do clima dos anjos.

O que não se entende, porém, é que você, por isso, deixe de trabalhar na oficina do bem, porque o trabalho na oficina do bem é o único meio de conseguirmos o tratamento necessário, a fim de seguirmos adiante, nos caminhos de elevação.

(Obra: Buscas e Acharás - Chico Xavier/Emmanuel)

quarta-feira, 4 de julho de 2012

TEXTO ANTIDEPRESSIVO



Quando você se observar, à beira do desânimo, acelere o passo para frente, proibindo-se parar.

Ore, pedindo a Deus mais luz para vencer as sombras.

Faça algo de bom, além do cansaço em que se veja.

Leia uma página edificante, que lhe auxilie o raciocínio na mudança construtiva de idéias.

Tente contato de pessoas, cuja conversação lhe melhore o clima espiritual.

Procure um ambiente, no qual lhe seja possível ouvir palavras e instruções que lhe enobreçam os pensamentos.

Preste um favor, especialmente aquele favor que você esteja adiando.

Visite um enfermo, buscando reconforto naqueles que atravessam dificuldades maiores que as suas.

Atenda às tarefas imediatas que esperam por você e que lhe impeçam qualquer demora nas nuvens do desalento.

Guarde a convicção de que todos estamos caminhando para adiante, através de problemas e lutas, na aquisição de experiência, e de que a vida concorda com as pausas de refazimento das nossas forças, mas não se acomoda com a inércia em momento algum.


(Obra: Busca e Acharás - Chico Xavier/André Luiz)

terça-feira, 3 de julho de 2012

OUVIREMOS TAMBÉM





"Se tu és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo." (Lc: 23, 37)


Qual ouviu Jesus, nos momentos mais decisivos, ouviremos também desafios à nossa capacidade de reverter uma situação desfavorárel.

Em vez de apoio, receberemos críticas e seremos alvos de zombaria.

Comumente, as pessoas nos falham nos instantes em que mais delas revelamos necessidade.

Não sejamos assim ou, antes, não tripudiemos sobre as fraquezas do próximo.

Na hora da dor moral, não é a vez de especular sobre as suas causas, procurando culpados.

Sempre que não pudermos auxiliar alguém, silenciemos.

As palavras desafiadoras que os soldados lançaram a Jesus lhe doeram muito mais que os cravos nas mãos e a coroa de espinhos na fronte...

Os que estimam pisar sobre os que já se encontram caídos, não sabem medir as consequências de seu insano gesto de pretensa superioridade.

A não ser o Mestre Divino, que homem pode dar lições de moral a outro? Quem se sentirá completamente imune à queda? Qual de nós poderá ter a vida vasculhada?

O ato de socorrer não nos confere o direito de recriminar a quem socorremos.

A caridade em silêncio diz tudo sem necessidade de articular uma só palavra.

Amenizemos o peso do fardo sobre os ombros alheios sem a menor censura à invigilância de quem a transporta, porque, também para nós, chegará o momento em que, mesmo bem-intencionada, a palavra de recriminação de quem nos auxilia será como receber um tapa no rosto.


(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)