sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

EM VERDADE

"Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada." (Mr: 24, 2)

Em verdade, todos os valores fictícios desaparecerão.
Tudo a que o homem se agarra no mundo haverá de passar.
O espírito prevalecerá sobre a matéria.
A vitória definitiva da Luz é apenas questão de tempo.
As ilusões se confundirão com o pó.
Os prazeres efêmeros cederão lugar a sensações espirituais duradouras.
Fama e glória rolarão do pedestal das vaidades humanas.
O homem mais orgulhoso dobrará a cerviz e reconhecerá a grandeza de Deus.
Vivenciará a legítima fraternidade.
Tudo terá, nada possuindo.
O que é exterior não mais terá para ele importância alguma.
Desperto do seu milenar sono letárgico, viverá com lucidez para sempre.
Amará, sem a expectativa de ser amado.
Encontrará alegria no que, antes, lhe era causa de tristeza.
Jamais se cansará de doar-se de maneira constante.
O próximo haverá de ser o seu próprio reflexo, pois somente nele a sua
felicidade se completará.
Nas mínimas coisas que faça, a sua vontade será fazer a Vontade de Deus.
Então, por fim, o mundo se regenerará e, do homem velho,
não restará pedra sobre pedra...

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Cura Espiritual

Comece orando. 
A prece é luz na sombra em que a doença se instala. 
-
Semeie alegria. 
A esperança é alegria no coração. 
-
Fuja da impaciência. 
Toda irritação é desastre magnético de conseqüências imprevisíveis. 
-
Guarde confiança. 
A dúvida deita raios de morte. 
-
Não critique. 
A censura é choque nos agentes da afinidade. 
-
Conserve brandura. 
A palavra agressiva prende o trabalho na estaca zero. 
-
Não se escandalize. 
O corpo de quem sofre é objeto sagrado. 
-
Ajude espontaneamente para o bem. 
Simpatia é cooperação.
-
Não cultive os desafetos. 
Aversão é calamidade vibratória. 
-
Interprete o doente qual se fosse você mesmo. 
Toda cura espiritual lança raízes sobre a força do amor." 

André Luiz (in O ESPÍRITO DA VERDADE - Chico Xavier e Waldo Vieira, por espíritos diversos, ed. Feb, 171. edião, n., 53 - p. 183/


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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Oração do Natal - Chico Xavier

O Cristo

O Cristo não veio destruir a lei, isto é, a lei de Deus; veio cumpri-la, isto é, desenvolvê-la, dar-lhe o verdadeiro sentido e adaptá-la ao grau de adiantamento dos homens. Por isso é que se nos depara, nessa lei, o principio dos deveres para com Deus e para com o próximo, base da sua doutrina. Quanto às leis de Moisés, propriamente ditas, ele, ao contrário, as modificou profundamente, quer na substancia, quer na forma. Combatendo constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpretações, por mais radical reforma não podia fazê-las passar, do que as reduzindo a esta única prescrição: "Amar a Deus acima de todas as coisas e o próximo como a si mesmo", e acrescentando: aí estão a lei toda e os profetas. 

Por estas palavras: "O céu e a Terra não passarão sem que tudo esteja cumprido até o último iota", quis dizer Jesus ser necessário que a lei de Deus tivesse cumprimento integral, isto é, fosse praticada na Terra inteira, em toda a sua pureza, com todas as suas ampliações e conseqüências. Efetivamente, de que serviria haver sido promulgada aquela lei, se ela devesse constituir privilégio de alguns homens, ou, sequer, de um único povo? Sendo filhos de Deus todos os homens, todos, sem distinção nenhuma, são objeto da mesma solicitude. 
4. Mas, o papel de Jesus não foi o de um simples legislador moralista, tendo por exclusiva autoridade a sua palavra. Cabia-lhe dar cumprimento às profecias que lhe anunciaram o advento; a autoridade lhe vinha da natureza excepcional do seu Espírito e da sua missão divina. Ele viera ensinar aos homens que a verdadeira vida não é a que transcorre na Terra e sim a que é vivida no reino dos céus; viera ensinar-lhes o caminho que a esse reino conduz, os meios de eles se reconciliarem com Deus e de pressentirem esses meios na marcha das coisas por vir, para a realização dos destinos humanos. Entretanto, não disse tudo, limitando-se, respeito a muitos pontos, a lançar o gérmen de verdades que, segundo ele próprio o declarou, ainda não podiam ser compreendidas. Falou de tudo, mas em termos mais ou menos implícitos. Para ser apreendido o sentido oculto de algumas palavras suas, mister se fazia que novas idéias e novos conhecimentos lhes trouxessem a chave indispensável, idéias que, porém, não podiam surgir antes que o espírito humano houvesse alcançado um certo grau de madureza. A Ciência tinha de contribuir poderosamente para a eclosão e o desenvolvimento de tais idéias. Importava, pois, dar à Ciência tempo para progredir. 
 
(O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo I)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

CAMINHO


 "Disse-lhes Jesus: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens." - Marcos, cap.1 - v.17
 
Jesus é o caminho a ser seguido.
Não existem atalhos para ele.
Quem anda à procura do que é correto não insista em contemporizar com as ilusões.
Todo conflito íntimo da criatura origina-se da tentativa de submeter o que é divino ao que é humano.
Quem faz opção pela cruz igualmente faz opção pela taça de fel do sacrifício e da transcendência.
Não há como seguir o Cristo com devotamento parcial.
A fé não pode ser mera formalidade.
Qual tem sido o nosso relacionamento com Deus ? Simples obrigação social, como para a maioria 
que abarrota os templos religiosos ?
As Leis Divinas não negociam com o que é sagrado. Inútil, pois, que tentemos corrompê-las ao
preço íntimo de nossos interesses escusos.
Não reservemos a melhor parte de nós para o mundo, consentindo em entregar ao Senhor as
migalhas do que somos.
É, talvez, mais fácil o homem viver sem oxigênio do que o espírito viver sem Deus !
O fanatismo religioso é de quem aceita Deus como Pai, mas não aceita o homem como seu irmão.
Jesus Cristo no coração é equilíbrio na cabeça. Por isso, o Evangelho é, por excelência, o livro
da saúde mental.
Mas não nos esqueçamos de que a verdadeira religiosidade consiste em amar a Deus no próximo,
e não ao próximo em Deus.
 
(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

VEM, HOJE


O convite do Senhor é claro e vazado em termos de síntese:
"Vem hoje trabalhar na minha Vinha !"
Hoje, na Vinha do Senhor, é o imperativo para que produzamos no bem, a fim de que, no futuro, possamos recolher na messe da luz a contribuição da claridade que esparzimos.
Nesse sentido, o apelo do Mestre determina, também, o campo de trabalho.
Nem a esfera da divagação filosófica nem o campo da investigação científica incessante, nem a contemplação religiosa fantasista da oração inoperante.
A Sua Vinha são as dores do mundo, os tormentos e percalços, os mananciais de lágrimas e os rios de sofrimento...
Refletir filosofando, perquirir examinando, para crer ajudando.
"Vem hoje trabalhar na minha Vinha", ainda é apelo para nós, dos mais veementes e concisos.
Eis um ângulo da Vinha do Senhor no qual somente os afervorados discípulos se dispõem a trabalhar:  o inadiável socorro aos irmãos desencarnados em
aflição pelo contributo do intercâmbio mediúnico. Ante eles, nem o azedume do fastio emocional, nem a prepotência da vaidade humana, tão-pouco a
imposição do desequilíbrio.
A palavra de ordem, o roteiro de fé e a compreensão fraterna do trabalhador que na Vinha do Senhor não tem outra meta senão ajudar a fim de ajudar-se,
eficazmente, porquanto amanhã estará, também, transitando pelos mesmos caminhos.

(Obra: Depoimentos Vivos - Divaldo P.Franco/João Cleofas)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Você...?

Você que se diz cristão, pergunte-se a si mesmo há quanto tempo não visita um barraco, não vela a dor de um enfermo que não seja seu parente, não se aproxima de um miserável nas bordas dos lixões de sua cidade.

Você, que sonha tanto com a ajuda de Jesus, há quanto tempo tem deixado Jesus sozinho nos ambientes sórdidos da miséria?

Quantas vontades pessoais você deixou de realizar para fazer apenas um dos desejos do Cristo?

Pense, sem ter medo de se envergonhar, há quanto tempo você não faz alguma coisa a mais do que dar uns trocados para ajudar, há quanto tempo se limita a dar cestas de alimento a instituições sem levá-las aos famintos, há quanto tempo não vê uma criança pobre com o nariz escorrendo pedindo seu lenço, há quanto tempo só se limita a rezar em templos, em centros espiritas, a conversar com entidades, a esclarecer obsessores, a fazer da sua fé, apenas um momento limpo e perfumado, nos ambientes protegidos das instituições religiosas, em cerimônias suntuosas ou barulhentas?

Quando precisamos de Jesus sempre o localizamos. No entanto, por que, quando Ele precisa de nós, raramente nos encontra e quando nos acha, nunca estamos disponíveis?

Como desejamos encontrar Jesus se dificilmente andamos pelos mesmos caminhos que Ele anda, carregando a nossa cruz sem reclamar e ajudando os que precisam?

Isso não é ser cristão.

É apenas fantasiar-se de ...

Não nos esqueçamos:

Para os sepulcros caiados por fora, mas podres por dentro, haverá sempre pranto e ranger de dentes.

 (Obra: Sob as Mãos da Misericórdia – André Luiz Ruiz/Pelo Espírito Lucius)

domingo, 14 de dezembro de 2014

OBSTÁCULOS

Diante dos obstáculos, fazer o melhor e seguir para a frente. 
Sempre desapontamos alguém e sempre alguém nos desaponta.
Assim como nem todos podem habitar o mesmo sítio, nem  todos conseguem partilhar as mesmas idéias. 
Nunca explodir, gritar, irar-se ou desanimar e sim trabalhar. 
Depois de um problema, aguardar outros. 
O erro ensina o caminho do acerto e o fracasso mostra o ca- minho da segurança. 
Toda realização é feita pouco a pouco. 
Nos dias de catástrofe, nada de cólera ou de acusação contra  alguém, e sim a obrigação clara de repormos o comboio do servi- ço nos trilhos adequados e seguir adiante. 
Quem procura o bem, decerto que há de sofrer as arremetidas do mal. 
Plantar o bem, através de tudo e de todos, por todos os meios lícitos ao nosso alcance,compreendendo que, se em matéria de  colheita Deus pede tempo ao homem, o homem deve entregar o  tempo a Deus.

Aliviar

É apenas uma frase que o nosso Emmanuel, presente, nos recomenda
à atenção, quando Jesus disse: - "Vinde a mim todos vós que estais
fatigados, eu vos aliviarei..."  É uma promessa que não envolve nenhum
sentimento de prodígio ou de suposto milagre. "Vinde a mim" - Ele não
cogitou da procedência dos viajores; se eram bons, se eram maus
querendo ficar bons, se eram meio bons... A marcha não ia parar...
"Vinde a mim" - nada de colocar um ponto final em sua marcha própria...
Não prometeu também retirar a carga de ninguém, não prometeu nada,
apenas alívio para continuarmos a marcha. Aliviar para quê? Para
continuar o serviço, para continuar a tarefa...
(Obra: O Evangelho de Chico Xavier - Carlos Antônio Baccelli )

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O Caminho

- O Amor é o caminho que torna tudo mais fácil, evitando que o espírito, por séculos e séculos, voluteie em torno de si mesmo ! - respondeu o Mentor, com precisão.
- O Amor faz com que o espírito cumpra a sua trajetória em linha retilínea... Por esse motivo, ele está acima da Verdade.
Quem sabe amar, sabe o essencial, porque a conquista do Amor implica a conquista da Sabedoria. O verdadeiro sábio é aquele que ama e aquele que verdadeiramente ama é um sábio. Todas essas etapas evolutivas e outras mais que possam existir existem com o único objetivo de que o homem aprenda a amar. Quem sabe amar, nada mais tem para saber.
Jesus resumiu toda a Lei e a sabedoria dos profetas, num único mandamento: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo"!

(Obra Infinitas Moradas - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

A Grande Transição

Opera-se, na Terra, neste largo período, a grande transição anunciada pelas Escrituras
e confirmada pelo Espiritismo.
O planeta sofrido experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e
atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição
moral.
Isto porque, os espíritos que o habitam, ainda estagiando em faixas de inferioridade, estão
sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso
moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade.
Os espíritos renitentes na perversidade, nos desmandos, na sensualidade e na vileza, estão
sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as conseqüências
dos seus atos ignóbeis, assim renovando-se e predispondo-se ao retorno planetário, quando
recuperados e decididos ao cumprimento das leis de amor.
Por outro lado, aqueles que permanecem nas regiões mais infelizes estão sendo trazidos à
reencarnação, de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de aprendizado,
modificando os hábitos desditosos a que se tem submetido, podendo avançar sob a
governança de Deus.
Da mesma forma, missionários do amor e da caridade, procedentes de outras Esferas,

estarão revestindo-se da indumentária carnal, para tornar esta fase de luta iluminativa
mais amena, proporcionando condições dignificantes que estimulem ao avanço e à felicidade.
Não serão apenas o cataclismos físicos que sacudirão o planeta, como resultado da lei de
destruição
, geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem
das árvores, a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes
com a chegada da primavera, mas também os de natureza moral, social e humana que
assinalarão os dias tormentosos que já se vivem.
A loucura, decorrente do materialismo dos indivíduos, atira-os nos abismos da violência  e
da insensatez, ampliando o campo do desespero que se alarga em todas as direções.
A turbulência vence a paz, o conflito domina o amor, a luta desigual substitui a fraternidade.
... Mas essas ocorrências são apenas o começo da grande transição...
O indivíduo que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se
vêm operando no planeta.
Logo passado o período de aflição, chegará o da harmonia.
Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de
irrestrita confiança em Deus.

(Obra: Jesus e Vida - Divaldo Franco/Joanna de Ângelis)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

POR ONDE ANDAMOS?



"Ora, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso..."  (Mt: 26, 6)

Convém que, de quando em quando, façamos uma avaliação do caminho que até agora
temos percorrido na vida.
Por onde temos andado ?
Muitos só frequentam lugares que lhes permitam ignorar o sofrimento que existe em torno...
Por conveniência, afim de não serem incomodados pela visão da necessidade alheia, participam apenas de altas rodas sociais.
Voluntariamente, vivem à distância da dor, rindo ruidosamente, para que não tenham os ouvidos perturbados pelos que pranteiam a própria desventura.
Às vésperas de ser preso, Jesus estava na casa de Simão, o leproso.
Em sua trajetória terrestre, jamais evitou a presença dos "filhos do Calvário", que procurava
atender a cada passo de sua abençoada jornada.
Sentindo que sua hora era chegada, em vez de procurar conforto espiritual nas sinagogas ou
nos palacetes de Jerusalém, o Mestre, por instantes, refugiou-se na casa de conhecido leproso, marcado pelas mais rudes provações, quem sabe, nos exemplos daquele homem, arregimentando forças para o testemunho inevitável.
Os que socorremos são justamente aqueles que nos amparam, quando, olhando ao redor,
reconhecemos não poder contar mais com a proteção daqueles que sempre estavam conosco
nos momentos de felicidade.
Foi, sim, na casa de um leproso, que por Ele não fora curado, mas ao qual não negara o seu
apreço e amizade, que Jesus, ao sentir-se abandonado, inclusive pelos companheiros mais
próximos, foi se refugiar.
No espírito daquele homem afligido pela lepra, a fé era robusta e não vacilava.


(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Respostas

As respostas às indagações formuladas pelos visitantes de Chico Xavier foram dadas por André Luiz que, por sinal, revestiu de novas palavras e nova forma de expressão os ensinos espíritas sobre a finalidade da vida humana na Terra. Os Espíritos do Senhor são bons professores e não se cansam de repetir as lições para os alunos desatentos, revestindo-as das mais diferentes roupagens a fim de atingirem a compreensão de todos. O Educandário da Terra é orientado pela Pedagogia do Céu, cujo método fundamental é o amor.
Fredrich Myers, o famoso psicólogo inglês, em seus estudos sobre a personalidade humana, verificou que a nossa consciência se divide em duas partes essenciais: a supraliminar e a subliminar. Encontrou isso nos seus estudos espíritas, confirmados por suas pesquisas hipnóticas. A consciência supraliminar é a que utilizamos no mundo, adaptada às exigências da vida material. A consciência subliminar é a que se destina ao mundo espiritual, onde teremos de viver depois da morte.
Podemos figurar a consciência como uma esfera cortada ao meio, uma laranja partida em duas metades. Esse corte é o limiar. A metade que fica acima dele é a que Myers chamou de supraliminar; a que fica abaixo é a subliminar. A parte de cima está cheia de indagações sobre a vida e a morte. A parte de baixo encerra todas as respostas. Porque a vida no mundo é um aprendizado e para aprender temos de enfrentar muitos problemas e procurar resolvê-los. Na consciência subliminar – a parte de baixo, – armazenamos o aprendizado feito em várias encarnações. Mas esse aprendizado não está completo e é por isso que voltamos ao Educandário Terreno. Quando uma prova difícil desafia a consciência supraliminar, a consciência de baixo, a subliminar, a socorre com os recursos provenientes das experiências anteriores.
Mas a consciência subliminar – a de baixo, – é a que está em ligação com o mundo espiritual, adaptada a ele e não ao mundo terreno. Por isso, a Parapsicologia hoje nos mostra que a percepção extra-sensorial provém do inconsciente. E é por intermédio dessa consciência interna e profunda que os Espíritos nos socorrem com suas intuições. Meditando sobre isso, compreenderemos melhor a lição de André Luiz: “A Terra é um educandário em cujas lições somos todos alunos e examinadores uns dos outros”.

(Obra: Astronautas do Além - Chico Xavier / J. Herculano Pires)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

UM DIA

Um dia, verás a ti mesmo em plano diferente.
Parecer-te-á, então, haver acordado de um sono profundo e, por isso mesmo, tudo te surpreenderá. Amigos que não vias, há muito tempo, se aproximarão de ti, estendendo-te as mãos. Perguntarás a vários deles: onde estavas que não mais te encontrei? Por que te distanciaste de mim? Todos te abraçarão, com a alegria a lhes fulgurar nos olhos, Fitarás as árvores carinhosamente podadas, formando corações que palpitarão de vida, plantas outras, mostrando as frondes entrelaçadas, lembrando mãos que se tocam afetuosamente. Respirarás profundamente, reconhecendo, assim, as qualidades nutrientes do no ambiente em que te virás...
Naquela festa de almas, porém, um homem de olhar manso desce de um torreão brilhante e caminha na direção dele.
Em vão, o recém-chegado tenta retirar dele os olhos magnetizados pelo amor que o desconhecido irradia. Ele caminha serenamente a fixá-lo com bondade, com a familiaridade de quem o conhecia.

- “Ah! – pensou o recém-vindo decerto que este amigo me conhece, de longo tempo”.

A custo, venceu a própria indecisão, e indagou do companheiro mais próximo:

- “Quem é este homem que está chegando até nós”?.

- “É o Mensageiro da Vida”.

Não houve tempo para outras inquirições.
Efetivamente, aquela simpática e estranha personagem lhe endereçou saudações fraternas e segurando-lhe a destra, qual se nela conseguisse ler todas as minudências da sua vida, não lhe perguntou pelo próprio nome, nada argüiu quanto à família a que pertencera ou à posição que exercera... Apenas pousou nele demoradamente os olhos azuis e perguntou-lhe:

-“Amigo, o que fizeste?”

(Obra: A Semente de Mostarda - Chico Xavier/Emmanuel