quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

COMEÇAR DE NOVO

Erros passados, tristezas contraídas, lágrimas choradas,desajustes crônicos!...
Às vezes, acreditas que todas as bênçãos jazem extintas, que todas as portas se mostram cerradas à necessária renovação!...

Esqueces-te, porém, de que a própria sabedoria da vida determina que o dia se refaça a cada manhã. Começar de novo é o processo da Natureza, desde a semente singela ao gigante solar.
Se experimentaste o peso do desengano, nada te obriga a permanecer sob a corrente do desencanto. Reinicia a construção de teus ideais, em bases mais sólidas, e torna ao calor da experiência, a fim de acalentá-los em plenitude de forças novas.

O fracasso visitou-nos em algum tentame de elevação, mas isso não é motivopara desgosto e autopiedade, porquanto, freqüentemente, o malogro de nossosanseios significa ordem do Alto para mudança de rumo, e começar de novo é o caminha para o êxito desejado.

Temos sido desatentos, diante dos outros, cultivando indiferença ou ingratidão; no entanto, é perfeitamente possível refazer atitudes e começar de novo a plantação da simpatia, oferecendo bondade e compreensão àqueles que nos cercam.

Teremos perdido afeições que supúnhamos inalteráveis; todavia, não será justo, por isso, que venhamos a cair em desânimo. O tempo nos permite começar de novo, na procura dasnossas afinidades autênticas, aquelas afinidades suscetíveis de insuflar-nos coragem para suportar as provações do caminho e assegurar-nos o contentamento de viver.

Desfaçamo-nos de pensamentos amargos, das cargas de angústia, dos ressentimentos que nos alcancem e das mágoas requentadas no peito!

Descerremos as janelas da alma para que o sol do entendimento nos higienize e reaqueça a casa íntima. Tudo na vida pode ser começado de novo para que a lei do progresso e de
aperfeiçoamento se cumpra em todas as direções.

Efetivamente, em muitas ocasiões, quando desprezamos as oportunidades e tarefas que nos são concedidas na Obra do Senhor, voltamos tarde a fim de revisá-las e reassumi-las,
mas nunca tarde demais...


Emmanuel
(Do livro "Alma e Coração", Francisco Cândido Xavier)

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