quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

CHAMAMENTOS


Aguça os ouvidos e assinalarás os múltiplos chamados do Senhor ao testemunho de serviço, em teu próprio aperfeiçoamento, cada dia.
Os apelos do Céu ressoam por toda parte, sem palavras, sem abalo, sem ruído...
Repara: – é a dureza de coração que te convida ao exercício da piedade;
é a dor que te pede reconforto balsamizante;
é a calúnia que te reclama o esforço heroico do perdão com absoluto esquecimento do mal;
é a sombra que espera por tua lâmpada acesa na inspiração do bem;
é o cipoal da discórdia que te aguarda a bênção de harmonia...
Não olvides que o Senhor apeia para a tua bondade e para a tua compreensão, para a tua paciência e para a tua capacidade de servir, em todos os ângulos do caminho...
Aqui é uma esperança frustrada, ali é um desafio do sofrimento que, em nome d’Ele, te pedem confiança e conformação...
A voz do Mestre vibra no santuário doméstico, na oficina em que te confias à conquista do pão, no templo de tua fé religiosa, na via pública...
Fala-te de mil modos diferentes nos amigos, nos parentes, nos companheiros e nos desconhecidos que cruzam com teus passos pela primeira vez!
Levanta-te cada manhã e prepara a acústica da própria alma, a fim de lhe registrares as sugestões e não te esqueças de que se souberes escutar o Divino Mentor nos diversos chamamentos de cada hora – chamamentos à ação digna, à sublimação dos sentimentos, ao dever bem cumprido e à atitude da reta consciência – em breve, te elegerás escolhido para o concerto dos servidores divinos na Glória Superior.
Em verdade, o Dono da Vinha convida os operários da sementeira e da seara, indistintamente para o trabalho comum; entretanto, o esforço e o devotamento, a boa vontade e o sacrifício do cooperador são as forças que o destacam para a eleição a que deve e pode erguer-se.
Muitos chamados e poucos escolhidos! – proclamou o Divino Mestre. É que todas as criaturas estão na Terra, chamadas à construção da luz, mas só aquelas que se consagram às próprias obrigações, na execução dos divinos desígnios, podem atingir a vitória dos que persistem no bem até o fim.

(Obra: Instrumentos do Tempo - Chico Xavier/Emmanuel)

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