segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Pacificar o Espírito


"E maravilharam-se os homens, dizendo: Quem é este que até os
ventos e o mar lhe obedecem ?" (Mt: 8, 27)


Narra-nos o Evangelista que Jesus, levantando-se, "repreendeu os ventos e o mar"; e fez-se "grande bonança."
O episódio nos leva a inferir que os elementos da Natureza foram mais dóceis aos ditames do Senhor que os próprios seres humanos...
À sua voz cariciosa, os ventos impetuosos se acalmaram, e o mar, de ondas encapeladas, se aquietou!
Por que seremos nós, criaturas dotadas de discernimento, menos obedientes ao Senhor que, nos alvitres a dirigir-nos, apenas pretende zelar pela paz e pela nossa integridade?
Por se inclinar às Leis que as governam, as forças naturais da Vida sobre a Terra, desde o princípio da Criação, jamais entraram em colapso. Os desarranjos que, ultimamente, vêm sendo observados na
Natureza é fruto da indébita intromissão do homem.
Se, acatando os apelos do Cristo, apaziguássemos o mundo interior, contendo as emoções que nos afetam o psiquismo, qual o ódio e a cólera, a revolta e a ambição, os estragos que elas podem promover, seriam, com certeza, evitados.
Quem poderá prever as consequências do mal, quando, ao olvidar as ponderações do bom senso, ele se desencadeia, à semelhança da tempestade em fúria?
Deixemos que Jesus nos pacifique o espírito, a fim de que, renunciando a todos os atritos inúteis, grande bonança se faça em nosso favor.
Não nos esqueçamos de que, se, por vezes, o temporal saneia a atmosfera e alimenta os rios, não raro, quando ele cessa, deve o homem iniciar o laborioso trabalho de reconstrução daquilo que foi destruído pela forças das águas descontroladas e pelo sopro do vento arrasador.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)

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