segunda-feira, 24 de setembro de 2018

ALMAS AFINS


Emmanuel, no livro  "O Consolador",   no item 323, página 256, através da mediunidade de Francisco  Cândido Xavier, assim  explica:

" No sagrado mistério da vida, cada coração possui no Infinito a alma gêmea da sua, companheira divina para a viagem à gloriosa imortalidade. Criadas umas para as outras, as almas gêmeas se buscam, sempre que separadas. A união perene é-lhes a aspiração suprema e indefinível. Milhares de seres, se transviados no crime ou na inconsciência, experimentaram a separação das almas que os sustentam, como a provação mais ríspida e dolorosa, e, no drama das existências mais obscuras, vemos sempre a atração eterna das almas que se amam mais intimamente, envolvendo umas para as outras num turbilhão de ansiedades angustiosas; atração que é superior a todas as expressões convencionais da vida terrestre. Quando se encontram no acervo real para os seus corações – a da ventura de sua união pela qual não trocariam todos os impérios do mundo, e a única amargura que lhes empana a alegria é a perspectiva de uma nova separação pela morte, perspectiva essa que a luz da Nova Revelação veio dissipar, descerrando para todos os espíritos, amantes do bem e da verdade, os horizontes eternos da vida."

Emmanuel, quando usa a expressão alma gêmea é no sentido de almas simpáticas e, realmente, isso acontece. Se é fato que temos nossa alma afim, é certo que nem sempre, nas experiências aqui na Terra, poderemos caminhar ao lado delas. Como cada pessoa é uma individualidade, não raro, devido às próprias escolhas e condutas pretéritas, poder-se-á passar por reencarnações em experiências diversas devido a necessidades diferentes de reajuste e aprendizagem. Não evoluem juntas exatamente as almas afins, pois cada pessoa deve tecer por si mesma seu processo de luarização.

Podem até mesmo se reencontrar no mesmo caminhar, mas  impossibilitadas de se unirem, por estarem inscritas em provas diversas e com  diferentes necessidades individuais de se realinharem às Leis Divinas. E o que se sente? Saudade, sensação de incompletude.

Quando isso acontece, sobremaneira ao se assumir compromissos com outras pessoas e situações, há de se atentar para a necessidade de conduzir a afetividade alinhada ao dever e ao respeito aos corações que se aproximaram de nós, sob pena de se incorrer em desajustes maiores.

É certo que é uma grande prova reencontrar  um afeto dessa dimensão e não poder entrelaçar as mãos às suas, mas importa entender a brevidade da existência terrena e seus significados para nós, espíritos ainda pequeninos e necessitados de oportunidades  redentoras.

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